A jornada do Campeonato do Mundo de Moto3 no Estoril estava a decorrer da melhor forma possível para Miguel Oliveira. O piloto português esteve sempre no topo da tabela classificativa ao longo do fim-de-semana mas o pior estava reservado para a corrida. Quando discutia a primeira posição, um problema no trem da frente da sua Honda Suter obrigou o piloto português a ceder a sua posição e a entrar nas boxes para abandonar a corrida. Terminava o sonho de milhares de portugueses nas bancadas que esperava ver Miguel Oliveira nos lugares do pódio. No final, Miguel não escondia a frustração: "Foi uma corrida muito triste para mim. Só consegui fazer as primeiras voltas. Estava nos lugares da frente mas de repente não conseguia virar a direcção da moto que ficou muito dura. Não sabemos ainda exactamente qual é o problema mas a equipa está a averiguar", disse o piloto português. Miguel Oliveira tem sido de forma sistemática, desde que o Campeonato começou, dos pilotos mais rápidos. No entanto, as duas últimas corridas foram madrastas para o jovem de 17 anos: "Não vou olhar para trás. Temos de seguir em frente e encarar a próxima corrida com optimismo. Temos tudo para ser bem sucedidos, já o provámos", rematou o piloto. Sandro Cortese, da Red Bull KTM Ajo, assinou a vitória após brilhante batalha até à linha de meta com Maverick Viñales.
Casey Stoner líder do campeonato com vitória no Estoril
Os pilotos da Repsol Honda Team Dani Pedrosa e Stoner ofereceram um espectáculo emocionante desde o princípio, disputando taco a taco a primeira volta, com Stoner a alcançar a dianteira na segunda. Jorge Lorenzo, da Factory Yamaha Team, aproveitou para escalar para segundo e perseguir o australiano, que rapidamente se distanciou. O companheiro de equipa de Lorenzo, Spies, que estivera em quarto, saiu da trajectória e caiu para sétimo, seguido de perto por Valentino Rossi, da Ducati Team. Entretanto, decorridas quatro voltas, Andrea Dovizioso ((Monster Yamaha Tech 3) ultrapassou o seu companheiro de equipa Cal Crutchlow, posicionando-se provisoriamente em quarto, atrás de Pedrosa. A 21 voltas do fim, Lorenzo e Pedrosa aproximavam-se perigosamente do líder Stoner, com uma diferença de menos de um segundo. Na mesma volta, Crutchlow saiu da trajectória na Curva 1 ao tentar ultrapassar o seu companheiro de equipa italiano, mas conseguiu regressar à posição, prosseguindo a batalha pelo quarto lugar. A 16 voltas do fim, Mattia Pasini da Speed Masters CRT sofreu uma queda ao perder a dianteira da sua ART. Simultaneamente, Iván Silva retirou-se quando as dores resultantes da colisão no warm-up desta manhã se tornaram insuportáveis. A meio da corrida, Lorenzo estreitava a distância com Stoner, enquanto o seu companheiro da Yamaha ultrapassava Stefan Bradl (LCR Honda MotoGP) para o oitavo lugar. O dia da Avintia Blusens não correu pelo melhor. Yonny Hernandez caiu a 11 voltas do fim, mas escapou ileso. O difícil começo de temporada da Paul Bird Motorsport parece perpetuar-se, com o britânico James Ellison a voltar às boxes, a nove voltas do fim, com problemas mecânicos na ART. Karel Abraham (Cardion AB Racing) sofreu uma queda a cinco voltas do fim, sendo este o terceiro Grande Prémio consecutivo que não consegue completar. Com o final da batalha renhida entre os pilotos da Monster Yamaha Tech 3 a aquecer, Crutchlow, ao tentar desesperadamente ultrapassar o italiano, alargou mais uma vez a trajectória. Mais atrás, Bradl chegava outra vez a oitavo à custa de Spies, que reagiria imediatamente. Três voltas antes do fim, quando Lorenzo parecia alcançar Stoner, o australiano meteu prego a fundo e voltou a alargar a distância para mais de um segundo. No final, foi Stoner o primeiro a ver a bandeira de xadrez, seguido de Lorenzo e Pedrosa. Stoner tem agora uma vitória em cada uma das pistas do calendário de Moto GP na categoria rainha. Andrea Dovizioso aguentou a peugada de Crutchlow e acabou em quarto, pela primeira vez à frente do seu companheiro de equipa nesta temporada. Álvaro Bautista (San Carlo Honda Gresini) fez uma sólida exibição ao manter-se em sexto do princípio ao fim. Em sétimo, Valentino Rossi fez a melhor prova da temporada, batendo Ben Spies da Yamaha, que não recuperou do arranque difícil. Stefan Bradl da LCR terminou em nono, enquanto Héctor Barberá (Pramac Racing) fechou o Top 10. Espargaró, da Electronics Aspar, conquistou o melhor posto de CRT pela segunda prova seguida.
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