Vitória para Campaniço/Vieira na primeira em Braga

Foi com uma temperatura superior a 30 graus que a caravana do Campeonato de Portugal de Circuitos esteve hoje no Circuito Vasco Sameiro em Braga para disputar a quarta jornada do campeonato, sendo ainda pontuável para o Iberian Supercars Trophy. Treinos e uma corrida animaram o programa do dia de hoje, com as 'poles' a serem repartidas pelo Ferrari de Alessandro Pier Guidi/João Figueiredo (corrida de Sábado) e o Audi César Campaniço/Carlos Vieira (corrida de Domingo). A 'pole' do piloto da Ray para a corrida de hoje reveste-se de especial significado, pois Alessandro Pier Guidi teve este fim-de-semana a sua estreia no traçado minhoto. Na corrida de hoje o calor obrigava a preparar estratégias menos agressivas em relação aos pneus, para aguentar os 50 minutos de corrida. Na partida Pier Guidi Alessandro fez um bom arranque ao defender-se bem da maior potência do Lamborghini de Patrick Cunha. O italiano estabilizou a sua vantagem em redor dos cinco segundos sobre o carro da Goodsense e também sobre o Audi conduzido por Carlos Vieira que lutava pelo segundo posto. Este último rodava atento à desvantagem para o líder, graças à ausência de 'handicap' que lhe daria vantagem na troca de piloto. O Mercedes de Miguel Barbosa rodava atrás dos lugares do pódio, mas já distante, tendo sido um dos primeiros a efetuar a paragem obrigatória. Atrás de si António Nogueira perdia tempo com um escape que rebentou e sobreaquecia um dos pneus traseiros, mas conservava o quinto lugar na frente do melhor carro da GT Cup, o Ferrari F430 de Luís Reis. Nesta categoria José Cabral seguia em perseguição do homem do carro transalpino. Com as paragens para troca de piloto a cabeça da corrida inverteu-se. O Audi R8 da Nova Driver fez valer o facto de não ter 'handicap' para assumir a liderança, ficando João Figueiredo com a tarefa de tentar chegar à traseira do carro germânico. José Carlos Ramos que rendeu Patrick Cunha no Lamborghini desceu também ele uma posição enquanto José Pedro Fontes mantinha o Mercedes no quarto lugar. António Nogueira continuava a sua caminhada solitária no quinto lugar mas a perder bastante tempo para os homens da frente. Na categoria GT Cup a paragem para troca de pilotos deixou patente uma fuga de fluidos no Ferrari de Luís Reis, obrigando a uma presença mais prolongada nas boxes até que Carina Lima retomasse a pista. O Porsche de José e de António Cabral acabou por não aproveitar essa oportunidade para assumir a liderança, sendo surpreendido na paragem pelo Porsche de Pedro Marreiros e Peter Peters. Nos GT4, Nuno Batista entregou o Ginetta a Carlos Alonso na liderança do grupo, mas isto depois de Fábio Mota e Joffrey Didier terem passado por essa posição. Até ao final César Campaniço rodou num ritmo de gestão para garantir o triunfo nesta primeira corrida do fim-de-semana. “Tentei manter a liderança da corrida, mas sempre com muita atenção às dobragens e especialmente ao desgaste do carro, porque a corrida foi bastante exigente para mecânica e pneus. Foi um excelente resultado que gostaria de repetir amanhã que partimos da 'pole'”. João Figueiredo percebeu que não conseguia chegar ao Audi: “Ainda tentei nas primeiras voltas ir em perseguição do Audi, mas cedo percebi que iria desgastar imenso o carro”, explicava Figueiredo que rodou também ele especialmente atento ao tráfego nas dobragens. José Carlos Ramos conservou o terceiro lugar até ao final e sempre com vantagem significativa para José Pedro Fontes que foi quarto. Com os problemas de pneus a agravar-se, António Nogueira perdeu o quinto lugar na derradeira volta para o Lamborghini Gallardo que Pedro Lopes partilha com Jorge Queiroz. Na categoria GT Cup a dupla Pedro Marreiros/Peter Peters viu terminar da melhor forma uma sucessão de azares que começou com a entrega tardia do carro. “Nos treinos livres partiu-se uma bobine e nos cronometrados foi a bomba de gasolina a impedir que fizéssemos sequer uma volta,” referiu Marreiros cujo Porsche partiu de último e na troca de piloto estava já na liderança que manteve até ao final. Nos GT4, Carlos Alosno recebeu de Nuno Batista o carro na liderança e manteve-a até ao final. “A nossa estratégia apostava na menor degradação do carro em relação aos Aston Martin, e resultou. Consegui chegar à liderança a meio do meu turno, entreguei o carro ao Carlos que levou o Ginetta até ao triunfo” explicou Nuno Batista. A segunda corrida disputa-se amanhã às 14h.

Comentários