Novo Opel Astra TCR completa cinco dias de testes no Estoril

O programa de desenvolvimento do novo Opel Astra TCR completou uma importante etapa com uma longa sessão de testes de uma semana no circuito do Estoril, em Portugal. O primeiro protótipo da versão de pista do Astra, construído de acordo com as regras do novo campeonato TCR (Touring Car Racer), cumpriu centenas de quilómetros, recolhendo informações cruciais para a produção das unidades que vão ser entregues às equipas clientes a partir do final deste mês de Fevereiro. «Foi uma semana muito produtiva», afirma Jörg Schrott, Diretor da Opel Motorsport. «Temos prazos apertados mas estamos a cumprir o calendário que traçámos. O nosso Astra TCR completou com sucesso testes em Zandvoort e no Estoril. Entramos agora na fase de afinar detalhes antes de os primeiros carros serem entregues». O Opel Astra TCR é apresentado pela primeira vez ao público no Salão Mundial do Automóvel de Genebra já no início de Março. Durante os testes em Portugal, o Diretor Técnico da Opel Motorsport, Dietmar Metrich, e a equipa do parceiro de desenvolvimento do Astra Kissling Motorsport, debruçaram-se especialmente no comportamento do sofisticado trem dianteiro. «Num carro de competição com cerca de 330 cv e tração à frente, todo o eixo dianteiro é uma área fulcral. As forças longitudinais e transversais que decorrem de aceleração, travagem e curva, jogam muito com ambas as rodas», explica Dietmar Metrich. «Não se trata apenas de conseguir a máxima rapidez. Tem a ver também com desgaste dos pneus. Portanto, quem conseguir um bom trem dianteiro, com boas regulações, tem uma clara vantagem. E, uma vez que os regulamentos não estabelecem um ponto de pivotagem específico na suspensão, temos alguma liberdade de desenho». Os testes do Estoril serviram para os técnicos encontrarem uma afinação-base para extrair do Astra TCR o máximo rendimento em pista. Isto está em linha com a ‘doutrina’ de Dietmar Metrich: «É sempre mais fácil fazer um carro de corrida fiável a partir de um carro rápido, do que ao contrário. Mas o resultado final do desenvolvimento tem sempre que ir nesses dois sentidos», conclui. O processo de desenvolvimento centrou-se na capacidade de aderência que o chassis e as rodas conseguem alcançar, em conjunção com a aerodinâmica e as alterações produzidas pelas regulações do ‘aileron’ traseiro e do ‘splitter’ dianteiro. Durante esse trabalho, as informações dadas pelos pilotos de serviço sobre o comportamento do carro são tão importantes como o cronómetro. O equilíbrio geral do automóvel, quando é bem calculado e determinado, traduz-se também em maior capacidade de travagem. O sistema de travagem do Astra TCR, fornecido pelo prestigiado fabricante AP, integra discos de 378 mm e pinças de seis pistões à frente, e discos de 265 mm e pinças de dois pistões atrás. A transmissão inclui uma caixa sequencial de competição com seis velocidades, comandada através de patilhas no volante. O motor de quatro cilindros, com turbocompressor e 2.0 litros de cilindrada, debita cerca de 330 cv e 420 Nm de binário máximo, estando limitado na ‘performance’ de acordo com o regulamento do campeonato.

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