Circuito ACDME 1 - A velocidade nacional regressou ao Estoril

Apesar de José Monroy (Mitsubishi Lancer Evo IX) ter sido apontado como favorito a vitória na primeira corrida do PTCC que este fim-de-semana decorreu no Estoril, sobretudo porque as condições atmosféricas favoreciam claramente carros com tracção às quatro rodas, foi Nuno Batista (SEAT Leon Supercopa) a levar o melhor. Aliás, Batista fez quase a totalidade da corrida de forma solitária, nunca colocando em causa o primeiro lugar. Monroy viria a conseguir chegar ao segundo lugar mesmo na última curva da última volta. O piloto do Mitsubishi teve um saída de pista logo na primeira volta, o que o obrigou a fazer uma corrida de trás para frente. António Costa (SEAT Leon Supercopa) viria a segurar o terceiro lugar. A estreia neste Campeonato está-se a revelar extremamente positiva para este jovem piloto. A chuva que caiu durante a noite e ao início da manhã trocou as voltas aos pilotos, pois apesar de na altura da corrida não se prever chuva, o asfalto ainda estava molhado. Nuno Batista, o vencedor optou por pneus ‘slicks’: “Estive sempre em dúvida em relação às borrachas mas a escolha apesar de se ter revelado, a determinada altura, difícil, acabou por ter um resultado positivo. No arranque passei para segundo e depois pressionei o Monroy. Ele cometeu um erro e eu passei-o. Daí em diante foi uma corrida feita de forma isolada. Aliás, até bastante complicada em termos de concentração. Como tinha muita vantagem fui gerindo o meu andamento e preocupado apenas em trazer o carro intacto até ao final”, disse. Monroy assumiu o erro na primeira volta: “Arrancámos com ‘slicks’ na esperança que a pista secasse mas apesar de não ter chovido, não secou. Foi difícil aguentar o carro e na primeira volta despistei-me. Depois vim de trás para a frente a gerir o andamento, sem correr riscos para não deitar tudo a perder. Estou contente porque o desfecho até acabou por ser bem positivo, sobretudo porque na última volta consegui passar o António Costa”, explicou. António Costa, estreante no PTCC estava feliz com os resultados obtidos até ao momento: “Estava indeciso quanto aos pneus e fiz uma troca de última hora que me obrigou a sair da linha das boxes. Fui passando os carros mais lentos até conseguir chegar ao segundo posto. Penso que foi uma boa corrida mas no final já não consegui evitar o ataque do Monroy e fiquei em terceiro. Está a ser uma boa estreia”, concluiu. Na quarta posição ficou António João Silva (SEAT Leon SCLR). Na Categoria 3, Miguel Fontes (Clio RS 2000) foi o mais rápido com o quinto lugar da geral, seguido de César Machado e também em Clio RS 2000 e de Pedro Marreiros (Hyundai Coupé V6) no sétimo Lugar.

Não foi na primeira, foi na segunda corrida do fim-de-semana que José Monroy voltou a vencer. Apesar das condições atmosféricas adversas, todos os pilotos optaram por entrar em pista com pneus ‘slicks’, o que se revelou a melhor escolha. Mesmo a sair quase do último lugar da grelha Monroy (Mitsubishi Lancer Eco IX) tirou partido do potencial da sua máquina no arranque para se colocar de forma imediata no comando da prova. Também Nuno Batista teve um bom desempenho mas um furo viria a ditar o abandono. No segundo lugar ficou António Costa (SEAT Leon Supercopa) e no terceiro posto António João Silva (SEAT Leon Supercopa). José Monroy estava satisfeito por regressar às vitórias: “Foi uma prova mais fácil mesmo que a escolha de pneus tenha sido feita um pouco a medo. No arranque passei logo para a frente tirando partido do potencial do meu Mitsubishi e daí em diante assegurei uma margem de segurança e geri a vantagem até ao final. É muito bom estar no comando do Campeonato. Espero que na próxima corrida no Algarve haja mais participantes e que consigamos dar um espectáculo melhor”, disse. António Costa começa a ser presença assídua nos lugares da frente: “Está a tornar-se um bom hábito. Apesar de ter feito um mau arranque consegui depois fazer uma boa recuperação. Foi um fim-de-semana extremamente positivo”, referiu. António João Silva foi o terceiro classificado seguido de César Machado (Clio RS 2000) no quarto lugar, o primeiro na categoria 3. Em quinto Pedro Marreiros (Hyundai V6) e Miguel Fontes (Clio RS 2000) em sexto.

