Miguel Oliveira vence na Austrália e mantém vivas esperanças no título da Moto3

A 16ª jornada do Campeonato do Mundo de Moto3 que se disputou este domingo no circuito de Phillip Island terminou com fantástica vitória de Miguel Oliveira (Red Bull KTM Ajo), com Efrén Vázquez (Leopard Racing) e o companheiro de equipa do luso, Brad Binder, a completarem o pódio do Pramac Grande Prémio da Austrália. Jorge Navarro (Estrella Galicia 0,0), Jakub Kornfeil (Drive M7 SIC) e Romano Fenati (SKY Racing Team VR46) foram os nomes dos seis primeiros, enquanto Philipp Oettl (Schedl GP Racing), Isaac Viñales (RBA Racing), Alexis Masbou (SaxoPrint RTG) e o local Remy Gardner (CIP) fecharam o Top 10. Na primeira volta Fenati tomou a iniciativa com Oliveira, Vázquez e Loi na roda do italiano enquanto Stefano Manzi (San Carlo Team Italia) ia ao chão. McPhee, Kornfeil, Navarro e Kent também rodavam no primeiro grupo, com Kornfeil a passar para segundo, atrás de Oliveira e Vázquez na contenda. Fenati respondia e subia de novo a líder no início da terceira volta, com as ultrapassagens a seguirem-se a ritmo frenético. Enquanto isso, Bagnaia ganhava posições para chegar a quarto com a melhor da volta da corrida até então. Cinco voltas volvidas, o grupo da frente era composto por dez pilotos, com Oliveira à cabeça e seguido de imediato por Fenati, Vázquez e Bagnaia. Com o passar das voltas Joan Mir (Leopard Racing), substituto de Hiroki Ono e a rodar entre os primeiros, Juanfran Guevara (Mapfre Mahindra Aspar) e John Mcphee (SaxoPrint RTG) viam a corrida terminar mais cedo com quedas. A luta pela liderança continuou então com Binder a marcar o ritmo à frente de Kent, Hanika, Navarro, Bagnaia e Oliveira logo atrás no que era então de grupo de sete pilotos que tinha logrado curta vantagem sobre o resto do pelotão. Contudo, pouco depois surgia o primeiro grande susto de Kent, que foi tocado por traz por Bagnaia. O italiano acabou por ir ao chão, mas conseguiu voltar à corrida em 16º, isto enquanto o outro candidato ao ceptro, Bastianini recuperava desde 29º da grelha para rodar em sétimo. Um resultado que o deixava de fora da corrida ao ceptro e que o obrigava a dar continuidade a uma recuperação épica. Hanika foi o nome que se seguiu a passar pela primeira posição na 12ª das 23 voltas, o que acabou por se revelar sol de pouca dura com o piloto a cair e o colega de equipa Binder a recuperar a liderança. Com as emoções ao rubro, o momento da corrida, e que pode muito bem vir a ser o da decisão do título, surgiu pouco depois com a queda conjunta de Antonelli, Kent e do rival Bastianini. O britânico passou Antonelli que, ao ter de levantar a moto por não ter espaço por onde prosseguir o caminho, acabou por provocar o incidente. Em resultado disto, as possibilidades de Kent garantir já o ceptro passavam por Oliveira ficar fora do pódio. O grupo da frente, com Vázquez, Navarro, Oliveira e Fenati, rodava então isolado numa emocionante luta pela vitória depois de Binder ter ficado para trás, a um segundo de distância. O piloto ainda conseguiria juntar-se a eles pouco depois. Quem lhe seguia o exemplo era Kornfeil, que a quatro voltas do final entrou para o grupo para lutar pelo triunfo. Na última volta todos davam o máximo, mas foi Oliveira quem acabou por ver a bandeira de xadrez primeiro, à frente de Vázquez, Binder, Navarro, Kornfeil e Fenati, para conquistar a quarta vitória da época e converter-se no único piloto que pode impedir Kent de conquistar o ceptro quando faltam disputar apenas duas corridas. O piloto português garantiu o quarto pódio consecutivo depois do segundo lugar de São Marino, do triunfo de Aragão e de novo segundo lugar em Motegi. Um conjunto de resultados que contrasta claramente com os dois sextos postos e duas desistências de Kent em igual período e passou a ser o único capaz de superar o britânico até ao final do ano dados os 40 pontos que os separam a duas corridas do final da temporada. Miguel Oliveira: “Acabei de saber que ainda há campeonato. Nem consigo acreditar na loucura de corrida que acabámos de viver. Dei conta que o grupo da frente não era muito grande e relaxei um pouco, mas queria na mesma acabar nas duas primeiras posições. Nas últimas voltas mantive um pouco de distância e consegui defender a minha posições. Estou muito contente pela equipa e por esta grande vitória.

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