Após as dificuldades por que passou Álvaro Parente nos dois primeiros dias do evento português, o quarto lugar de hoje acaba por ser uma boa forma de terminar o campeonato deste ano e de premiar os muitos adeptos que se deslocaram ao circuito situado nos arredores de Portimão. “Foi um fim-de-semana difícil com os problemas técnicos de sexta-feira e o incidente de ontem. Queria oferecer um bom resultado ao público que marcou presença aqui no Autódromo Internacional do Algarve, o ideal seria uma vitória. Mas atendendo às circunstâncias que nos afectaram ao longo de todo o evento, este quarto lugar foi positivo e é uma boa forma de terminar a temporada”, concluiu o piloto.
Quanto a Karun Chandhok teve também um fim-de-semana difícil, que terminou com um 13º lugar depois de ter largado da penúltima linha da grelha. O resultado final do indiano não espelha a performance que demonstrou por várias vezes ao longo da temporada: "Não há muito a dizer. Foi um fim-de-semana frustrante, com alguma falta de sorte. Não foi a primeira vez que nos aconteceu esta temporada e se tem sido diferente nesse capítulo, tínhamos mostrado em resultados aquilo que mostrámos em pista. Mas as corridas são assim e pouco há a fazer. Basta um azar na qualificação para comprometer uma ronda e quando isso se repete a tabela não reflecte a nossa performance," lamentou Chandhok.
Após uma temporada difícil mas em que demonstrou todo o seu valor, Álvaro Parente registou uma brilhante vitória em Spa-Francorchamps, somando trinta pontos na sua caminhada até ao oitavo posto do Campeonato de Pilotos. Agora, o português irá trabalhar intensamente com a equipa que gere a sua carreira de modo a subir à Fórmula 1, podendo testar num dos carros mais rápidos do planeta já em Dezembro.
Álvaro Parente terminou a ronda de GP2 do Autódromo Internacional do Algarve em alta, ao cruzar a meta na quarta posição depois de ter arrancado do décimo sexto lugar, oferecendo ao muito público presente nas bancadas alguns motivos para celebrar. A corrida de hoje iniciou-se de uma forma dramática, com Michael Herck a não conseguir evitar Vitaly Petrov, que não conseguiu arrancar, precipitando a interrupção imediata da prova. Sem se envolver qualquer incidente, o piloto português tinha já subido duas posições. No reinício da corrida, o jovem da Ocean Racing Technology manteve a sua posição, tendo subido uma posição depois de uma ultrapassagem plena de oportunidade quando estavam decorridas quatro voltas. Três passagens pela meta mais tarde, seis pilotos seriam penalizados com um drive-through, dado terem ultrapassado o Safety-Car quando este se encaminhava para as boxes, o que permitiu a Álvaro Parente atacar o quarto lugar de Dani Clos. “O arranque foi muito confuso, com carros a realizar ultrapassagens com o Safety-Car em pista, o que tornou o início muito atribulado. Depois do reinício ataquei o mais que pude e realizei algumas ultrapassagens o que, juntamente com as penalizações, me permitiu subir ao quinto lugar. Terminei a pressionar o Dani Clos, mas não tinha velocidade de ponta para o passar, mas um quinto lugar, depois de ter arrancado do décimo sexto posto, é um bom resultado”, frisou o piloto de vinte e quatro anos que subiria ao quarto lugar, depois da penalização de vinte e cinco segundos de que Sergio Perez foi alvo por ter ultrapassado com bandeiras amarelas.
Com uma vitória em Spa, assinada por Álvaro Parente, e várias presenças no pódio, a Ocean tornou-se rapidamente uma presença respeitada na GP2 Series. A equipa de Tiago Monteiro e José Guedes, adquirida à espanhola BCN, foi constituída em tempo recorde. A formação portuguesa pegou numa equipa que nunca tinha vencido e criou uma estrutura completamente nova, que rapidamente começou a dar resultados. Numa época marcada por vários casos alheios à equipa e que comprometeram a prestação dos dois pilotos, Álvaro Parente terminou em 8º e no campeonato de equipas a Ocean ficou em 9º, a apenas 3 pontos do 5º lugar. Em 2010 a Ocean quer lutar pelas primeiras posições, naquele que é o principal campeonato de acesso à Fórmula 1.
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