
"No seguimento da decisão de Max Mosley de não prosseguir com mais um mandato e o seu apoio inequívoco à minha candidatura, escrevi aos membros da FIA para os informar de que pretendo concorrer à presidência da FIA. É minha intenção continuar e expandir o excelente trabalho levado a cabo pelo presidente Mosley, que ao longo de 16 anos trabalhou incansavelmente para fortalecer os campeonatos motorizados da FIA e para estabelecer a FIA como a voz dos condutores, promovendo activamente uma mobilidade mais limpa e sustentável para todos", começou por dizer Todt em comunicado.
"Dada a estrutura única da FIA e do seu papel duplo no desporto e na mobilidade é preciso mais do que um presidente para gerir a organização e estou muito satisfeito por poder anunciar a minha equipa. Para a posição de vice-presidente para a mobilidade proponho Brian Gibbons, director executivo da Associação Automóvel da Nova Zelândia; para vice-presidente do desporto proponho Graham Stoker, presidente do Conselho da Associação para o Automobilismo do Reino Unido; e para presidente do Senado proponho Nick Craw, presidente da ACCUS [presidente da Associção Automóvel dos Estados Unidos da América] e o actual vice-presidente do Desporto da FIA. Estou seguro de que juntos iremos oferecer à FIA a oportunidade de eleger uma equipa dinâmica com grande experiência e empenho".
Apesar do passado de Todt na Fórmula 1, em que ajudou Schumacher a conquistar cinco títulos na Ferrari entre 2000 e 2004, o francês não deverá ter o apoio das equipas. A FOTA (Associação de Equipas de F1) tinha-se manifestado a favor de um candidato sem passado na competição. Jean Todt tem um amplo passado no desporto automóvel, tendo passado pelos ralis, 24 Horas de Le Mans e Paris-Dakar. Ultimamente tem estado envolvido em campanhas de segurança rodoviária da FIA. Todt, terá a concorrência directa do finlandês Ari Vatanen, ex-piloto de ralis e com quem chegou a trabalhar na equipa de Sochaux (Peugeot) no final da década de 1980 e inícios da de 1990.
Toro Rosso dispensa Bourdais

Sébastien Bourdais ameaça com tribunal
O piloto francês Sébastien Bourdais, dispensado pela Toro Rosso, mostrou-se “desapontado e chocado” pela decisão da equipa e afirmou estar a ponderar recorrer aos tribunais. “Estou desapontado e chocado com a decisão da equipa Toro Rosso de não me autorizar a pilotar mais por ela até ao final da temporada”, pode ler-se num comunicado que Sébastien Bourdais publicou no seu “site” oficial. “Nada na minha atitude, tanto em pista como fora dela, pode justificar esta decisão”, acrescenta o piloto francês.
Bourdais acusa mesmo a equipa italiana de não cumprir as obrigações contratuais. “Há uma violação evidente das obrigações da escuderia Toro Rosso previstas no contrato em vigor”, sublinha. “Por consequência, solicitei aos meus advogados que estudem a situação, incluindo a possibilidade de uma acção judicial”, frisa Sébastien Bourdais. As prestações de Bourdais, de 30 anos, na época e meia em que esteve ligado à filial da Red Bull foram pouco mais que modestas. O melhor que fez na presente época foram dois oitavos lugares, nos Grandes Prémios da Austrália e do Mónaco. No comunicado em que anuncia a dispensa do piloto francês, a equipa escreve que na base da decisão está o facto de os objectivos definidos há dois anos não terem sido alcançados.

“É muito frustrante ter de renunciar a disputar do Grande Prémio da Hungria, porque a equipa tem prevista a introdução de um grande número de inovações técnicas destinadas a resolver uma parte das dificuldades com que nos debatemos até agora. Estou convencido que se tivesse a possibilidade de pilotar um monolugar equipado com estes desenvolvimentos, poderia obter resultados satisfatórios”, conclui Bourdais.
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