O Conselho Mundial do Desporto Automóvel deverá actuar com mão firme sobre a McLaren na sequência ainda do episódio ocorrido durante o Grande Prémio da Austrália, a primeira prova da temporada, quando Lewis Hamilton praticamente parou para permitir a ultrapassagem de Jarno Trulli quando o safety-car se encontrava em pista, acabando depois o piloto britânico por negar ter recebido ordens para permitir aquela manobra. A possibilidade de uma punição "exemplar" foi defendida por Vasconcelos Tavares, o português que integra o aquele Conselho, para quem, no entanto, a possibilidade de exclusão da McLaren da Fórmula Um, permitida pelo regulamento da FIA, não deverá ser aplicada.
"Acho pouco provável. A exclusão era um tiro no nosso próprio pé. Tirávamos interesse ao Campeonato do Mundo e ficavam menos concorrentes em prova. Há outras maneiras de punir", defendeu aquele dirigente em entrevista à Agência Lusa, a quem recordou estar provado que a escuderia e o campeão mundial mentiram sobre o incidente em questão. "O próprio Hamilton falou disso na Malásia e desculpou-se, dizendo que se tinha limitado a obedecer ao patrão".
"Acho pouco provável. A exclusão era um tiro no nosso próprio pé. Tirávamos interesse ao Campeonato do Mundo e ficavam menos concorrentes em prova. Há outras maneiras de punir", defendeu aquele dirigente em entrevista à Agência Lusa, a quem recordou estar provado que a escuderia e o campeão mundial mentiram sobre o incidente em questão. "O próprio Hamilton falou disso na Malásia e desculpou-se, dizendo que se tinha limitado a obedecer ao patrão".
Ecclestone admite suspensão da McLaren
Bernie Ecclestone não afasta a possibilidade de a McLaren ser afastada de algumas corridas da Fórmula 1, na sequência da desclassificação aplicada a Lewis Hamilton na primeira corrida da época.
"O que está a acontecer não é bom para ninguém, ainda por cima porque regressa ao tribunal pouco tempo depois de lá ter estado por motivos semelhantes. Se alguma equipa for banida por algumas corridas, isso será terrível, mas pode acontecer", afirma Ecclestone, ao Express, desiludido com o comportamento da marca anglo-saxónica.
A McLaren vai, a 29 de Abril, ficar a saber se é, ou não penalizada, depois de cofrontada com as acusações de ter mentido no final do Grande Prémio da Austrália.
Recorde-se que, em 2005, a Bar-Honda foi banida por duas corridas, depois de a Federação Internacional do Automóvel ter considerado que existiam irregularidades nos tanques de combustível.
Porta aberta para a saída de Lewis Hamilton?
Neste contexto, não é difícil de imaginar que algumas publicações, especialmente as mais sensacionalistas, exploram ao máximo este assunto traçando cenários, ao livre arbítrio da sua imaginação. O diário sensacionalista inglês "Daily Mail", chega a escrever que a relação do Campeão do Mundo de 2008 com a McLaren está no 'fio da navalha' e o piloto inglês pode mesmo oferecer-se à...Ferrari, e já falam mesmo em números. Só visto! A verdade é que ao longo do fim-de-semana de Sepang o distanciamento da família Hamilton em relação a Martin Whitmarsh foi evidente e por mais de uma ocasião foi possível ver e ouvir Anthony Hamilton em discussões muito pouco amigáveis com os responsáveis pela comunicação da equipa de Woking.
A eventual saída de Hamilton da McLaren revolucionaria por completo o mercado de pilotos, pois o inglês está em posição de escolher a equipa que quiser e nenhum contrato resistiria á sua entrada no mercado.
Punição exemplar para a McLaren?
Segundo Vasconcelos Tavares, o facto de a equipa de Woking ter sido recentemente punida, pelo mesmo organismo, por um caso de espionagem sobre a Ferrari pode, agravar o quadro punitivo para a McLaren. "Quando se é reincidente em comportamentos pouco dignos, é complicado. A reincidência é factor de menos benevolência para quem julga", disse. De qualquer modo, Lewis Hamilton poderá merecer uma pena mais branda, isto porque o próprio piloto afirmou publicamente que estava apenas a "obedecer a ordens". Agora, perante a convocatória da McLaren para se apresentar perante o Conselho Mundial do Desporto Automóvel, Vasconcelos Tavares acredita que a "estratégia" da escuderia passará por um "pedido de desculpas, tal como aconteceu no caso de espionagem".
McLaren não irá falar no Tribunal de Apelação
A McLaren esclareceu que não irá ter um papel activo no Tribunal de Apelação Internacional (TAI) da FIA de dia 14, apesar de ter pedido para assistir à audiência em questão, a qual irá decidir acerca do protesto da Ferrari, Red Bull e Renault contra os projectos da Williams, Brawn GP e Toyota.
Ontem, ficou-se a saber que a McLaren também irá marcar presença no Tribunal de Apelação, embora não de uma forma activa, mesmo que se mantenha contra os projectos das equipas em questão.
"Quando questionada anteriormente sobre isto, os responsáveis da McLaren afirmaram que é nosso entender que os difusores usados no Brawn, Toyota e Williams estão fora do espírito e das intenções dos regulamentos técnicos. Vamos, por isso, estar presentes na audição de terça-feira, mas não faremos qualquer exposição oral", disse um porta-voz da equipa anglo-germânica ao Autosport.com
"O papel da McLaren não será, assim, activo, ao passo que BMW Sauber, Ferrari, Red Bull e Renault irão fazer apresentações orais ao TAI. O TAI fez saber que a McLaren não fará nenhuma exposição oral na audiência", acrescentou.
Apesar disto, o comunicado oficial da FIA adianta que serão oito as equipas a serem ouvidas no TAI, incluindo a McLaren nesse lote.
Lewis Hamilton e Dave Ryan recusaram mudar a sua história
De acordo com o autosport.com, Lewis Hamilton e o seu antigo director desportivo, Dave Ryan, recusaram, na segunda audição, mudar a sua história sobre os acontecimentos do GP da Austrália.
Na altura, a FIA referiu que "Os Comissários consideraram novos elementos do GP da Austrália de 2009, e decidiram que o piloto número 1, Lewis Hamilton, e a Vodafone McLaren Mercedes agiram de maneira prejudicial à conduta do evento ao fornecerem provas deliberadamente falaciosas aos Comissários na audição de domingo, 29 de Março de 2009, numa violação do Artigo 151c do Código Desportivo Internacional".
De acordo com o que uma fonte da FIA referiu ao Autosport inglês: "Foi surreal, pois nós tínhamos as provas, a gravação da conversa rádio e a entrevista, e eles mantinham uma interpretação muito diferente do que aquelas palavras realmente queriam dizer."
Martin Whitmarsh fala sobre o sucedido no GP Austrália
Hamilton na Ferrari?
ResponderEliminarSeria uma piada não?
Acredito que seja apenas "fogo-de-artificio" dos tablóides ingleses. Aliás esta época dá-me a ideia e pela maneira como começou que vai ser fértil em notícias deste "calibre".
ResponderEliminarPena que elas não sejam relativas a acontecimentos em pista, mas sim fora dela.
Um abraço António