O catalão Marc Coma consegue a quarta vitória na prova em duas rodas, depois de ter vencido em 2006, 2009 e 2001. Bastou ao piloto um modesto 18.º lugar na 13.ª e última etapa da competição, entre La Serena e Valparaíso, para confirmar o triunfo final. "Isto representa muito sacrifício, muito trabalho. É um desafio extremo com momentos bons e outros muito duros. Agora vou saborear o momento", reagiu o vencedor. Aos 37 anos, Coma, que partilha a paixão pelas motas com o esqui, adicionou mais um capítulo de ouro a um currículo impressionante (títulos em 2014, 2011, 2009, 2006 e 24 vitórias em etapas). Jordi Viladoms termina a corrida a 1h52m27s do seu chefe de fila, com Olivier Pain (Yamaha) a assegurar o lugar mais baixo do pódio, na frente do seu cotado colega de equipa, Cyril Despres (Yamaha) Hélder Rodrigues assegura a quinta posição, a melhor entre os homens da Honda, que venceram muitas etapas, foram muito competitivos, mas no final não chegaram aos lugares da frente. Com um terceiro lugar na derradeira etapa, que hoje ligou La Serena à estância balnear de Valparaíso, Rodrigues completou a sua participação no Dakar Argentina Bolívia Chile 2014 em 5º lugar da classificação geral absoluta. No sector selectivo, com 157 quilómetros de extensão, o piloto da Honda gastou 2h01m07s, mais 1m23s que o seu companheiro de equipa Joan Barreda, que foi o mais rápido do dia. Esta foi a 8ª participação de Hélder Rodrigues no Dakar, competição onde o piloto apoiado pela Red Bull e Meo se estreou em 2006 e na qual terminou sempre no Top 10. Aos comandos de uma Honda CRF 450 Rally, inscrita pelo construtor nipónico, o piloto luso terminou como seu melhor representante, depois de quinze dias de dura competição. Adoentado no arranque do rali, Hélder Rodrigues passou por algumas dificuldades técnicas na sua máquina no início de uma prova onde evoluiu do 22º lugar, na etapa inaugural, até a um excelente 5º lugar que distou apenas 11 minutos de um lugar no pódio. “Terminei mais um Dakar. Este não começou muito bem, mas depois fiz uma segunda metade boa, sempre a progredir na classificação. Em função disso o 5º lugar é um bom resultado, embora fique aquém do que era o meu objectivo. Fiz boas etapas e foi muito importante para este projecto termos conseguido fazer o rali sem ser necessário mudar o motor. Agora temos de nos focar em melhorar alguns aspectos para sermos ainda mais competitivos” salientou Hélder Rodrigues à chegada a Valparaíso. A 13ª e última etapa do Dakar, que decorreu entre La Serena e Valparaiso, no Chile, foi ganha pelo francês Cyril Despres (Yamaha), seguido do espanhol Joan Barreda (Honda) e do francês Olivier Pain (Yamaha).
Depois das motos, Nani Roma vence nos automóveis
Uma década depois de ter conquistado o Rali Dakar na categoria de motas, o espanhol Nani Roma repetiu a proeza mas no segmento automóvel. Depois de alguma incerteza face ao que se passou nos dois últimos dias, Nani vence o Dakar, tornando-se no terceiro motard a triunfar no Dakar nas motos e nos autos, depois do mesmo feito ter sido conseguido por Hubert Auriol e Stéphane Peterhansel. O piloto da Mini recuperou, na última etapa, o terreno que tinha perdido na véspera, chegou em quarto lugar a Valparaíso, no Chile, e cumpriu os planos traçados pela equipa. Joan (Nani) Roma Cararach, de 42 anos, participou pela primeira vez no Dakar em 1996 em motos (KTM), vindo a vencer a prova em duas rodas em 2004. “Foi um corrida muito dura, muita tensão nestes últimos dias, mas aqui estamos a desfrutar da merecida vitória.” disse Nani Roma. "Quando era pequeno, li muitas vezes um livro que a minha mãe me ofereceu sobre a história do Dakar. As histórias impressionavam-me e sonhava todas as noites com o Dakar", confidenciou. Aos 18 anos, comprou uma mota, deixando para trás a tentativa de fazer carreira como guarda-redes de futebol. Foi-se dedicando às duas rodas até que, em 2004, pôs fim a uma ligação de nove anos com a KTM para assinar com a Mitsubishi. "Já tinha em mente competir nos carros depois de ter ganho nas motas. FIz um teste com um carro muito bom e concluí que poderia ser competitivo", referiu. A 13ª e última etapa da prova foi ganha pelo sul-africano Giniel de Villiers, seguido de Roma e do qatariano Nasser Al-Attiyah.
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