Nico Rosberg vence GP do Mónaco com toda a naturalidade

O alemão Nico Rosberg venceu hoje o Grande Prémio do Mónaco e regressou à liderança do Campeonato do Mundo de Fórmula 1 após seis provas, destronando o britânico Lewis Hamilton. Depois de uma qualificação polémica, o alemão geriu bem a vantagem que detinha sobre o britânico para garantir mais uma 'dobradinha' para a Mercedes. E para arrebatar a liderança do campeonato. Na cerimónia de consagração, no pódio, Rosberg e Hamilton nem um olhar trocaram. O ambiente entre os dois não deve, por esta altura, ser o mais saudável, depois de o alemão, durante a sessão de qualificação, ter 'atrapalhado' (ao fazer marcha-atrás e ao obrigar à exibição da bandeira amarela, depois de uma saída na curva Mirabeau) uma volta que dava indicações de poder valer a pole position ao britânico. O incidente foi investigado pelos comissários, não gerou qualquer punição e Rosberg aproveitou a ocasião para, com grande frieza, resistir nas ruas do Mónaco às constantes investidas de Hamilton, também ele autor de uma corrida irrepreensível. Foi o segundo triunfo consecutivo de Rosberg no principado, que lhe permitiu aumentar para 122 os pontos no campeonato, contra os actuais 118 do companheiro de equipa na Mercedes. Rosberg falou de “mais um dia especial”, admitindo que a pressão de Hamilton, que sentiu durante praticamente toda a corrida obrigou-o a um permanente estado de alerta. “Mantive-me calmo e consegui uma boa vantagem com os pneus frescos”, explicou. Já Hamilton, que acabou a prova limitado na visão, desvalorizou o incidente e lembrou que foi um dia bom para a Mercedes. “É importante para a equipa conseguir outra dobradinha. Estava com boa velocidade, sentia-me forte mas aqui é muito difícil ultrapassar”, rematou. A quinta 'dobradinha' da escuderia alemã em seis Grandes Prémios disputados foi seguida de perto por Daniel Ricciardo, que saiu da grelha de partida da mesma posição em que acabou o dia: terceiro. Apesar de ter visto a bandeirada de xadrez encostado em Hamilton, Ricciardo nunca esteve em posição de ameaçar verdadeiramente o segundo posto do inglês, terminando num bom terceiro lugar. Fernando Alonso, com os problemas de Vettel e de Kimi Raikkonen subiu ao quarto posto e com um andamento consistente, conseguiu perseguir Ricciardo até ao último terço da corrida. A partir de então foi perdendo tempo para o australiano, terminando a vinte e dois segundos do novo recruta da Red Bull. Alonso foi quarto, na frente de Nico Hulkenberg com Jenson Button em sexto na frente de Felipe Massa. O grande destaque da corrida passa pelo facto de Jules Bianchi ter terminado na oitava posição com o seu Marussia, os primeiros pontos da história da equipa. Mesmo tendo sido penalizado em cinco segundos e caído para nono, pontuou. O piloto francês beneficiou de uma tentativa demasiada ousada de ultrapassagem por parte de Raikkonen a Kevin Magnussen no Gancho do Grande Hotel, que acabou com o finlandês encostado às barreiras sem que o dinamarquês pudesse continuar. O piloto da Ferrari passou novamente pelas boxes, ao passo que o jovem da McLaren atrasou-se significativamente, terminando no décimo posto.


Classificação
1. Nico Rosberg Mercedes 1h49m27.661s
2. Lewis Hamilton Mercedes +9.210s
3. Daniel Ricciardo Red Bull-Renault +9.614s
4. Fernando Alonso Ferrari +32.452s
5. Nico Hulkenberg Force India-Mercedes -1 Volta
6. Jenson Button McLaren-Mercedes -1 Volta
7. Felipe Massa Williams-Mercedes -1 Volta
8. Romain Grosjean Lotus-Renault -1 Volta
9. Jules Bianchi Marussia-Ferrari -1 Volta
10. Kevin Magnussen McLaren-Mercedes -1 Volta

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