Nico Rosberg assegurou a pole-position do GP do Mónaco de F1 apesar de ter cometido um erro a dois minutos do final da sessão, em Mirabeau. Rosberg bateu o colega de equipa Lewis Hamilton por 0,059 segundos, mas a vitória ficou marcada por um incidente na volta final do circuito. O alemão cometeu uma infracção na curva de Mirabeau e prejudicou Hamilton, que estava a fazer um bom tempo naquela volta. Rosberg galgou o limite e fez marcha-atrás para voltar ao percurso. Os juízes acenaram com as bandeiras amarelas de aviso e a manobra do piloto da Mercedes bloqueou a progressão dos outros pilotos. Com a saída de pista de Rosberg, Lewis Hamilton teve de abortar a sua tentativa, perdendo logo aí qualquer hipótese de suplantar os 0.059s que tinha de atraso para o seu colega de equipa. No final da sessão deste sábado, em entrevista à BBC, Hamilton admitiu que vai influenciar-se em Ayrton Senna e na sua também conturbada relação com Alain Prost quando eram companheiros, para resolver a situação. “Deveria estar à espera que algo assim fosse acontecer”, afirmou. Questionado sobre se Rosberg agiu propositadamente para o prejudicar, respondeu apenas: “Provavelmente. Não sei se Senna e Prost conversavam sobre estas coisas mas eu gostava da forma como Senna lidava com aquilo, por isso acho que vou agir como ele faria”, afirmou o inglês.E a verdade é que o inglês estava a realizar uma excelente volta, 0.2s abaixo do que tinha conseguido até ali naquele sector. Se conseguia a pole ou não, é impossível saber. Entretanto em comunicado, a FIA revelou não ter encontrado nada na telemetria que indiciasse que Rosberg teria feito algo de errado: “Os Comissários Desportivos analisaram o vídeo e a telemetria e não encontraram provas de alguma ofensa aquando do incidente da curva 5”. O piloto alemão afirmou : “Tentei passar mas percebi que iria bater nos pneus. Esteve perto de suceder, mas consegui sair para a escapatória. Logicamente, lamento que isto tenha acontecido ao Lewis mas não foi deliberado. Não é a melhor situação, mas as coisas são como são.”, disse Rosberg sobre o sucedido. O australiano Daniel Ricciardo (Red Bull) ficou no terceiro lugar, a 0,395 segundos de Rosberg e à frente do colega de equipa Sebastian Vettel. A paragem de Rosberg acabou por beneficiá-lo, deixando o britânico da Mercedes visivelmente aborrecido com a forma como perdeu. Quinto lugar para Fernando Alonso que terá Kimi Raikkonen a partir um pouco mais atrás. Não muito longe do finlandês ficou Jean-Éric Vergne, em excelente nível, tendo o bom resultado da Toro Rosso ficado completado com a performance de Daniil Kvyat, que garantiu o nono posto. Kevin Magnussen foi outra das grandes surpresas, conseguindo levar o seu recalcitrante McLaren Mercedes até ao oitavo posto, superiorizando-se com facilidade a Jenson Button, que não foi além do décimo segundo lugar. Último lugar do Top-Ten para Sergio Pérez da Force India.
Grelha de partida
1. Nico Rosberg (Mercedes) 1m15.989s
2. Lewis Hamilton (Mercedes) 1m16.048s
3. Daniel Ricciardo (Red Bull) 1m16.384s
4. Sebastian Vettel (Red Bull) 1m16.547s
5. Fernando Alonso (Ferrari) 1m16.686s
6. Kimi Raikkonen (Ferrari) 1m17.389s
7. Jean-Eric Vergne (Toro Rosso) 1m17.540s
8. Kevin Magnussen (McLaren) 1m17.555s
9. Daniil Kvyat (Toro Rosso) 1m18.090s
10. Sergio Perez (Force India) 1m18.327s
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