Rali da Acrópole - Armindo Araújo assume que vai correr mais riscos

Embora estejamos apenas no início de Junho, o Campeonato do Mundo de Produção está já na fase decisiva, sendo que após o Rali da Acrópole as contas do título podem ficar praticamente resolvidas. Armindo Araújo alinha na ronda grega consciente que tem de correr alguns riscos, pois está neste momento no segundo posto e vai procurar regressar à liderança do campeonato. Com apenas mais duas provas até ao final do ano, sendo que o português e os mais directos adversários na corrida para o título só marcarão presença em mais uma, precisamente no encerramento da época no País de Gales, o sempre duro Rali da Acrópole pode mesmo tornar-se decisivo e Armindo Araújo vai procurar a sorte que lhe faltou na Sardenha.

Apesar do bom resultado conseguido na ilha italiana, o terceiro pódio consecutivo do ano, o piloto do PWRC sabe que “vamos ter de arriscar mais, pois sabemos que temos de terminar entre os três primeiros, de preferência repetindo a vitória no Rali de Portugal, pois caso isso suceda regressamos de novo ao comando do campeonato. Toda a equipa tem estado a fazer um excelente trabalho ao longo do ano, desde a Sardenha que estão a trabalhar ao máximo para termos na Grécia um carro ainda mais competitivo. Na segunda-feira nos testes oficiais fizemos umas alterações na suspensão que tornaram o carro mais eficaz, pelo que estou optimista. Procurámos tirar algum peso ao Mitsubishi Lancer Evo IX, pois estamos cerca de 100 quilos mais pesados que os nossos principais adversários, mas os ganhos neste aspecto foram menores do que desejávamos”, explica Armindo Araújo.

O Rali da Acrópole é assumidamente o mais difícil do campeonato, não só pelas elevadas temperaturas, como também pelos pisos duríssimos que os pilotos enfrentam. “Claro que vamos precisar de um pouco de sorte, e quando me refiro a sorte não é esperar por problemas dos nossos adversários, é não fazer uma curva muito rápida e na saída estar uma pedra de grandes dimensões na trajectória que nos arranca uma roda e isto é fácil de suceder na Grécia. Se nas primeiras passagens já encontramos os pisos muito degradados devido à passagem dos WRC, nas segundas é terrível. Estamos a cumprir as metas que traçámos quando decidimos vir para o Campeonato do Mundo. Conseguimos provar que com projectos bem estruturados estamos ao nível dos melhores e com hipóteses de sermos campeões do mundo, sabendo que estamos a lutar com pilotos que já conseguiram esse título”, finalizou o piloto.

Vão ser três dias de muito calor e troços desgastantes para as mecânicas. Na sexta-feira os pilotos enfrentam seis especiais, cenário que se repete no sábado. Domingo é o dia mais curto, tanto em número de classificativas, cinco, como de quilómetros cronometrados, mas é curiosamente o dia com a especial mais longa, Aghii Theodori com 33 quilómetros que será percorrida por duas vezes, a última a fechar o rali.

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