A cumprir a primeira época como piloto de Fórmula 1, o jovem piloto de 23 anos, companheiro de Rubens Barrichello na Williams, foi o mais rápido na qualificação para o Grande Prémio do Brasil, penúltima prova do Mundial. O alemão foi o mais rápido no circuito de Interlagos (foi o único a rodar em 1m14s) e garantiu a primeira “pole position” da carreira na Fórmula 1. Tal como era esperado a sessão que definiu a grelha de partida para a penúltima corrida da temporada disputou-se com o asfalto molhado, o que acabou por criar um resultado inesperado com a 'pole position' do alemão da Williams. A derradeira fase da qualificação terminou com os pilotos a atacarem a pista com pneus slick, pese embora alguns locais do traçado ainda se apresentassem molhados, sendo fácil de errar. Foi nestas condições que Hulkenberg sobressaiu, ao efetuar repetidamente os tempos mais velozes, terminando mesmo com uma vantagem de mais de um segundo sobre Sebastian Vettel, graças a um registo de 1.14,470s, conseguido mesmo na sua última tentativa. Já na conferência, Hulkenberg mostrou que ainda estava a habituar-se à sensação de conseguir uma 'pole'. "É fantástico, ainda não consigo acreditar que consegui. Sair com os pneus slick foi, obviamente, a melhor decisão. O meu engenheiro disse-me que eu ainda tinha uma última volta por isso tirei tudo o que podia do carro, tentando não ir para as partes molhadas da pista. Era fácil cometer um erro mas aquela volta foi em cheio. Foi um grande momento para nós", referiu o alemão na conferência de imprensa. "O mais importante é fazer uma boa partida e mantê-los atrás de mim, mas se estiver piso seco será difícil que isso aconteça. Vou tentar fazer o meu trabalho. Os pilotos que estão atrás de mim estão em luta pelo título, por isso não quero causar problemas, mas também temos de defender a nossa performance. Estamos em luta com a Force India pela sexta posição do Mundial. Estou certo de que poderei trazer alguns pontos amanhã", acrescentou. O alemão da Red Bull ainda mantém esperanças na conquista do título, sendo quarto classificado no Mundial, com 206 pontos (menos 25 que o líder, Fernando Alonso). O espanhol da Ferrari e comandante da classificação ficou-se pelo quinto tempo da sessão de qualificação e sairá da terceira linha da grelha de partida. Com um tempo de 1m15,989, Alonso foi mais lento que os principais adversários: Sebastian Vettel e Mark Webber (ambos da Red Bull) e Lewis Hamilton (McLaren), segundo, terceiro e quarto, respectivamente. Fernando Alonso poderá festejar o título mundial no Brasil, caso vença a corrida e Webber termine em quinto ou pior. Se for segundo em Interlagos, Alonso sagra-se campeão caso Webber seja oitavo (ou pior) e o vencedor não seja Hamilton nem Vettel. O terceiro lugar também poderá chegar para o piloto espanhol da Ferrari, desde que Webber seja décimo ou pior, Hamilton não fique acima do quinto e Vettel não esteja entre os três primeiros.
Michael Schumacher assinou o oitavo crono, batendo de forma clara Nico Rosberg, que foi eliminado na Q2, acabando na décima terceira posição do grid. Logo atrás do alemão da Mercedes ficou um desapontante Felipe Massa e Vitaly Petrov que, depois do seu despiste de ontem, deu alguns motivos de satisfação à Renault ao alcançar a Q3. Dos pilotos ainda envolvidos na luta pelo título, o britânico Jenson Button (companheiro de Hamilton na McLaren) foi o que teve pior sorte na qualificação. O campeão em título – actualmente a 42 pontos de Alonso – não foi além da segunda manga de qualificação e sairá do 11.º lugar da grelha. Button precisaria de ganhar e que os adversários directos não pontuassem para manter vivas as aspirações pelo título. O Grande Prémio do Brasil realiza-se este domingo às 16h (SP-TV2).
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