Jorge Lorenzo marca o ritmo no regresso do MotoGP à acção

Jorge Lorenzo, da Fiat Yamaha, foi o homem a impor o ritmo no início do Grande Prémio da República Checa no histórico traçado de Brno, desfrutando do calor e céu limpo aos comandos da sua M1 de fábrica para assinar um registo de 1m56,595s. O jovem espanhol conta com bom conjunto de resultados em Brno nas categorias mais baixas do Campeonato do Mundo e vai tentar manter a boa prestação desta sexta-feira ao longo de todo o fim-de-semana para progredir e manter a pressão sobre o líder da classificação de MotoGP e companheiro de equipa Valentino Rossi, que foi o segundo melhor da sessão a 0,4s de distância.

A rodar perto dos 100% neste momento, algo que raramente aconteceu ao longo do ano passado, Dani Pedrosa vai tentar, pelo menos, terminar no pódio na República Checa e começou o fim-de-semana com o terceiro tempo (1m56,584s), quase um segundo mais lento que Lorenzo. Em boa forma, Colin Edwards regressou à acção da mesma forma em que foi para a paragem de Verão ao garantir o quarto registo do dia aos comandos da sua Monster Yamaha Tech3, a menos de dois décimos de segundo de Pedrosa. O italiano companheiro de equipa de Pedrosa, Andrea Dovizioso, que se estreou a vencer no MotoGP em Donington Park antes da paragem de Verão, foi o quinto melhor com a sua Repsol Honda RC212V, isto apesar de ter ficar a segundo e meio do antigo rival das 250cc, Lorenzo. O espanhol Toni Elías, da San Carlo Honda Gresini, que foi segundo em Brno no ano passado, ficou logo atrás de Dovizioso fazendo com que a lista dos seis primeiros fosse composta por três Hondas e igual número de Yamahas.

O melhor piloto Ducati em pista foi o impressionante estreante Mika Kallio, que fez uso do seu papel temporário de piloto de fábrica para assinar o sétimo crono com a Desmosedici GP9.


Livio Suppo explica situação de Stoner

O patrão da Ducati, Livio Suppo, falou com o motogp.com na quinta-feira explicando o que esteve por trás da decisão de Casey Stoner não alinhar nas próximas três corridas para recuperar a forma. Quando Stoner ficou na Califórnia para uma série de exames médicos após a ronda de Laguna Seca os médicos não conseguiram dar uma clara ideia dos problemas de saúde, com o corpo do piloto a dar sinais de “ligeira gastrite e alguma anemia”. Mas quando os sintomas continuaram depois de Stoner regressar à Austrália para a paragem de Verão decidiu-se que era necessário ter um período de descanso total. Stoner ainda está a ser submetido a exames e não voltará aos comandos da sua mota antes do Grande Prémio de Portugal, no início de Outubro, com Mika Kallio a vir da formação satélite da Ducati, a Pramac Racing, para alinhar no lugar do australiano com a Desmosedici de fábrica.

Suppo afirmou: “É claro que foi uma decisão muito difícil de tomar. Quando o Casey voltou para a Austrália estava a ficar muito cansado com tudo o que fazia, até mesmo andar a cavalo ou coisas do género. Por isso, os médicos australianos sugeriram uma paragem porque, se ele não consegue fazer nada, é mesmo sinal que há algo de errado.” Ele continuou: “Infelizmente ainda temos de compreender os motivos exactos do problema. Não é primeira vez, nem será a última, que se demora algum tempo a compreender porque é que uma pessoa está doente. O Casey é um desportista, lida com a equipa de fábrica da Ducati e está a lutar pelo Campeonato do Mundo, o que lhe torna tudo mais difícil. Acreditamos, e os médicos também, que estes dois meses serão suficientes para compreendermos o problema e para o corpo do Casey recuperar.”



Sobre a escolha de Kallio como substituo de Stoner Suppo acrescentou: “Pensei logo que se o Casey não está disponível então o Mika é a escolha certa porque ele já está habituado a uma moto muito semelhante à nossa e porque se tem dado muito bem. Tem tido sorte, mas tem sido rápido, pelo que estou certo que o Mika e o Nicky (Hayden) vão fazer um bom trabalho nas próximas três corridas.”

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