Sébastien Loeb deu hoje um passo importante para encurtar a diferença em relação ao líder do Mundial de ralis, o finlandês Mikko Hirvonen. O francês da Citroën assumiu a liderança do Rali da Catalunha no final do segundo e penúltimo dia, contando com uma ajuda do companheiro de equipa, Dani Sordo, que abrandou na última especial, para deixar Loeb subir ao primeiro lugar. Já não havia memória de um campeonato do Mundo tão renhido como o deste ano. Mikko Hirvonen e Sébastien Loeb partem para a última prova da temporada, o Rali do Reino Unido, em Gales, separados por um ponto. Só uma coisa é certa, quem ficar à frente ganha. Mas para que assim fosse, a Citroën tinha de executar o seu plano para o Rali de Espanha, na Catalunha, na perfeição. Sébastien Loeb ganhou sem margem para dúvidas e Daniel Sordo, o segundo piloto da marca gaulesa ficou em segundo. Não seria de esperar outra coisa, pois esta dupla já domina a jornada espanhola do WRC pela terceira vez consecutiva. Foi a única maneira do actual campeão do Mundo diminuir a diferença de cinco para um ponto em relação a Mikko Hirvonen que, de qualquer forma, se mantém à frente do Mundial. O finlandês bem tentou contrariar o poderio da Citroën em ralis de asfalto. Testou mais do que nunca e até teve aulas de condução neste tipo de piso, mas mesmo assim não foi além do terceiro posto. Aliás, uma posição natural. Quase não se poderia mais ao piloto da Ford, não fosse ele um candidato ao título mundial. O único para além de Loeb. “Todos os anos acontece a mesma coisa. Perdemos muito tempo na sexta-feira e um pouco menos no sábado. Mas se as coisas acabarem como estão, ainda ficarei com um ponto de avanço. Será uma grande luta na Grã-Bretanha”, argumentou um resignado Hirvonen, antevendo já a última prova do ano, dentro de três semanas.
Após as seis classificativas de hoje, Loeb saltou para a frente, com 1,5 segundos de avanço em relação a Dani Sordo, que corre em casa e mostra a boa forma que lhe valeu a renovação de contrato por mais um ano. Loeb vai também renovar contrato até 2010 ou 2011, revelou Olivier Quesnel, patrão da Citroën Racing. “Este foi duro”, começou por confessar Sébastien Loeb. “O Dani (Sordo) atacou desde o início e tivemos de lutar embora ambos soubéssemos que não podíamos cometer erros nesta batalha entre os dois. Era muito importante para nós chegarmos ao fim.” Sordo, por seu turno, entrou muito forte e liderou durante boa parte do rali, mas sabia que, mais tarde ou mais cedo, teria de ceder essa posição a Loeb. Por isso, no final da prova, a primeira coisa que fez foi felicitar o seu companheiro de equipa. “Fiquei em segundo, mas estou feliz por ter ajudado o Sébastien e contribuído para uma boa operação da Citroën no Mundial de marcas”, declarou o espanhol que fez questão de garantir que, apesar de não ter ganho, este “foi um bom fim-de-semana”.
Numa altura em que se especulava muito sobre o interesse de Loeb na Fórmula 1, o francês comprometeu-se mais uma vez com os ralis, especialidade em que procura o sexto título seguido. O contrato com a Citroën, no entanto, deverá prever uma opção de saída. Loeb tem igualmente a garantia de poder participar na próxima edição das 24 Horas de Le Mans
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