Num GP de despedidas, Sebastian Vettel manteve o domínio no Brasil

O piloto alemão venceu o Grande Prémio do Brasil em Fórmula 1, disputado no circuito de Interlagos (São Paulo), fixando um recorde de nove vitórias consecutivas numa época. O domínio da Red Bull no Mundial de Fórmula 1 foi levado até à última curva da temporada. Sebastian Vettel conquistou a nona corrida consecutiva e Mark Webber terminou a carreira na modalidade no segundo lugar, o suficiente para subir ao terceiro posto no final do campeonato. Desta vez, o piloto alemão nem arrancou bem da 'pole-position', sendo ultrapassado por Nico Rosberg e sendo também acossado por Fernando Alonso, mas ainda no decorrer da primeira volta ascendeu ao comando, liderando todas as voltas da prova. Foi de uma forma curiosa que Sebastian Vettel começou por abordar a sua vitória no Grande Prémio do Brasil, a nona seguida e a 13ª da temporada. O piloto alemão lamentou...que já não haja mais corridas para ganhar. “É uma pena que esta época tenha acabado. O carro esteve fenomenal e estava melhor a cada corrida que passava”, afirmou. Sobre a corrida, Vettel admitiu que a parte final foi mais difícil por causa da chuva, ainda que leve, que caiu em algumas zonas do circuito. “Mas estou muito orgulhoso e quero agradecer muito à equipa e à Renault também”, sublinhou. "Foi uma corrida interessante. Parti mal, mas consegui recuperar, depois tivemos um percalço na box e as últimas voltas foram difíceis por causa da chuva, mas tenho de agradecer a toda a equipa. Foi simplesmente espantoso", reagiu o tetracampeão do mundo. Para Webber, esta foi a derradeira corrida na F1, e como despedida, o australiano tirou o capacete na volta de desaceleração e foi de cara ao vento que encerrou a sua história de 12 anos na F1. No final fez o balanço da corrida, considerando que foi “um bom final para a sua carreira”, visto que para o ano estará no Mundial de Resistência. “Foi uma boa luta com os rapazes com quem me diverti a lutar durante grande parte da minha carreira: o Sebastian, o Fernando, o Lewis, o Nico Rosberg. Todos o que que estiveram por aqui nos últimos cinco ou seis anos”, afirmou. Webber agradeceu à equipa e disse que se divertiu “nas últimas voltas. Foi uma forma muito boa de me despedir”, considera. Sobre a sua carreira, Webber falou numa “grande jornada”, da qual se orgulha. “Divirtam-se a ver a Fórmula 1 para o ano com estes rapazes”, encerrou. Fernando Alonso, por seu lado, ainda tentou imiscuir-se entre os dois Red Bull, mas o seu Ferrari nunca se mostrou capaz de bater de igual para igual com o monolugar de Milton Keynes, tendo sido com naturalidade que se viu suplantado por Mark Webber, já que Vettel só o viu no arranque. Jenson Button foi quarto naquele que foi o melhor resultado do ano da McLaren, ironicamente na sua pior época que há na memória recente, mas muito longe dos homens do pódio. Nico Rosberg foi o primeiro líder da corrida, mas não conseguiu melhor que o quinto lugar final na frente de Sergio Pérez, que se despediu da McLaren com um sexto lugar. Em dia de despedidas, a última corrida de Felipe Massa pela Ferrari foi pobre, já que o brasileiro foi penalizado por ter cruzado com as quatro rodas do seu Ferrari a linha branca que separa a entrada dos boxes da recta de Interlagos. Nem uma simples regra como esta o brasileiro foi capaz de ultrapassar. Cumpriu o 'drive through' e terminou em sétimo. Nico Hulkenberg, sem deslumbrar, realizou mais uma boa performance, levando o seu Sauber até ao oitavo posto, deixando Hamilton a mais de oito segundos. O inglês viu a sua corrida comprometida pelo incidente com Valtteri Bottas, quando este se tentava desdobrar. Os dois carros tocaram-se, tendo o finlandês abandonado com uma jante partida, enquanto o homem da Mercedes regressava à boxe com um furo. Posteriormente, o Hamilton seria penalizado com um 'drive through', dado os Comissários Desportivos terem considerado que foi o responsável pelo incidente. Daniel Ricciardo fechou as posições pontuáveis, tendo sucumbido à pressão do inglês da McLaren, quando este recuperava da sua penalização. Para além de assinalar o adeus de Webber, o Grande Prémio do Brasil foi o último em que se utilizaram o motores V8, adoptados em 2006. A partir de 2014, será a vez dos motores V6 turbo híbridos, fornecidos exclusivamente pela Renault, pela Mercedes e pela Ferrari.

Thanks Mark!!!

Classificação:

1. Sebastian Vettel (Red Bull), 1h32:36.300
2. Mark Webber (Red Bull), + 10.452
3. Fernando Alonso (Ferrari), + 18.9
4. Jenson Button (McLaren), + 37.3
5. Nico Rosberg (Mercedes), + 39.0
6. Sergio Perez (McLaren), + 44.0
7. Felipe Massa (Ferrari), + 49.1
8. Nico Hulkenberg (Sauber), + 1:04.2
9. Lewis Hamilton (Mercedes), + 1:12.9
10. Daniel Ricciardo (Toro Rosso), + 1 volta

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