A segunda etapa do Rali de Portugal teve um tanto de 'déjà vu': começando o dia em terceiro lugar, Sébastien Loeb foi aproveitando as dificuldades de Mikko Hirvonen a limpar os troços, para ascender à liderança e construir uma vantagem sólida que lhe permita controlar o rali ao longo do dia de amanhã.
À partida para a primeira etapa de amanhã, em Loulé, Loeb terá 26,8s de vantagem para gerir face aos possíveis ataques de Hirvonen, que perdeu a grande parte deste tempo nas duas passagens por Almodôvar.
À partida para a primeira etapa de amanhã, em Loulé, Loeb terá 26,8s de vantagem para gerir face aos possíveis ataques de Hirvonen, que perdeu a grande parte deste tempo nas duas passagens por Almodôvar.
"Foi um dia muito bom para mim. Senti o carro muito bom, puxei mais e pude construir esta diferença. Tenho uma boa vantagem, mas não muita. Estou muito contente. Não podia pedir mais", considerou o piloto francês no final da especial número 13, Vascão 2.
Sem saber os motivos para tanto tempo perdido na especial de Almodôvar - no total, 26 segundos -, Hirvonen confessou no final da última especial do dia que "dei o meu máximo, amanhã vai ser um dia muito longo e vamos tentar lutar. É tudo o que podemos fazer. Não vou abrir a estrada e pode ser benéfico". Ainda assim, será muito complicado a Hirvonen recuperar o tempo perdido, conhecendo-se a consistência de Loeb.
Atrás de Hirvonen, Dani Sordo viu o seu dia marcado por um pequeno erro numa especial da manhã, que lhe custou muitos segundos e o segundo lugar. A 29,6s do piloto da Ford, Sordo poderá tentar alcançar o segundo posto, mas tal tarefa também não será fácil. Isolado está Petter Solberg, que tem mais de um minuto de atraso para Sordo e quase um 1m20s de avanço sobre Matthew Wilson. Já este não pode estar tão descansado, uma vez que atrás de si, Henning Solberg está apenas a 0,9s.
Armindo Araújo lidera PWRCArmindo Araújo concluiu o terceiro dia do Vodafone Rali de Portugal no primeiro lugar do Mundial de Produção, e, na última classificativa, décima terceira da prova, ficou ainda mais isolado, tendo ganho 11. 7 segundos a Eyvind Brynildsen, principal perseguidor, embora esteja já a 2:14.5 minutos do piloto português, enquanto Martin Prokopp, terceiro classificado nesta categoria, ficou a 3.15.5 minutos.Em alta, na derradeira especial, esteve, igualmente na Produção do Mundial, Ricardo Moura, que recebeu um «Wild Card» para pontuar nesta categoria, tendo garantido o terceiro melhor registo, embora, na classificação, possua quase 20 minutos de atraso em relação a Armindo Araújo.
«Foi muito bom. Na parte da manhã, perdemos algum tempo, mas, depois, atacámos, pressionámos alguns adversários, que cometeram alguns erros. Está tudo bem no carro, tem sido fantástico, e ganhar o Rali de Portugal, acabando na liderança do Campeonato do Mundo, é um sonho, mas o rali não acabou, vamos gerir a vantagem e tudo pode acontecer. Sinto-me confortável e o apoio do público faz-me lembrar-me o que aconteceu no Euro'2004. Não é pela falta de apoio que as coisas não vão correr bem», afirma o piloto do Evo IX.
«Foi muito bom. Na parte da manhã, perdemos algum tempo, mas, depois, atacámos, pressionámos alguns adversários, que cometeram alguns erros. Está tudo bem no carro, tem sido fantástico, e ganhar o Rali de Portugal, acabando na liderança do Campeonato do Mundo, é um sonho, mas o rali não acabou, vamos gerir a vantagem e tudo pode acontecer. Sinto-me confortável e o apoio do público faz-me lembrar-me o que aconteceu no Euro'2004. Não é pela falta de apoio que as coisas não vão correr bem», afirma o piloto do Evo IX.
Dia acidentado no Rally de Portugal
Para além do sector desportivo, o segundo dia do Vodafone Rally de Portugal ficou ainda marcado por dois acidentes que obrigaram à hospitalização de elementos neles envolvidos.
O primeiro sucedeu na primeira passagem pelo troço de Almodovar, quando o Suzuki Swift da equipa italiana Yoann Bonato/Benjamin Boulloud saíu de estrada apenas 700 metros volvidos sobre o início da classificativa, colhendo um espectador colocado num local proibido. Tratava-se de um espectador espanhol, Gonçalo Jimenez, que foi de imediato transferido por helicóptero para o Hospital de Faro.
Depois de efectuados os necessários exames radiológicos, foram detectadas uma fractura de ombro, fractura da bacia e fractura de um dedo de um pé.
Da parte da tarde, na ligação para a segunda passagem para o troço do Vascão, a equipa número 66, constituída pelos holandeses René Kuipers e Erwin Berkhof, foi protagonista de um grave acidente na EN2, junto ao cruzamento para a Barragem da Boavista, com o Focus WRC a embater de forma violenta contra uma pick-up que transportava quatro passageiros.
Do acidente resultaram cinco feridos ligeiros e um grave, com Erwin Berkhof a ser transferido de helicóptero para o Hospital Santa Maria, em Lisboa, onde deu entrada no Serviço de Observações. Segundo a Dra. Helena Lopes da Silva, chefe de turno naquele serviço, "o acidentado chegou consciente ao Hospital, embora bastante agitado. Foi-lhe detectado um traumatismo craniano com alguma gravidade, muito embora só após a realização de uma TAC – Tomografia Axial Computorizada se possa diagnosticar com clareza a profundidade da lesão."
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