A Mercedes anunciou nesta segunda-feira que voltará a ter uma equipa própria na Fórmula 1 em 2010, 55 anos depois da sua última participação como construtora na categoria. A empresa alemã comprou 75,1 por cento das acções da Brawn GP, que passará chamar-se Mercedes Grand Prix já na próxima temporada. É o regresso da Mercedes depois do abandono em 1955 por causa de um grave acidente em Le Mans: o piloto Piere Levegh despistou-se e atingiu os espectadores provocando a morte a 80 pessoas. Já há algum tempo que se falava da possibilidade do construtor germânico adquirir uma parte da formação que conquistou ambos os títulos deste ano e hoje foi anunciado a sua tomada de posição. “A Mercedes disputará o Mundial de Fórmula 1 do próximo ano com sua própria equipa de fábrica", disse Dieter Zetsche, director Mercedes. "Isto será possível graças à aquisição de 75,1 por cento da Brawn GP, sendo que 45,1 por cento pertencem à Daimler", explicou. De acordo com o dirigente, a compra não deve provocar grandes mudanças na estrutura da equipa. "Ross Brawn continuará a ser o chefe e manterá a sua força. E a nova equipa da Mercedes será coordenada pela divisão de competições da fábrica, que é comandada por Norbert Haug", disse Zetsche. A restante parte accionista da nova equipa repartir-se-ão além dos 45% já referidos, 30% pela Aabar Investments e as restantes acções ficarão na posse dos homens da Brawn, com Ross Brawn e Nick Fry à cabeça.
Além da compra da Brawn, o fabricante anunciou também o fim de sua sociedade com a McLaren - nos próximos dois anos, a marca venderá os 40 por cento das acções que tinha na escuderia inglesa mas deixará de ser a equipa oficial do construtor alemão, muito embora continue a denominar-se de Vodafone McLaren Mercedes. O acordo de fornecimento de motores entre a Mercedes e sua antiga sócia foi, porém, renovado até 2015. Curiosamente, a Brawn ficará na história como uma equipa que correu apenas um ano e teve 100 por cento de aproveitamento.
Comentários
Enviar um comentário