Dezasseis anos depois, a Peugeot voltou a vencer as 24 horas de Le Mans. A Peugeot acabou por sagrar-se vencedora das 24 Horas de Le Mans de 2009. Após umas longas 24 horas, repletas de emoção e expectativa, os Peugeot 908 HDi afirmaram a sua supremacia e dominaram do primeiro ao último minuto aquela que é considerada a mais bela e exigente corrida automóvel do mundo. Ao soarem as 15 horas no Circuito de La Sarthe, exactamente 5.206 km e 382 voltas após a partida, o carro 908 HDi Nº. 9, com Marc Gene ao volante, cortou a linha de meta. David Brabham, Marc Gené e Alexander Wurz são os novos heróis de Le Mans, depois de, ao volante do 908 Hdi, número nove, terem garantido o primeiro lugar. 16 anos após a vitória conseguida pelo 905, a Peugeot voltou assim a inscrever o seu nome na prova que todos os pilotos e marcas desejam ter no palmarés. E fê‑lo de forma particularmente brilhante, com uma ‘dobradinha’, já que o 908 HDi FAP Nº. 8, da equipa Sarrazin/Montagny/Bourdais, cortou a meta em segundo lugar, a uma volta dos companheiros. "É incrível terminar assim, numa corrida cheia de acção. Era necessária uma boa preparação e foi o que a Peugeot fez", explicou, no final, David Brabham.
Olivier Quesnel (director disportivo da equipa francesa) referiu a propósito da vitória “Até assumir a Direcção desta equipa tinha uma imagem errada da Peugeot Sport. Rapidamente percebi que esta é uma equipa muito forte e sólida. Há 3 anos que a equipa persegue este sonho de vencer Le Mans e conseguiu-o hoje, pelo que sinto um grande orgulho em estar aqui. A corrida não esteve isenta de problemas para os carros Nº. 7 e 8, mas o Nº. 9 não teve qualquer problema e fez uma excelente prova. Hoje ao amanhecer, quando o nº 8 estava a atacar muito e a aproximar-se do nº. 9, reuni com as três formações e pedi apenas para ninguém correr riscos desnecessários. Vencemos com uma dobradinha, da qual toda a equipa sente enorme orgulho e está de parabéns!”
No terceiro Peugeot e depois do incidente nas boxes que lhe condicionou fortemente o resultado, a equipa de Pedro Lamy terminou na sexta posição final, um mal menor depois de perderem sete voltas para reparar o 908 HDI.
A Audi, que já não perdia desde 2000 (em 2003 deixou a “irmã” Bentley ganhar), teve uma prova para esquecer, em que só se tem que queixar de si mesmo. Os erros de Alexandre Prémat, logo nas voltas iniciais, e de Lucas Lühr, já a meio da contenda, deixaram a Audi em maus lençóis e com todas as esperanças depositadas num só carro. Alan Mcnish, Tom Kristensen e Dindo Capello fizeram o que estava ao seu alcance para vencer, mas o R15 TDI, que tão facilmente tinha ganho as 12 horas de Sebring no mês de Março, nunca foi capaz de ombrear com o rival 908 HDI. A chuva que não caiu na intensidade prevista e um problema eléctrico a duas horas do fim selaram a derrota da marca dos três anéis.
A Audi, que já não perdia desde 2000 (em 2003 deixou a “irmã” Bentley ganhar), teve uma prova para esquecer, em que só se tem que queixar de si mesmo. Os erros de Alexandre Prémat, logo nas voltas iniciais, e de Lucas Lühr, já a meio da contenda, deixaram a Audi em maus lençóis e com todas as esperanças depositadas num só carro. Alan Mcnish, Tom Kristensen e Dindo Capello fizeram o que estava ao seu alcance para vencer, mas o R15 TDI, que tão facilmente tinha ganho as 12 horas de Sebring no mês de Março, nunca foi capaz de ombrear com o rival 908 HDI. A chuva que não caiu na intensidade prevista e um problema eléctrico a duas horas do fim selaram a derrota da marca dos três anéis.
Tiago Monteiro assina a regresso a Le Mans sem erros
Tiago Monteiro realizou este fim-de-semana o sonho de regressar às 24 horas de Le Mans. Dez anos depois da estreia numa das provas mais emblemáticas do desporto automóvel, o piloto demonstrou uma excelente adaptação ao protótipo Oreca 01. Depois de ter assinado dois turnos sem qualquer erro e onde realizou tempos muito consistentes, o português acabou por não poder concluir a prova, em resultado dos incidentes ocorrridos com os colegas de equipa Stéphane Ortelli e Bruno Senna.Mesmo assim, Tiago faz um balanço positivo das mais de cinco horas que esteve em pista:
"Foi uma excelente experiência estar em Le Mans pela terceira vez e a primeira ao volante de um LMP1. O carro é excelente, tem uma potência incrível e devolve sensações idênticas às de um Fórmula 1. Claro que é um pouco frustrante não termos acabado, mas tanto o Ortelli como o Senna foram vítimas de situações de corrida que acontecem. Felizmente a minha prestação correu muito bem e estou satisfeito com os tempos por volta que consegui realizar. Claro que ainda tenho margem para evoluir, mas gostei imenso de passar quase duas semana com o Team Oreca. Tivemos uma excelente relação e também com os pilotos o relacionamento foi muito bom. Regressar a Le Mans é um sonho tornado realidade. O ambiente desta prova é mágico e fiquei com muita vontade de repetir a experiência. O resultado final não espelha a nossa competitividade, mas são coisas que acontecem e o que mais importa é o resultado desta experiência e o entendimento com a equipa," sublinhou Tiago.
