Miguel Oliveira parte de 2º lugar para o GP das Américas, Danny Kent garante 'pole'

O britânico da Leopard Racing esteve a um nível do outro mundo neste sábado no Circuito das Américas. Depois já ter dado boas mostras das suas capacidades na ronda de abertura do Campeonato do Mundo de Moto3 no Qatar, onde foi terceiro, Kent voltou a apresentar-se muito forte neste sábado, um dia marcado pelo tempo seco para a categoria mais baixa, apesar das previsões climatéricas em contrário. O jovem rodou com a Honda nuns impressionantes 2:15,344s, não só garantindo a primeira pole position da época, como pulverizou o antigo recorde da pole de Austin em um segundo. Isto depois de já ter sido o melhor da categoria mais baixa durante a sessão matinal deste sábado, se bem que a um ritmo oito décimos de segundo mais lento. Sem ninguém capaz de oferecer verdadeira oposição a Kent ao longo de todo o dia, Miguel Oliveira acabou por ser o único a terminar a menos de meio segundo do homem da pole. O piloto da Red Bull KTM Ajo melhorou muito neste segundo dia do Red Bull Grande Prémio das Américas e depois de uns modesto 17º e 10º lugares nas duas sessões de livres de ontem, o português foi hoje muito constante na segunda posição. O início de época não foi o desejado para Miguel Oliveira, que de favorito à vitória acabou fora dos pontos após início de corrida com queda na primeira curva, mas o português deu hoje mostras de ter ultrapassado totalmente o contratempo e mostrou ritmo muito forte ao garantir a segunda posição da grelha para o Red Bull Grande Prémio das Américas de Moto3. “A qualificação não foi má,” começou Miguel. “Demorámos algum tempo a compreender a pista e as condições, mas fomos rápidos desde hoje de manhã. Na esperava lutar tanto na qualificação, mas não compreendemos bem que pneu usar. Tentei fazer boas voltas, ganhar bom ritmo e terminar na primeira linha, o que foi possível e me deixa contente. Depois de não ter somado pontos no Qatar o importante é terminar a corrida. Vamos ter de ver como está o tempo, mas hoje já nos surpreendeu e espero que amanhã se mantenha. Vai ser muito difícil, mas podemos mesmo lutar pelo pódio.” Uma clara melhoria para Oliveira em termos de posição na grelha face ao Qatar, se bem que desta feita a mais do dobro da distância da pole em termos de tempos. Aliás, se no Qatar quatro décimos de segundo foi o intervalo entre primeiro e 12º da grelha, no COTA essa foi a margem entre os dois primeiros, o que demonstra bem o andamento fortíssimo de Kent e também do luso, o outro único piloto a rodar no segundo 15 e a terminar com uma margem de mais três décimos para Andrea Locatelli. O italiano Gresini Racing Team Moto3, tal como os dois líderes, manteve a posição da manhã ao garantir a terceira posição da grelha e também logrou aproximar-se um pouco do primeiro, mas teve outra preocupação na qualificação: Niccolò Antonelli. O jovem da Ongetta-Rivacold foi quarto, a meros 0,011s de distância, uma melhoria de uma posição em relação à FP3, se bem que representa uma quebra de um lugar face ao Qatar. Muito positiva foi a melhoria de Jorge Navarro. Depois do 12º posto da grelha no Qatar e de prestações muito modestas nos livres do COTA, o piloto da Estrella Galicia 0,0 garantiu a quinta posição na qualificação de hoje. Mas a tarefa do espanhol não foi nada fácil, já que o colega de equipa e estreante sensação Fabio Quartararo garantiu o sexto posto e colado na roda de Navarro. O jovem gaulês já tinha dado mostras no Qatar, onde chegou a liderar a corrida, que rodar em circuitos que não lhe são familiares parece não ser um problema e neste sábado apenas confirmou isso. O início mais cauteloso nos livres deu lugar a um ritmo muito forte que lhe permitiu terminar a 0,006s de Navarro e, assim, fechar a segunda linha da grelha. Mas uma das maiores surpresas da qualificação acabou por ser o líder da classificação geral, que vai partir para a corrida de amanhã da quarta linha depois de ter dominado a FP2. Algo semelhante aconteceu com Efrén Vázquez, que depois de ter rodado entre os da frente não foi além do 16º posto na qualificação. Uma corrida que promete e na qual, atendendo ao ritmo dos dois primeiros em particular, uma fuga inicial pode muito bem ditar o resultado final.

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