Bernardo Sousa e Nuno Rodrigues da Silva terminaram a 2ª Etapa do Rali da Suécia realizando a sua melhor performance na prova: o 2º melhor tempo absoluto na SuperEspecial de Hagsfor 2, classificativa onde bateram todas as equipas do campeonato WRC principal, ficando a apenas 2,4 seg da vitória absoluta. “É uma sensação indescritível obter uma marca dessa envergadura. Apesar de ser uma classificativa-espectáculo, nem por isso tem menos significado para mim e para o Nuno”, explicava, naturalmente muito satisfeito, o piloto à chegada ao Parque Fechado. Este foi um dos principais resultados do dia, jornada em que também se destacam os 4ºs tempos da categoria S-WRC obtidos com o seu Ford Fiesta S2000 em duas outras classificativas, demonstradoras da sua evolução nos gelados terrenos nórdicos. À chegada a Karlstad, a equipa portuguesa ocupa o 6º lugar entre as formações do campeonato S-WRC e o 19º posto em termos absolutos. “Foi um dia muito difícil mas também muito compensador, dada a nossa maior adaptação aos troços e aos resultados obtidos, com tempos entre os especialistas do terreno”, referiu. “Ao mesmo tempo que nos temos de concentrar no rali, temos de pensar em chegar ao final e garantir o máximo de pontos, pois não podemos desiludir ninguém”. O dia contou com 117 km cronometrados das duas rondas por quatro troços: Vergasen (26,63 km), Sagen (14,23 km), Fredriksberg (18,15 km) e a especial-espectáculo de Hagsfor Sprint (1,87 km). Começou mal, pois na primeira especial perderam preciosos segundos para os seus mais directos adversários. “Numa esquerda cortei demasiado e esse exagero puxou o carro para dentro da neve, embaciando-me os vidros. Com visibilidade bastante reduzida preferi não arriscar e atingir o final do troço”, explicou. Na repetição da tarde do mesmo troço, Bernardo Sousa retirou uns expressivos 43,3 seg ao registo da manhã. Nas restantes PECs do dia fizeram tempos muito idênticos em ambas passagens, mas bastante mais próximos dos dos pilotos locais, com destaque para os 4ºs tempos da categoria S-WRC realizados em Hagsfor Sprint 1 e Fredriksberg 2. Nesta última fizeram mesmo o 16º tempo absoluto! A fechar, como acima se refere, na repetição da Super-Especial, o Fiesta com as cores nacionais quase alcançou a vitória absoluta na classificativa, batendo todos os carros da categoria principal, os WRC. A dupla do Fiesta S2000 nacional parte para o último dia do Rali da Suécia – quatro troços e 101,05 km ao cronómetro – no 6º posto da classe S-WRC. Encontra-se a 43,5 seg do seu adversário mais directo e a cerca de 5 minutos do líder Per-Gunnar Anderson. Na classificação geral a dupla lusa mantém o 19º posto.
Armindo Araújo e Miguel Ramalho conseguiram, durante a 2ª etapa do Rali da Suécia, regressar ao terceiro lugar do PWRC e manter vivas as hipóteses de garantir um pódio na prova de abertura da temporada. Apesar de ainda não terem o Mitsubishi Lancer Evo X a cem porcento, a dupla portuguesa realizou uma boa etapa, e ao cabo de oito especiais construiu uma vantagem de 15 segundos sobre o seu principal adversário na luta pelo pódio, o checo Martin Semerad. Numa etapa onde a terra substituiu parte da neve, o desgaste dos pneus foram a grande dor de cabeça para a dupla apoiada pela TMN. “Tivemos dificuldades com os pneus em especiais onde havia muita terra e isso condicionou-nos bastante. Decidimos não fazer grandes alterações no carro e concentrarmo-nos principalmente em recuperar a terceira posição e acabamos por consegui-lo. Apesar de difícil, este acabou por ser um dia positivo para os nossos objectivos”, referiu na chegada a Karlstad o piloto tirsense. Para amanhã a táctica vai manter-se idêntica à de hoje e no final do rali, Armindo Araújo espera subir ao pódio. “Vamos dar o máximo para conseguirmos manter esta posição pois encaixa perfeitamente no que delineamos para esta prova. Faltam cinco especiais e ainda muitos quilómetros para percorrer”, concluiu o piloto português.
À geral, o finlandês Mikko Hirvonen reforçou hoje a liderança do Rali da Suécia, após a segunda etapa, e tem agora 16,6 segundos de vantagem sobre o francês Sebastien Loeb. Na derradeira das grandes especiais do dia, Hirvonen ganhou mais de oito segundos, com o piloto da Ford a confessar, no entanto, que já não tinha os seus pneus em boas condições para a curta super-especial que encerrou a etapa de hoje. "Vim o mais rápido que pude, mas de certeza que já não temos de sobra para a Super Especial. Os pneus estão completamente acabados", admitiu Hirvonen no final da 15ª classificativa. Contudo, Hirvonen admitia que "é igual para todos, os pneus não duram muito nestas condições". Na terceira posição segue agora outro finlandês, Jari-Matti Latvala (Ford) que, após vencer duas especiais, "roubou" o último lugar do pódio ao espanhol Dani Sordo e segue a 51,4 segundos do seu compatriota. O papel de azarado da etapa coube a Sordo, que perdeu mais de um minuto para retirar a neve que se acumulou na grelha dianteira do seu Citroen e provocou sobreaquecimento do motor. O piloto espanhol está agora na quarta posição, a 1.46 minuto de Hirvonen. Sébastien Ogier optou pela estratégia pouco frutuosa de Loeb, embora tenha mantido o quinto lugar com vantagem confortável, ao passo que Petter Solberg e Kimi Raikkonen foram duas das figuras em destaque na 15ª classificativa, registando o quinto e o sexto tempo, respectivamente, com o ex-piloto de Fórmula 1 a conseguir aproximar-se dos tempos dos pilotos mais velozes. O Rali da Suécia termina domingo com a realização de cinco especiais, num total de 101,05 quilómetros.
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