O alemão Sebastian Vettel, da Red Bull, venceu hoje o Grande Prémio do Japão em Fórmula 1, em Suzuka, mantendo em aberto a luta pelo Campeonato do Mundo de pilotos, a duas provas do fim da temporada. Depois de ontem ter demonstrado que só muito dificilmente perderia a corrida de hoje, ao conquistar com autoridade a "pole-position", o arranque era um dos momentos mais importantes para o alemão da Red Bull, dado que Lewis Hamilton, com o KERS do seu McLaren Mercedes, poderia protagonizar uma surpresa a partir do seu terceiro lugar da grelha de partida. Contudo, Vettel reagiu bem aos semáforos, mantendo a liderança da corrida e, com mais gasolina no seu carro que os seus perseguidores mais próximos, dominou integralmente a prova japonesa, mantendo os seus adversários sempre sob respeito. A luta pela segunda posição foi intensa e Jarno Trulli bateu o campeão do Mundo, Lewis Hamilton. Assim, o italiano deu novo pódio à Toyota – o segundo seguido - e logo a correr em “casa”. O inglês, por seu turno, saiu de segundo, mas não teve meios para segurar o rival transalpino e contentou-se com o terceiro posto.
Na primeira ronda de reabastecimentos o Campeão do Mundo conseguiu manter o segundo posto mas, na segunda, ao parar duas voltas mais tarde que o seu rival, Trulli suplantou Hamilton, oferecendo um bom segundo lugar à Toyota que corria no seu país. O piloto da McLaren Mercedes chegou mesmo a ser acossado por Kimi Raikkonen, após a passagem do Safety-Car pela pista. O piloto da Ferrari não conseguiu ganhar qualquer lugar no arranque, apesar do KERS do seu carro, e até ao primeiro reabastecimento esteve bastante lento, não conseguindo acompanhar Nick Heidfeld, que rodava no quarto posto. Contudo, assim que montou pneus macios o Ferrari F60 renasceu e o Campeão Mundial de 2007 passou a rodar em tempos semelhantes aos pilotos da frente, o que lhe permitiu passar o alemão da BMW Sauber. Com a neutralização da corrida, Raikkonen ainda chegou a esboçar um ataque a Hamilton, que estava em dificuldades com o KERS do seu carro, mas o inglês defendeu-se bem garantindo o degrau mais baixo do pódio, relegando o finlandês para a quarta posição final.
Nico Rosberg voltou a estar em bom plano com a quinta posição final, enquanto Nick Heidfeld aproveitou os melhoramentos consideráveis no BMW para chegar a sétimo. No meio disto tudo, os líderes do campeonato, Jenson Button (primeiro) e Rubens Barrichello (segundo) só aparecem na oitava e sétima posições, respectivamente. O brasileiro está, agora, a 14 pontos do seu companheiro de equipa mas, quando faltam duas provas para o final do ano, o GP do Brasil e o GP de Abu Dhabi, o inglês mostra ter a situação praticamente controlada. Nesta luta pelo título, Vettel aproximou-se bastante dos dois primeiros, mas ainda está a 16 pontos de Button. No entanto, Barrichello tem o segundo posto em perigo, pois restam-lhe apenas dois pontos de vantagem. O resultado da Brawn GP ficou, aliás, um pouco aquém das expectativas pois a formação inglesa podia ter fechado, desde já, as contas do Mundial de construtores a seu favor. Tinha tudo a seu favor, principalmente o facto de Mark Webber não ter pontuado. Mas nem assim conseguiu fazê-lo e essa decisão teve de ser adiada. A Brawn precisa apenas de meio ponto para garantir o Ceptro de Construtores. Apesar de estar 16 pontos atrás do líder, se fossem repetidos os resultados de hoje nas restantes duas corridas, Vettel seria campeão: "Ainda é possível! Era bom haver mais corridas pela frente, mas ainda acredito, e o que temos de fazer é vencer como fizemos hoje. Temos um grande carro, que continua a melhorar. A corrida não foi fácil, especialmente a partida, pois vi um flecha de prata muito perto nos espelhos, muito mais perto do que pensava ser possível, mas depois o carro estava fantástico e pude forçar volta após volta. Foi bom, depois de algumas corridas com altos e baixos.", referiu Vettel.
Grande Prémio do Japão (53 voltas, 307,471 km)
1. Sebastian Vettel, Ale (Red Bull-Renault) 1:28.20,443 horas
2. Jarno Trulli, Ita (Toyota) a 4,877 segundos
3. Lewis Hamilton, GB (McLaren-Mercedes) a 6,472
4. Kimi Räikkönen, Fin (Ferrari) a 7,940
5. Nico Rosberg, Ale (Williams-Toyota) a 8,793
6. Nick Heidfeld, Ale (BMW-Sauber) a 9,509
7. Rubens Barrichello, Bra (Brawn-Mercedes) a 10,641
8. Jenson Button, GB (Brawn-Mercedes) a 11,474
9. Robert Kubica, Pol (BMW-Sauber) a 11,777
10. Fernando Alonso, Esp (Renault) a 13,065
11. Heikki Kovalainen, Fin (McLaren-Mercedes) a 13,735
12. Giancarlo Fisichella, Ita (Ferrari) a 14,596
13. Adrian Sutil, Ale (Force India-Mercedes) a 14,959
14. Vitantonio Liuzzi, Ita (Force India-Mercedes) a 15.734
15. Kazuki Nakajima, Jap (Williams-Toyota) a 17,973
16. Romain Grosjean, Fra (Renault) a 1 volta
17. Mark Webber, Aus (Red Bull-Renault) a 2 voltas
Felipe Massa vai testar um Fórmula 1 nos próximos dias
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) autorizou o pedido da Ferrari para realizar um teste com o brasileiro Felipe Massa ao volante de um carro de Fórmula 1, para testar o estado de recuperação do piloto após o acidente sofrido no Grande Prémio da Hungria no final de Julho. A data do teste não foi ainda divulgada, já que segunda-feira Massa estará na fábrica de Maranello, em Itália, onde realizará alguns testes num simulador da Ferrari e realizará treinos físicos. Só depois será decidido o dia dos testes, já que Massa terá que passar por um exame realizado por um médico da FIA, disse o director desportivo da Ferrari, Stefano Domenicali. O que está descartado, segundo Domenicali é que Massa dispute o Grande Prémio do Brasil, dentro de duas semanas. O piloto brasileiro, recebeu autorização da FIA para rodar com o carro antigo, de modo a verificar qual o seu estado físico, e as condições que tem para regressar às pistas em 2010. Massa não pode utilizar qualquer peça do F60, e tem que rodar com pneus da GP2.
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