Nos dois turnos que realizou Tiago Monteiro fez cerca de duas horas e meia de condução, num total de mais de cinco horas ao volante do Oreca 01. Nas duas vezes que esteve em pista Tiago recuperou lugares e entregou o carro em situação vantajosa a Stephane Orteli. O primeiro turno do português aconteceu pouco depois das 18h30 de Sábado, com o nº10 a avançar 4 posições na classificação geral. Já na madrugada de Domingo, o segundo e último turno, todo realizado à noite, revelou um piloto ainda mais rápido e a recuperar cinco posições. de 19º para 14º. O terceiro turno deveria ter acontecido já de manhã, mas não chegou a acontecer devido aos danos com que ficou o Oreca quando estava ao volante o monegasco Stéphane Ortelli.
Ao início da manhã em La Sarthe, o piloto do Mónaco voltou a sair, pela terceira vez, de pista danificando o extractor do carro francês. Sem mais extractor suplentes, o Team Oreca Matmut AIM anunciou o abandono do LMP1 nº10. Monteiro foi o único piloto do protótipo nº10 sem registo de qualquer problema em pista e já não poderá fazer o terceiro turno na mítica prova de resistência em que fazia equipa também com Bruno Senna. .
Lamy terminou em sexto
Quanto a Pedro Lamy, o que se encaminhava para ser um excelente início de corrida, acabou por tornar-se um enorme atraso para os pilotos da frente. Arrancando da terceira posição, Lamy subiu ao segundo lugar logo na segunda volta e começou a distanciar-se do Audi Nº. 1. Porém, com cerca de 40 minutos de corrida, o Peugeot do piloto português foi “abalroado” pelo 908 da equipa Pescarolo, quando regressava à pista, após o seu primeiro reabastecimento.
Tendo já saído do stand, Lamy não teve outra solução se não fazer-se à pista. De imediato, o pneu traseiro esquerdo rebentou e Lamy teve de fazer uma volta muito lenta ao circuito. Este incidente danificou a traseira do carro e obrigou a uma paragem de 25 minutos na box. Caindo para a 50ª posição a sete voltas do líder, a equipa de Lamy/Minassian/Klien começou uma corrida de “trás para a frente” e está em 10º quando faltam 14 horas para o fim.
Pedro Lamy: “O balanço da primeira hora de corrida não é bom. Comecei muito bem, subi ao 2º lugar, muito próximo do 1º, e estávamos a controlar a corrida e a distanciarmo-nos dos carros atrás de nós. Mas este incidente foi muito mau. Perdemos sete voltas e agora vamos tentar recuperar. Faltam ainda muitas horas para o final da corrida, mas estamos com uma grande desvantagem, mas falta muito tempo até ao final. Muita coisa pode ainda acontecer. Já tivemos este incidente e nada diz que os nossos principais adversários não possam também sofrer algum contratempo. A Peugeot está muito forte e tudo faremos para tentar vencer em Le Mans", concluiu Pedro Lamy ”
Tendo já saído do stand, Lamy não teve outra solução se não fazer-se à pista. De imediato, o pneu traseiro esquerdo rebentou e Lamy teve de fazer uma volta muito lenta ao circuito. Este incidente danificou a traseira do carro e obrigou a uma paragem de 25 minutos na box. Caindo para a 50ª posição a sete voltas do líder, a equipa de Lamy/Minassian/Klien começou uma corrida de “trás para a frente” e está em 10º quando faltam 14 horas para o fim.
Pedro Lamy: “O balanço da primeira hora de corrida não é bom. Comecei muito bem, subi ao 2º lugar, muito próximo do 1º, e estávamos a controlar a corrida e a distanciarmo-nos dos carros atrás de nós. Mas este incidente foi muito mau. Perdemos sete voltas e agora vamos tentar recuperar. Faltam ainda muitas horas para o final da corrida, mas estamos com uma grande desvantagem, mas falta muito tempo até ao final. Muita coisa pode ainda acontecer. Já tivemos este incidente e nada diz que os nossos principais adversários não possam também sofrer algum contratempo. A Peugeot está muito forte e tudo faremos para tentar vencer em Le Mans", concluiu Pedro Lamy ”
Pedro Lamy, que rodava já na sexta posição, caiu para décimo primeiro durante a noite. Primeiro Christian Klien danificou o splitter, o que custou vários minutos nas boxes. Depois, pelas três da manhã, o português parou novamente, mas agora para substituir o skidplate. Depois dos problemas durante a noite, Pedro Lamy e os seus companheiros de equipa passaram a manhã a recuperar posições, chegando até ao sexto posto. Nicolas Minassian fez a melhor volta da corrida, marca batida mais tarde por Alan Mcnish.
Problemas mecânicos pela noite, uma saída de pista e uma paragem nas boxes pela manhã para mudar o capot dianteiro atrasaram ainda mais Lamy, Nicolas Minassian e Christian Klien que veriam a bandeira de xadrez no 6º posto a 13 voltas do vencedor e atrás do Oreca AIM sobrevivente. “Agora que a corrida acabou fica, acima de tudo, o sabor da vitória da Peugeot. É neste projecto que estou envolvido, sinto que contribuí e que faço parte da vitória da Equipa, apesar de não ter sido o meu carro que ganhou. Penso que à partida tinha grandes possibilidades de vencer, mas os problemas que tivemos fizeram-nos perder muito tempo. O mais importante é que se concretizou o sonho da Peugeot de regressar às vitórias em Le Mans.”
João Barbosa voltou a ter umas 24 horas de Le Mans de excelente nível, terminando na 8ª posição da geral intercalado pelos dois Audi R10 TDI da equipa privada Kolles. O Pescarolo Judd LMP1 dividido pelo piloto nortenho, Christophe Tinseau e Bruce Jounny foi presença constante perto do Top-10 e o resultado premeia uma exibição discreta e uma prova constante sem grandes sobressaltos.
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