Álvaro Parente faz a análise ao fim-de-semana no Mónaco

Do seu blogue oficial alvaroparentegp2.wordpress.com/, Álvaro Parente fez uma análise à sua participação no Mónaco e o que correu mal na prova monegasca, quando se percebeu que o piloto português tinha andamento para rolar nas primeiras posições.

Uma vez mais, um fim-de-semana que tinha tudo para que pudesses alcançar um bom resultado, acabou sem que marcasses qualquer ponto. Podes explicar o que foi que determinou este desfecho?

Álvaro Parente: Depois de ter conseguido um bom sexto lugar na qualificação, tudo começou a correr mal na primeira corrida ainda antes de esta começar. Na volta de aquecimento, não consegui engrenar a primeira e fiquei parado na grelha de partida. Isto implicou que não pudesse aquecer convenientemente os meus pneus, dado que tive recuperar a minha posição, o que foi determinante para o arranque. Não parti muito bem e perdi um lugar para o Jerôme d’Ambrosio que passei a atacar imediatamente ao longo das sete voltas seguintes. Porém, no Mónaco é muito complicado ultrapassar e os meus pneus começaram a degradar-se rapidamente, mas continuava no sétimo posto. Depois da paragem nas boxes caí para fora dos pontos e, na tentativa de recuperar o oitavo lugar, acabei por roçar ligeiramente numa barreira – ainda antes do despiste do Luca Filippi – e isso provocou o meu abandono. Julgo que permaneci demasiado tempo em pista com os pneus muito desgastados e isso foi determinante para que regressasse das boxes fora dos oito primeiros. Ainda tentei pedir para entrar mais cedo, mas o rádio não estava a funcionar correctamente.

Podes explicar qual é o processo que leva a que se decida uma estratégia para a primeira corrida de um programa de GP2?

Álvaro Parente: Temos uma reunião com os engenheiros da Ocean Racing Technology para discutir as estratégias para a primeira corrida. Abordamos diversas possibilidades, analisamos inúmeras opções até alcançarmos uma conclusão. No entanto, é preciso ter em atenção aquilo que se passa em pista para que possamos maximizar cada situação. Por exemplo, ao ficar atrás de um piloto muito lento, pode mudar toda a estratégia.


O que foi que motivou a escolha de uma estratégia que passava por te manter em pista bastante tempo antes da tua paragem para troca de pneus?

Álvaro Parente: Ao parar muito tarde, tínhamos como objectivo poder rodar o máximo de tempo possível no ar limpo, de modo a podermos ficar em vantagem relativamente aos pilotos que parassem mais cedo e pudessem ficar presos atrás de carros mais lentos. Mas acabei por ficar sem pneus e, devido ao problema com o rádio, impedido de comunicar com a box. Quando os tempos começaram a demonstrar isso, já foi tarde de mais e suficiente para cairmos na classificação.

À semelhança do ocorrido em Barcelona, terminaste o fim-de-semana do Mónaco sem qualquer ponto, apesar de ser notório que tinhas andamento para rodar entre os seis primeiros. Qual é o teu estado de espírito após a segunda ronda do campeonato?

Álvaro Parente: É claro que o meu estado de espírito não pode ser o melhor, depois de mais uma prova em que demonstrei andamento para me bater pelos pontos e de ter abandonado o Mónaco em branco. Tenho que encarar estes resultados de forma a tornar-me mais forte para que lute pelas posições cimeiras nas restantes provas com a ajuda da Ocean Racing Technology. O problema da GP2 é que o fim-de-semana se resolve na primeira corrida e, infelizmente, tenho tido alguns azares que me condicionaram as corrida do domingo. No entanto, estou certo de que tudo vai rapidamente voltar ao normal e vou poder materializar a performance que tenho obtido.

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