
Entretanto, Pedrosa tentava tudo para se manter na frente da prova, mas tal seria sol de pouca dura, com Stoner, primeiro, e Valentino Rossi, logo a seguir, a passarem o jovem espanhol para levarem a cabo uma corrida totalmente à parte dos demais. Stoner, com uma decoração especial na sua Desmosedici GP9, levou a cabo uma corrida imaculada enquanto Rossi tudo tentou para levar a melhor sobre o homem da casa. Mas a verdade é que o australiano esteve em excelente plano, deixando por algumas vezes o rival italiano da Fiat Yamaha rodar mais próximo no que parecia ser uma verdadeira avaliação das capacidades de ataque do transalpino e de resposta da Ducati. “Não foi o nosso ano para lutarmos pelo campeonato, e isso é um pouco desapontante, mas pelo menos fizemos uma prova e aprendemos muitas coisas. Por isso não foi tudo mau,” disse Stoner. “Voltar à acção em Portugal foi muito bom para nós. O Jorge (Lorenzo) estava demasiado rápido, mas quase tivemos o ritmo para ganhar a corrida, e ficámos muito orgulhosos com a rapidez com que regressámos. Nesta corrida, depois do aquecimento em Portugal, foi apenas a continuação. Lutámos com problemas de aderência traseira durante todo o fim-de-semana e tentámos ter a moto um pouco melhor preparada para as curvas, mas penso que todos tiveram o mesmo tipo de problemas. Por isso fizemos o melhor que podíamos na corrida e a moto funcionou muito bem.”
O Campeão do Mundo de 2007 disse ainda: “Fisicamente consegui fazer o mesmo de início a fim e estou mesmo muito contente com a forma como tudo funcionou. Especialmente com o meu corpo; ultrapassei o ponto em que cedia em cada volta que fiz. Isso fez-me sorrir, e gostei de cada volta depois disso. É bom estar de regresso aqui e quero agradecer à Marlboro por me ter permitido usar esta decoração e também à equipa e a todos por me terem apoiado. Conseguir três em três é para mim um forma muito boa de terminar o ano.” Mas a verdade é que o homem da Ducati Marlboro deteve sempre o controlo da prova e acabou mesmo por vencer pela terceira vez consecutiva, enquanto Rossi teve de se contentar com a segunda posição. Um resultado que vinga o quarto lugar no Estoril (o primeiro fora do pódio para Rossi em Portugal) e que se poderá revelar muito importante em termos de campeonato devido ao abandono de Lorenzo, que está agora a 38 pontos de distância de Rossi quando faltam duas corridas para o final da época. Rossi reconheceu a qualidade do australiano, bem como a importância da desistência de Lorenzo. “Vi na minha placa que o Lorenzo estava fora, por isso tentei a vitória. O Casey estabeleceu bom ritmo, mas a afinação da minha moto estava boa, pelo que tentei segui-lo sempre, mas sem nunca me esquecer de evitar cometer erros para o campeonato depois da queda de Lorenzo. Foi uma grande batalha. A dada altura da corrida tentei atacar, mas no final era demasiado arriscado e, de todas as formas, o Casey fez uma grande prova. Estes 20 pontos são muito importantes para o meu campeonato. Tenho de agradecer à Yamaha e a todos os elementos da minha equipa porque trabalharam muito bem neste fim-de-semana e agora temos 38 pontos de vantagem com duas corrias pela frente e vamos tentar fazer melhor na próxima semana em Sepang.” Rossi sabe que o título de 2009 está eminente e que o pode assegurar na Malásia: “Creio que com 38 pontos é possível. Sepang é um grande circuito, um dos meus preferidos e gosto muito dele. Normalmente a Yamaha é muito forte lá, por isso estou confiante. Temos de manter a concentração. Temos o primeiro match point do campeonato, mas temos de continuar concentrados e tentar melhorar o resultado. Este foi um dos melhores segundos lugares da minha carreira.”

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