O português Paulo Gonçalves (Honda) foi terceiro classificado na terceira etapa do Rali Dakar 2016, na Argentina, e subiu à quarta posição da geral de motos, enquanto o espanhol Joan Barreda, seu colega de equipa, ganhou a tirada e é o novo líder. Tal como na véspera, o troço cronometrado da etapa entre Termas de Río Hondo e Jujuy foi reduzido devido ao mau tempo, sendo encurtado para menos de 200 quilómetros, um percurso que Barreda cumpriu em 2h30m37s, 26 segundos à frente do estreante argentino Kevin Benavides (Honda) e com 52 segundos de avanço em relação a Paulo Gonçalves. Beneficiando dos atrasos do australiano Toby Price (KTM) e do português Rúben Faria (Husqvarna), que ocupavam as duas posições cimeiras após a segunda etapa, Barreda saltou para o comando, com 14 segundos de avanço sobre o eslovaco Stefan Svitko (KTM), que foi quinto na etapa desta terça-feira, e Benavides subiu a terceiro, a 48. Paulo Gonçalves subiu três lugares e está em quarto, a 1m08s. No final Rúben Faria referia: “ Comecei a especial com um ritmo calmo seguindo mais uma vez a estratégia delineada. A cerca de 80km do fim da especial reparei que algo estava errado quando quis trocar de gasolina do depósito traseiro para o dianteiro, percebi nessa altura que estava a ficar sem gasolina o que me obrigou a rolar muito devagar até final perdendo algum tempo para os primeiros. Estou muito bem fisicamente e pronto para atacar nos próximos dias. A minha Husqvarna 450 Rally está excelente, sempre com o setup perfeito para cada etapa o que me permite tirar o máximo partido da moto em todas as especiais."
Sebastian Loeb reforça comando do Dakar nos automóveis
Não podia estar a correr melhor a estreia de Sebastian Loen (Peugeot) no Rali Dakar. O francês, nove vezes campeão mundial de ralis, ganhou a sua segunda etapa consecutiva da prova e reforçou o comando da classificação nos automóveis. Loeb cumpriu a terceira etapa da 38.ª edição do Dakar, entre Termas de Rio Hondo e San Salvador de Jujuy, em 2h09m39s, mais 1m23 que o espanhol Carlos Sainz (Peugeot), o segundo melhor do dia. O francês tem agora 5m03s de vantagem sobre o sul-africano Giniel de Villiers (Toyota), que subiu ao segundo lugar ultrapassando Stephane Peterhansel (Peugeot), apenas sexto na etapa do dia. Quanto ao português Carlos Sousa (Mitsubishi), depois de um dia cheio de problemas, acabou por cumprir uma etapa tranquila, terminando em 27.º, com mais 15m02s que Loeb. O único piloto português nos automóveis ocupa o 61.º da geral, a 2h19m04s do líder. Face ao atraso acumulado na etapa anterior, Carlos Sousa foi hoje apenas o 93º carro a sair para a estrada, acabando por realizar muitas ultrapassagens durante a especial, que cumpriu integralmente sob chuva intensa e com um piso já bastante enlameado: “As condições não foram realmente as melhores, mas demos o nosso melhor e recuperámos algumas posições, ainda que sem conseguirmos imprimir o ritmo que desejaríamos. Apanhámos chuva e lama durante todo o percurso e nem sempre foi fácil ultrapassar alguns concorrentes mais lentos. De qualquer forma, e tendo em conta a forma como correu a etapa de ontem, hoje temos que aceitar o resultado e estar satisfeitos com a nossa performance. Não tivemos qualquer percalço mecânico com o carro e temos ainda muito Dakar pela frente para tentar recuperar mais algumas posições na geral”, resumiu Carlos Sousa à chegada da especial.
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