O brasileiro Rubens Barrichello conquistou, este sábado, a "pole-position" para o Grande Prémio do Brasil de Fórmula 1, 16ª e penúltima prova do mundial da especialidade, que se disputa domingo, no circuito de Interlagos, quando se perspectivava que Mark Webber pudesse conquistar a "pole", na sequência de um final impróprio para cardíacos. Para se conhecer os resultados, foi preciso esperar quase três horas devido às inúmeras interrupções provocadas pela chuva que inundou a pista de São Paulo, originando diversas saídas de pista. O brasileiro, que corre em «casa», conquistou, perante uma multidão em delírio, a primeira «pole» da época, terceira da carreira em Interlagos, onde nunca venceu, e parte em situação favorável para se aproximar bastante de Jenson Button no Mundial de pilotos, uma vez que o inglês, companheiro de Barrichello na Brawn GP, não conseguiu mais do que o décimo quarto tempo. Pior fez ainda o alemão da RedBull, Sebastian Vettel, o outro piloto que ainda pode sonhar com a conquista do título, que sairá da 16.ª posição da grelha.
"Está a ser um momento especial para mim. É sempre bom quando se vai para a pista e se tem um bom equilíbrio no carro, quer esteja pista molhada ou seca. Havia muitas estratégias, não se sabia bem o que iria acontecer", começou por dizer Barrichello. "Estou muito contente por esta situação, foi uma grande pilotagem e talvez eu esteja mais leve mas é sempre melhor começar na frente", acrescentou, deixando ainda uma palavra de agradecimento aos adeptos 'canarinhos' que não arredaram pé do Autódromo." Surpreendente foi, também, o terceiro lugar de Adrian Sutil, à frente de Jarno Trulli e Kimi Räikkönen. Ou seja, neste último caso, a Ferrari tem condições para ficar mais longe da McLaren no Mundial de construtores, uma vez que os McLaren de Lewis Hamilton e Heikki Kovalainen não passaram da Q1, tal como o F60 de Giancarlo Fisichella. Hamilton foi uma das surpresas negativas da sessão de qualificação para o GP do Brasil. O piloto britânico não conseguiu passar da primeira fase da qualificação, sofrendo ainda um despiste a alta velocidade na subida para a curva da Ferradura. Não indo além do 18º tempo, Hamilton explica que as condições de pista eram verdadeiramente "terríveis", mas que não foi só isso a explicar a sua má prestação. "As condições eram terríveis, mas o nosso carro estava horrível. Muito má performance da nossa parte. Nem sequer conseguíamos seguir a direito nas rectas. Estava mal até esse ponto", referiu à BBC, indicando que o seu monolugar nao está afinado para condições de chuva. "Não temos uma afinação para piso molhado, o que provavelmente contribuiu para isso", acrescentou. Quanto ao seu despiste, revelou que na altura "nem sequer estava a fundo. Ia a 70 por cento do acelerador e a traseira simplesmente foi-se...", admitiu.
Vitantonio Liuzzi foi autor da saída de pista mais espectacular, entrando em «aquaplaning», tendo ficado sem três das quatro rodas do seu monolugar. Giancarlo Fisichella, afastado da segunda sessão, foi, igualmente, vítima de um despiste, enquanto que Kazuki Nakajima fez um pião de 360 graus e continuou a competir.
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