A Renault-Nissan e a Daimler anunciaram, hoje, que estabeleceram uma parceria estratégica, tal como já era esperado. No âmbito desta aliança, as próximas gerações do Smart Fortwo, que terá quatro lugares, e do Renault Twingo serão desenvolvidos em conjunto, incluindo as versões eléctricas, tal como acontecerá com futuros veículos de ambas as gamas. As novas gerações do Renault Twingo e do Smart de quatro lugares vão passar a partilhar a mesma plataforma tecnológica e arquitectura, pelo que o fabrico dos dois utilitários será feito na fábrica da Renault na Eslovénia. A nova geração de veículos compactos da Mercedes-Benz irá igualmente beneficiar de versões adaptadas e modificadas dos motores Renault-Nissan, como a partilha do motor diesel Renault-Nissan e transmissões com o Mercedes-Benz Vito. Prevista, também, está a partilha de blocos a gasolina e Diesel da Daimler com a Infiniti, a divisão de luxo da Nissan. No total, a empresa alemã vai emitir 32,9 milhões de acções, no valor de 1,17 mil milhões de euros. Já na posse da Renault passam a estar 89 milhões de acções cedidas pela Renault. Renault-Nissan e Daimler trocarão ações ao nível de 3,1% cada uma no capital da outra, e o acordo "não afetará a identidade de cada marca". A Daimler pode ganhar mais com este acordo, "porque ganha acesso à economia de escala em carros mais pequenos", explicou um especialista em automóveis, Mike Tyndall. O negócio prevê que sejam arrecadados 2 mil milhões de euros em poupanças e vendas extraordinárias, no prazo de cinco anos. As três marcas automobilísticas acrescentaram que o acordo servirá para o "desenvolvimento conjunto de futuros projetos no campo dos veículos particulares e de veículos utilitários leves". O presidente da Daimler AG e diretor da Mercedes-Benz, Dieter Zetsche, assegurou que o "talento dos diferentes grupos se complementam perfeitamente". O presidente da aliança Renault-Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, assegurou que o acordo oficializado nesta quarta permitirá ampliar sua "oferta de produtos, otimizar os recursos disponíveis e desenvolver tecnologias inovadoras indispensáveis para os dez próximos anos". O responsável da aliança franco-japonesa explicou ainda que as sinergias e oportunidades abertas por este acordo estratégico supõe milhares de milhões de euros de poupanças e muitas oportunidades nos próximos anos. Os três fabricantes venderam, no total, 6,7 milhões de carros mais pequenos no ano passado, mais do que as vendas da Volkswagen que se fixaram nas 6,3 milhões de unidades.
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