Toyota abandona Mundial de Fórmula 1

A Toyota deixará a Fórmula 1 no fim da actual temporada, confirmou hoje em conferência de imprensa realizada em Tóquio devido às dificuldades econômicas que atravessa e que lhe impedem de continuar até 2012, como estava previsto. Quinta classificada no Mundial de construtores que terminou no último fim-de-semana, a Toyota confirmou em comunicado as notícias publicadas hoje pelo jornal japonês "Mainichi", que dão conta do abandono da marca. O gigante japonês tinha planos para correr até 2012, inclusive tornou-se público o interesse na contratação de Kimi Räikkönen, embora associado a forte improbabilidade, devido ao salário elevado do finlandês, e da ascensão de Kamui Kobayashi a piloto titular, para 2010, mas as fortes dificuldades financeiras colocaram um ponto final num percurso pouco brilhante: nunca venceu qualquer grande prémio e apenas alcançou 13 pódios desde 2002. No mesmo comunicado, a construtora afirma que tenciona encontrar comprador para a escuderia. Os pilotos Timo Glock, Jarno Trulli e Kamui Kobayashi, que representaram a Toyota, ficam assim para já sem equipa. "Ao considerar as actividades de competição para o próximo ano e nos próximos, a médio prazo, a Toyota Motor decidiu retirar-se da Fórmula 1, levando em conta a grave situação económica actual", pode ler-se num comunicado emitido pelo gigante nipónico. "A TMC quer agradecer aos pilotos da Panasonic Toyota Racing e a todos os funcionários da Toyota Motorsport GmbH que muito trabalharam para o crescimento da equipa. A TMC pretende encontrar a melhor solução para todos os envolvidos, que serão afectados por esta decisão." Apesar da crise, a Toyota Motor Company, líder mundial entre os construtores automóveis, terá perdas operacionais menores que as esperadas no primeiro semestre do ano fiscal, em consequência do aumento das vendas e da desvalorização do iene. Este ano, a Toyota registou um prejuízo operacional de 2,7 bilhões de dólares na primeira metade do ano fiscal.

Depois da Honda e da BMW, que tomaram a decisão de deixar a Fórmula 1, alegando também razões económicas, tal como a Suzuki e a Subaru, que abandonaram o Mundial de Ralis, é a vez do primeiro fabricante de veículos do mundo, deixando o campeonato sem marcas nipónicas. Com a retirada da Toyota, abre-se a porta da Fórmula 1 à nova estrutura que comprou a BMW Sauber F1 Team. "Com uma equipa a sair é a maneira mais fácil que temos para voltar a entrar",afirma Mario Theissen, director-desportivo da BMW-Sauber.