Citroën em busca de novos sucessos Circuito de Salzburgring (Áustria)

Tendo deixado o Centro Técnico de Versailles após o encontro do Circuito Paul Ricard, os camiões-oficina da Citroën Racing estão na estrada para uma viagem de nove semanas. Depois das provas do Hungaroring, do Slovakia Ring e, já neste fim-de-semana, de Salzburgring, a viagem continuará para a Moscow Raceway (7-8 de Junho) antes de chegar a Spa-Francorchamps (20-22 de Junho). Atingir-se-á, então, o meio da temporada, preparando-se para as deslocações para os eventos mais longínquos, a ter lugar nos continentes americano e asiático. «O ritmo é ainda mais intenso já que realizamos, em paralelo, a nossa campanha no WRC,» refere Yves Matton, Director da Citroën Racing. «Na semana passada, enquanto Sébastien Loeb se impunha no Slovakia Ring, Kris Meeke e Paul Nagle subiam ao pódio do Rali da Argentina. É muito gratificante que um construtor possa estar presente a este nível em dois Campeonatos do Mundo da FIA, algo que não acontecia desde há 30 anos.» Os Citroën C-Elysée WTCC encontram-se já perto de Salzburg. Localidade famosa por ali ter visto nascer Mozart, esta cidade fronteiriça com a Alemanha conta, também, com um circuito, localizado na comuna de Plainfeld. O traçado revela, de imediato, a sua natureza: dois ganchos e uma chicane, mas a maior parte dos seus 4 241 metros consiste de linhas rectas e curvas rápidas. No ano passado, Yvan Muller ali estabeleceu a 'pole position' a mais de 178 km/h! Para além do circuito de Monza, há poucos outros traçados onde se podem alcançar essas velocidades médias tão elevadas. «Vamos descobrir Salzburgring, mas já sabemos o que esperar,» confirma Xavier Mestelan, Director Técnico da Citroën Racing. «É um circuito que coloca em destaque as performances e a aerodinâmica. Dado que os pontos fortes do Citroën C-Elysée WTCC abrangem estas duas áreas, deveremos conseguir estar no top, isto apesar dos 60 kg de lastro adicional a bordo. Para além das qualidades intrínsecas do carro, o fenómeno da aspiração é a chave para se conseguir uma volta rápida. As qualificações prometem, assim, ser mais intensas do que nunca. A gestão da Q2, onde os carros rolam em conjunto, será crucial para ganhar um dos cinco lugares da Q3. Uma vez ali, na volta lançada individual, apenas o piloto ao volante fará a diferença.» Nas sete corridas já disputadas esta temporada, a equipa Citroën Total ganhou seis. Dado que os três pilotos dos C-Elysée WTCC partilham equitativamente os sucessos, as diferenças de pontos na classificação geral são explicadas pelos factores das corridas ou nas falhas pontuais em termos de performance. Nesta altura, José-María López mostra-se o mais regular: para além das duas vitórias (Marraquexe 1 e Paul Ricard 2), o argentino contabiliza três 2ºs lugares, um 4º e um 6º. A 25 pontos de distância, Sébastien Loeb marcou passo no Hungaroring, enquanto os 29 pontos de atraso de Yvan Muller se devem ao um abandono em Marraquexe e à falsa partida na Eslováquia. «Podemos felicitar-nos por contar com uma equipa de pilotos muito homogénea,» comenta Yves Matton. «Eles são todos iguais e livres de competir entre si dentro dos limites do desportivismo. Já assistimos a pequenos toques em alguns eventos, naturais da disciplina. Mesmo se o Pechito está no topo do Campeonato do Mundo desde a primeira ronda, ele não tem uma vantagem decisiva. A situação pode mudar rapidamente numa direcção ou noutra. Todos os três sabem que devem fazer fins-de-semana tão perfeitos quanto possível, garantindo alguns pontos sobre os seus rivais. Deveremos, de novo, assistir a belas lutas na Áustria.»

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