CPGT: Zé Pedro / Castro Santos mudam de carro, mas mantem as vitórias

A 2ª prova pontuável para o Campeonato de Portugal de GT revelou-se, tal como a 1ª, altamente produtiva para a dupla José Pedro Fontes e Diogo Castro Santos. Não podendo contar com o Aston Martin para esta prova, a dupla recorreu ao Porsche 997 GT3, que se previa menos competitivo no Estoril. Ao mesmo tempo, depois dos problemas surgidos com a caixa de velocidades na 6ª feira, forçaram a equipa a um fim-de-semana altamente condicionado. O difícil fim-de-semana antevisto pelo Vodafone Wedo Samsung Team veio, no entanto, a revelar-se altamente positivo, com a conquista da 3ª posição na corrida de Sábado e a vitória no Domingo. Segundo José Pedro Fontes “não foi um fim-de-semana nada fácil e a vitória de Domingo não pode deixar de ser dedicada aos técnicos da Sports & You. Na sextafeira, ao final do dia, tínhamos a caixa partida no Estoril e só uma viagem relâmpago ao Porto permitiu que estívessemos em condições de alinhar nos treinos livres, às 9h de Sábado. Fizemos as duas corridas sem poder utilizar a 2ª velocidade e sempre com o receio que a caixa cedesse. Estamos muito satisfeitos com o resultado e por estar na liderança do Campeonato.” Também Diogo Castro Santos não escondia a felicidade dizendo que “foi um fim-desemana em cheio pois, não podendo contar o Aston Martin, sabíamos que ía ser difícil chegar ao pódio. No entanto, depois de muito trabalho e alguma sorte, conseguimos um terceiro e um primeiro lugares. Sinto-me cada vez mais em forma e tenho a certeza que vamos continuar na senda das vitórias. Um obrigado especial aos mecânicos pelo grande esforço destes dias.”

A segunda corrida da segunda jornada dupla do CPGT/CPSP realizada no Estoril, foi madrasta para a equipa Team Nova Driver Total. Com César Campaniço e João Figueiredo ao volante do Audi R8 LMS assistido pelo Team Rosberg e pela NovaDriver, o micro-clima do Estoril acabou por pregar a partida e baralhar por completo esta segunda prova. Na hora da partida, o céu cinzento ameaçava desabar água sobre a pista do Estoril e, jogando pelo seguro, César Campaniço começou a corrida com pneus para piso molhado (não há intermédios na gama Pirelli disponível para o CPGT/CPSP). Escolha que o clima do Estoril se encarregou de estragar, pois até o Sol chegou a espreitar obrigando a equipa Team NovaDriver Total a antecipar a paragem nas boxes. Num trabalho espectacular dos técnicos da NovaDriver, a troca de pneus foi feita em 50 segundos, tendo César Campaniço dado o lugar a João Figueiredo ao volante do Audi R8 LMS. Caindo para o meio do pelotão, de imediato o piloto de Coimbra começou a recuperar posições. Porém, um verdadeiro dilúvio abateu-se sobre a zona do Autódromo do Estoril voltando a baralhar tudo uma vez mais. A chuva foi de tal forma forte que obrigou à entrada em pista do “Safety Car” e foi nessa altura que o azar voltou a bater à porta da equipa Team NovaDriver Total. No exacto momento em que João Figueiredo ia entrar nas boxes para trocar para pneus de chuva – quando já estava na parabólica – entrou o SC e o piloto do Audi R8 LMS ficou impedido de concretizar a troca de borrachas. Essa presença em pista foi fatal, pois como explicou João Figueiredo “numa altura em que seguia já devagar, mal toquei no travão a traseira do Audi passou-se e entrei num pião descontrolado do qual não consegui recuperar. Foi o clássico caso de ‘aquaplaning’ numa zona da pista onde a água se acumula com muita facilidade.” Consumava-se assim o abandono da equipa Team NovaDriver na gravilha da escapatória do final da recta da meta. No final, o piloto mostrou-se “algo triste pois na primeira prova com este carro seria justo oferecer a toda a equipa a vitória. Não foi possível, mas mostrámos estar prontos para lutar pela primeiro lugar já na próxima corrida” César Campaniço não escondeu o desalento, mas referiu que “este foi um fim-de-semana para esquecer com um problema electrónico na primeira corrida e o sortilégio da chuva na segunda. Porém, mostramos ser os mais rápidos, a dupla mais homogénea em termos de andamento e acabou por ser um óptimo treino para o futuro. Na próxima prova estaremos todos unidos na busca da vitória que nos escapou aqui no Estoril.”

A próxima prova do PTCC e CPGT será no Autódromo do Algarve a 15 e 16 de Maio.

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