Daniel Ricciardo herda vitória no GP da Malásia após 'estouro' do motor de Hamilton

O australiano Daniel Ricciardo (Red Bull) venceu neste domingo o Grande Prémio da Malásia, 16.ª prova do mundial de Fórmula 1, na qual o alemão Nico Rosberg (Mercedes) foi terceiro e alargou a vantagem no comando do campeonato. Daniel Ricciardo dedicou a vitória deste domingo a Jules Biachi, o piloto francês que morreu no ano passado com 25 anos. O australiano afirmou a propósito de tema passado mais de dois anos sobre a sua última vitória que «muito aconteceu», sobretudo "um momento que muda a vida: a perda do Jules". O desaparecimento do "colega e um amigo" foi "difícil de encarar e foi difícil seguir em frente", assumiu Ricciardo revelando que "gostava de ter ganho mais cedo e dedicar-lhe esta vitória mais cedo. Desde esse dia que mudei, para melhor, e passei a apreciar mais as cisas que tenho. É outro sonho tornado realidade e esta [vitória] é para ele", afirmou o australiano. Ricciardo, que conquistou a quarta vitória da carreira, a primeira na presente temporada, cortou a meta à frente do holandês Max Verstappen, pilotos que assim garantiram a 'dobradinha' para a Red Bull, tendo Rosberg fechado o pódio, numa corrida em que tirou partido do abandono do seu companheiro de equipa, o inglês Lewis Hamilton. O alemão pensou que tinha terminado aí o seu GP da Malásia, mas o piloto da Ferrari é que desistiu e o líder do Mundial acabou por terminar em terceiro e aumentar a vantagem para Lewis Hamilton. "Pensei que estivesse tudo acabado na curva 1. Estou muito satisfeito por ter lutado por uma recuperação até ao pódio. Foi óptimo", afirmou Rosberg. O alemão confessou que noutras circunstâncias «teria desejado mais sorte», mas sabe que "às vezes as coisas são assim. É um momento bom e estou ansioso pela próxima corrida e, claro, por um grande ataque", admitiu.Hamilton, que à partida para a corrida estava a apenas oito pontos de Rosberg, liderava a prova quando foi obrigado a abandonar na 41.ª das 56 voltas ao circuito de Sepang com problemas no motor, vendo o alemão aumentar para 23 pontos a sua vantagem no campeonato, quando estão cumpridas 16 das 21 corridas. Esta situação deixou o piloto britânico bastante irritado chegando mesmo a levantar suspeitas referindo que só com ele é que acontecem estes problemas. No entanto horas depois, já veio o retrato público de Hamilton. “Tenho 100% de confiança na equipa. É o meu quarto ano nesta equipa e tenho confiança em todos os que estão na garagem e na fábrica. Sem eles não teria ganho dois campeonatos. Quando disse que alguém não queria que eu ganhasse, estava me referir a ‘alguém superior’, que estava a intervir. Mas ao mesmo tempo sinto-me um privilegiado com a grande oportunidade que tenho de estar nesta grande equipa. Estou eternamente grato”. Os dois pilotos da Red Bull mantiveram uma luta de não agressão até ao final da prova, permitindo que a formação de Milton Keynes garantisse a sua primeira dobradinha desde 2013. Nico Rosberg conseguiu ganhar 13 segundos para Kimi Räikkönen e terminou uma corrida que começou muito mal no 3º lugar, superando assim a penalização de 10 segundos, deixando Räikkönen em 4º. Valtteri Bottas, com uma estratégia de apenas uma paragem nas boxes, levou o seu Williams Mercedes até ao quinto posto, suplantando Sérgio Pérez. 


Fernando Alonso foi um dos homens da corrida, tendo conseguido levar o seu McLaren Honda, ainda sem a mais recente unidade de potência japonesa, desde o último lugar até ao sétimo, terminando perto do mexicano da Force India. Nico Hülkenberg acabou em 8º, dois Force India Mercedes nos pontos, Jenson Button arrancou para a sua 300ª corrida e finalizou-a no 9º lugar e Jolyon Palmer conquistou o seu primeiro ponto na Fórmula 1, levando o seu Renault ao 10º lugar. A Fórmula 1 segue já na próxima semana para Suzuka, onde se realizará Grande Prémio do Japão.

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