Miguel Oliveira começou o dia com boas sensações e não se deixou abater pela pequena queda que sofreu no final da última sessão de livres. Depois de melhorar a sua marca em quase três segundos face a ontem, o jovem da Estrella Galicia 0,0 foi para a qualificação da tarde apostado num resultado na frente da grelha. Contudo, e apesar da ameaça da chuva não se ter concretizado, o muito vento que se fez sentir e muito tráfego que encontrou em pista nos momentos finais dos 40 minutos de qualificação tornaram a vida difícil ao português. A estrear-se no traçado britânico, Oliveira tentou tirar partido do cone de ar de alguns rivais, mas teve de se contentar com o 11º posto, isto apesar de ter melhorado os seus próprio parciais nos últimos três sectores da pista de Silverstone. “As coisas correram bem durante a manhã. Já de tarde demos continuidade ao trabalho, mas o final da sessão foi complicado porque havia muitos pilotos em pista a tentar melhorar os tempos,” afirmou o luso. “Entrámos com um pneu novo, mas vi que era complicado rodar sozinho por causa do vento e acabou por ser assim que fiz o meu melhor tempo. De todos os modos, creio que temos ritmo para estar na frente. A pista de Silverstone é muito larga, pelo que termos de fazer uma boa partida e efectuar a primeira volta com o grupo da frente. Esse será o factor chave e ter em conta para amanhã. Trabalhámos muito na afinação uma vez que depois de duas sessões com piso seco tivemos tempo para analisar configurações diferentes." Maverick Viñales, da Blusens Avintia, foi o piloto que melhor lidou com o forte vento que se fez sentir em Silverstone durante a qualificação de Moto3 para a o Grande Prémio de Inglaterra, levando a melhor sobre Efrén Vázquez e Alexis Masbou.
Álvaro Bautista voa para primeira 'pole' em Silverstone
Com a chuva a fazer-se sentir a cinco minutos do final não houve quem conseguisse bater o tempo de Bautista nos 2m03s baixo, o que relegou Ben Spies, da Yamaha Factory Racing, para a segunda posição da grelha, isto depois de algumas incursões por fora da pista por parte do americano. A completar a primeira linha da grelha está o mais rápido da manhã, Casey Stoner, que parece ter-se debatido uma vez mais com problemas de vibração na moto durante esta tarde. O companheiro de equipa de Spies e líder do Campeonato, Jorge Lorenzo, lidera a segunda linha depois de um erro na Curva 6, na sua volta rápida, o ter impedido de ir mais além. Dani Pedrosa, da Repsol Honda, parte ao lado do compatriota, em quinto, depois de ter encontrado um pouco mais de confiança no novo frontal da Bridgestone. A completar a segunda linha está Héctor Barberá (Pramac Racing Team), que mostrou muita confiança durante a qualificação ao terminar como melhor Ducati. A sétima posição é ocupada por Nicky Hayden (Ducati Team), que conseguiu efectuar o seu tempo antes de cair na curva Vale nos momentos finais da qualificação. Em oitavo está Andrea Dovizioso (Monster Yamaha Tech 3), posição pouco usual para o italiano, ainda para mais depois de ter impressionado nos livres desta manhã. A lista dos dez primeiros é completada por Stefan Bradl (LCR Honda MotoGP) e Valentino Rossi (Ducati Team), que sofreu uma queda quase igual à de Hayden na mesma curva, mas no início da sessão. Ambos os pilotos da Ducati saíram ilesos do contratempo. O melhor piloto CRT foi Aleix Espargaró, da Power Electronics Aspar, em 11º. A qualificação não contou com a presença do piloto da casa Cal Crutchlow, que sofreu queda com a Monster Yamaha Tech 3 no treino da manhã e se magoou no tornozelo. Ele foi alvo de exames médicos no hospital John Radcliffe, em Oxford, que confirmaram a ausência de fracturas, e confirmaram o entorse. Crutchlow está a ser tratado no hospital e será de novo avaliado amanhã de manhã para ver se está apto para correr. A pole de Bautista representa a primeira vez desde o Assen TT do ano passado em que Lorenzo, Sonter ou Pedrosa se viram relegados do primeiro posto da grelha. Nessa corrida a pole também ficou a cargo da San Carlo Team através do falecido Marco Simoncelli.
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