Tribunal em Paris anuncia decisão amanhã

O tribunal de Paris que ouviu os três advogados em representação da formação de Maranello anunciou que só tomará uma decisão amanhã e que só a tornará pública às 13 horas (14 horas locais).

Recorde-se que a Ferrari processou a FIA porque garante que tem direito de veto sobre grandes questões na Fórmula 1 e, como não concorda com as novas regras, entre as quais os benefícios técnicos para quem cumprir um orçamento de 45 milhões de euros anual, quer impugná-las através da via judicial.

Recentemente Max Mosley sustentou que a formação transalpina perdeu esse mesmo direito de veto quando formou a FOTA, por, alegadamente, ter quebrado o compromisso de lealdade. Mas só o tribunal de grande instância de Paris é que irá ditar, amanhã, quem tem razão.


Max Mosley é da opinião que a Ferrari já não tem poder de veto

Em declarações ao autosport.com, a FIA já fez saber que irá apelar da decisão caso perca, mas para já é de opinião que a Ferrari nem sequer tem 'caso': "Vamos ver em tribunal! Penso que o poder de veto já não existe, mas se eles não estivessem de acordo com o que foi decidido na reunião de 17 de Março, deveria ter-se insurgido lá. Mas ficaram calados! De qualquer forma é nosso entendimento que esse acordo terminou há algum tempo, quando formaram a FOTA. Era suposto serem leais à FIA, trabalhar connosco e cooperar."

"É como no tempo do Enzo Ferrari, que sempre se sentou entre as equipas inglesas e o organismo que geria as competições automóveis, e movia-se sempre para o lado que lhe dava mais jeito. Uma vez disse que a Ferrari era a equipa mais importante da Fórmula 1, e logo fui mal interpretado pois logo disseram que os italianos tinham tratamento favorável, o que nunca sucedeu. Eles correm sob as mesmas regras de todos os outros. Mas do ponto de vista do público, são a equipa mais importante, e isso é reflectido no valor que recebem - mais do que qualquer outra equipa - da FOA de Bernie Ecclestone. A Lotus já foi importante, a Brabham, também, a Maserati nos anos 50, mas a F1 continuou sempre sem eles.", referiu Mosley.

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