Ocean perto de obter a primeira vitória na GP2

Karun Chandhok liderou a segunda corrida no Mónaco, onde foi de longe o mais consistente em pista. O piloto indiano, que saiu do segundo lugar da grelha, fez um arranque perfeito e passou Maldonado da Art Grand prix na travagem para a 1 curva, assumindo a lideranca, de onde só sairia a nove voltas do final (que afinal seriam seis, já que prova foi encurtada), quando a transmissao partiu.

Durante 21 voltas, Chandhok manteve Pastor Maldonado a uma distância de cerca de 2 segundos e estava a controlar a corrida. O Ocean nº 24 foi o detentor da volta mais rápida da corrida durante muito tempo, a demonstrar o bom trabalho que equipa que desenvolveu com os seus pilotos resultando, num bom acerto para os monolugares. A equipa de Tiago Monteiro e José Guedes mostrou um domínio absoluto e a prova disso é que o terceiro classificado estava a 20 segundos quando Karun parou com a transmissao partida. Chandhok foi 2 segundos mais rápido que o pelotão, e só Maldonado o conseguiu seguir, mas sem argumentos para conseguir discutir o primeiro lugar com Karun.

A terceira vitória do piloto na GP2 Series só não aconteceu devido a um imponderável que nenhuma equipa consegue prever. No final, o piloto não escondia a desilusão, apesar de se mostrar satisfeito com a prestação do carro no segundo fim-de-semana do campeonato:"Nem sei o que dizer. Tínhamos tudo para ganhar. A partida foi perfeita. Concentrei-me muito e a estratégia passava por forçar o ritmo nas primeiras cinco voltas para depois controlar a vantagem. Foi o que fiz. O carro tinha velocidade, estava equilibrado e a distância que tinha para o segundo permitia até pensar em não desgastar demasiado os pneus. De repente, acabou tudo. É uma desilusão muito grande. Esta era uma excelente oportunidade para chegarmos à vitória e este final era tudo o que não queria. Sinceramente, nada fazia prever este desfecho," diz Chandhok, que somou dois pontos na primeira corrida.

Álvaro Parente, que largava do 18º lugar, sofreu um toque logo no início e teve de lutar para recuperar posições, num circuito onde as ultrapassagens são muito difíceis. A meio da corrida, o piloto português era 15º, o que espelhava bem a dificuldade em passar para a frente de pilotos mais lentos. Parente acabaria por desistir a treze voltas da bandeira de xadrez, em resultado de um furo lento que já vinha do toque que levou no início. Partindo de tras, Álvaro sabia que mesmo que tivesse terminado, dificilmente conseguiria pontuar no Mónaco:"O fim-de-semana já estava comprometido e o toque que levei logo no início da segunda corrida fez com que as coisas se complicassem mais. Ainda consegui recuperar duas posições, mas depois começou a ser mais difícil segurar o carro. Não há muito mais a dizer. As coisas não correram bem para o meu lado, e agora é começar desde já a pensar na próxima corrida, com a garantia de que a motivação continua ao máximo", garante Parente.

No Mónaco, a recém-criada equipa de Tiago Monteiro e José Guedes mostrou um ritmo raro para uma formação acabada de chegar a um campeonato muito competitivo e fez tudo para merecer a primeira vitória na categoria.

Nas próximas corridas, a Ocean mantém o objectivo de estar entre os primeiros e a lutar pelos lugares do pódio. Dentro de duas semanas, a GP2 volta a partilhar a pista com a Fórmula 1. Será de 5 a 7 de Junho, em Istambul, na Turquia.

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