Treinos Livres do GP Espanha - Os suspeitos do costume

São muitas as novidades em Barcelona, com diversas equipas a apresentarem carros completamente revistos, mas continuam a ser os mesmos a dominar as tabelas de tempos, tendo Jenson Button registado a melhor marca na primeira sessão de treinos-livres do Grande Prémio de Espanha e Nico Rosberg assinando o melhor crono na segunda.

O alemão continua a brilhar nos treinos, tendo sido o piloto mais rápido, ao registar 1:21.588 minutos como melhor tempo em Barcelona, numa sessão em que a Williams também se destacou pela segunda marca de Kazuki Nakajima, a 0.152 segundos do companheiro. Curiosamente, o final da sessão do alemão não foi totalmente feliz, pois ficou parado fora da pista, na sequência de problemas mecânicos.

Se na primeira sessão de hoje, a BMW surpreendeu, agora o protagonismo foi assumido por Fernando Alonso, com a terceira melhor marca, enquanto que Nelsinho Piquet, companheiro do espanhol na Renault, registou o oitavo tempo, apesar de continuar a coleccionar piões.

A Ferrari e a BMW Sauber apresentaram no Circuit de Catalunya carros profundamente alterados na tentativa de recuperarem face às formações que tem vindo a dominar as corridas deste ano, mas, se a equipa de Hinwil conseguiu verificar alguns progressos na primeira sessão do dia - com terceiro tempo de Robert Kubica e o quarto de Nick Heidefeld – na formação de Maranello a evolução foi, para já, imperceptível, tendo como melhor prestações a de Felipe Massa durante a manhã – com o nono registo - a de Kimi Raikkonen na sessão vespertina - com o décimo tempo.

Rubens Barrichello ficou em quarto com o Brawn-Mercedes ao passo que Jenson Button foi sexto, com os dois pilotos da equipa de Brackley a serem divididos pelo Red Bull de Mark Webber.



A exemplo do que já se havia verificado pela manhã, este segundo treino comprovou a ideia de que os monolugares ficaram mais difíceis de pilotar em Barcelona com a configuração aerodinâmica de 2009, o que se reflectiu nalgumas situações mais críticas para alguns pilotos, que não evitaram 'excursões' por fora de pista, como aconteceu com Felipe Massa, Timo Glock, Mark Webber, Sebastien Vettel e Nelson Piquet.


Pilotos dizem que "F1 não seria a mesma sem a Ferrari"


Após a recente troca de palavras entre Max Mosley, presidente da FIA, e Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, e que terminou com Mosley a dizer que "a F1 poderia sobreviver sem a Ferrari", grande parte dos pilotos tomaram partido pela equipa italiana, admitindo que "a Fórmula 1 sem a Ferrari não seria a mesma".

Um dos mais incisivos na sua posição, Giancarlo Fisichella, piloto da Force India, considerou que a modalidade "sem a Ferrari deixaria de ser a Fórmula 1". Esta opinião foi secundada por Fernando Alonso, Lewis Hamilton e Mark Webber. O piloto britânico e actual campeão do Mundo foi claro ao considerar que "nem sequer consigo imaginar a F1 sem a Ferrari", ao passo que Alonso considerou que "seria impossível" que a F1 continuasse a mesma. Felipe Massa, piloto da Ferrari, é mais abrangente: "Seria bom ter um desporto melhor. Menos política e mais desporto é o que posso dizer". Por outro lado, Rubens Barrichello, ex-representante do gigante de Maranello, confessa que Mosley é "demasiado polémico", enquanto Mark Webber não poupa, igualmente, nas críticas, estabelecendo uma analogia com o ténis: "Ter dois regulamentos diferentes, para mim como piloto, não é atractivo. Quero que o outro rapaz, no fundo do «court» de ténis, tenha a mesma raquete do eu, basicamente".


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