O piloto britânico Lewis Hamilton (McLaren) venceu hoje o Grande Prémio do Canadá, sétima prova do Mundial de Fórmula 1, e ascendeu à liderança do campeonato. Hamilton afirmou-se como o sétimo vencedor em sete corridas depois de uma prova em que teve que se aplicar a fundo para cruzar a linha de meta no primeiro posto. O britânico da McLaren era o único dos pilotos com aspirações ao título ainda sem uma vitória em 2012. Num início de temporada que vira seis pilotos diferentes ganharem as seis primeiras corridas, o campeão de 2008 corria o risco de ver algum dos rivais ser o primeiro a “bisar” – ou, pior, ver alguém de uma equipa mais modesta subir ao primeiro lugar do pódio. Neste contexto, Hamilton enfrentou o GP do Canadá com um único pensamento: atacar. Qual predador, o britânico não deu tréguas na perseguição aos rivais. Vettel (primeiro) e Alonso (depois) sentiram no pescoço o bafejar do piloto da McLaren. E não lhe resistiram. Hamilton obteve em Montreal a primeira vitória da temporada, sendo o sétimo piloto diferente a ganhar em 2012. Foi a sua terceira vitória no Canadá em cinco anos, um resultado que o coloca na liderança do Mundial. “Sabia que ia ser uma corrida dura. Adorei cada minuto e nunca duvidei das nossas hipóteses de vencer. Tivemos alguns problemas durante as paragens [nas boxes], talvez tenha sido culpa minha, não sei”, apontou Hamilton no final da corrida. “É óptimo estar finalmente no primeiro lugar do pódio. Sinto que fiz uma das minhas melhores corridas em muito tempo”, acrescentou o piloto britânico, que foi sempre mais rápido que a concorrência. E se o vencedor estava encontrado, o detentor do segundo posto não e Alonso foi perdendo posições: primeiro para Romain Grosjean, que terminou em segundo após uma grande corrida com a Lotus, depois para Sérgio Pérez, também ele autor de uma excelente prova (partiu de 15º) e, por fim, para o próprio Vettel. O espanhol da Ferrari terminaria no quinto posto, mas com Nico Rosberg (Mercedes) já colado aos seus escapes. Não obstante a 'queda' final de Alonso, destaque para as prestações de Grosjean e Perez, que subiram ao pódio ao lado de Hamilton após uma prova muito bem conseguida da sua parte. O francês Romain Grosjean, com uma grande exibição, segurou o segundo lugar, obtendo o melhor resultado da carreira na Fórmula 1. “O carro esteve impecável. De repente, ultrapassei o Fernando Alonso, que estava mais lento, e fiquei em segundo. Foi uma corrida louca. A equipa fez um trabalho fantástico”, sublinhou. E o mexicano Sergio Pérez, que saiu do 15.º lugar na grelha de partida, ultrapassou Alonso nas derradeiras voltas para garantir o terceiro posto. “Quando se começa no 15.º lugar não se espera terminar no pódio. Arrancámos agressivamente e consegui ultrapassar alguns carros com manobras difíceis. Os pneus resistiram e consegui continuar a subir”, apontou o piloto da Sauber. Mark Webber terminou em sétimo, numa corrida em que voltou a ser batido pelo seu companheiro de equipa, tendo ficado com Kimi Raikkonen logo atrás de si. Kamui Kobayashi (Sauber) e Felipe Massa (Ferrari) ficaram nos dois últimos lugares pontuáveis, tendo o brasileiro hipotecado a sua prova após um pião ainda nas primeiras voltas quando era quinto. Michael Schumacher continua perseguido pelo azar e, desta vez, abandonou devido a uma avaria no sistema DRS, que manteve o perfil superior da asa traseira aberto mesmo quando não devia. Na boxe ainda tentaram fechar aquele elemento, mas o abandono foi io caminho a seguir.
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