Bruno Magalhães - Do gelo do Mónaco para o calor do Brasil

O Intercontinental Rally Challenge (IRC) prossegue o seu trajecto internacional e vai para a estrada novamente no Brasil, onde decorrerá a segunda ronda deste prestigiante campeonato. Com Bruno Magalhães e Carlos Magalhães aos comandos do seu 207 S2000, a Equipa portuguesa Peugeot Total é chamada, pela segunda vez este ano, a mostrar o seu valor. Após um rali gelado em Monte Carlo, com temperaturas negativas e condições muito difíceis para máquinas e pilotos, o IRC ruma ao extremo oposto, na América Latina, para o rápido Rally de Curitiba, sob temperaturas bem mais elevadas, durante três dias de competição. Para a dupla de pilotos nacionais será um novo desafio, desta vez num tipo de piso familiar, mas numa prova totalmente desconhecida. Bruno Magalhães mostra-se muito motivado e satisfeito à entrada da segunda ronda do IRC: “Vamos iniciar a fase de terra e é com o maior gosto que o fazemos. Já sinto saudades de ralis em terra, dado que a última vez que competi neste piso foi há nove meses”. E quanto às expectativas postas neste rali, o jovem piloto sabe, à partida, que está melhor preparado: “Não temos tantos receios e apreensões nesta prova como tivemos em Monte Carlo. Aí tudo era completamente novo para nós. Agora que mudámos para pisos que nos são mais familiares temos outras ambições.” Uma fase de árduo trabalho de toda a equipa Peugeot Total permitiu a preparação do Peugeot 207 Super 2000 para “terra” em tempo recorde, com toda a logística necessária à deslocação para a América do Sul, pelo que a viatura está totalmente apta e perfeitamente afinada para as condições que vai encontrar no Brasil. O Rally de Curitiba é uma prova rápida, mas com classificativas técnicas, e difere um pouco daquilo foi a edição de 2009. A distância total da prova será praticamente a mesma, com 715,42 km, dos quais 216,93 km serão feitos contra o cronómetro ao longo de 15 classificativas. A Super Prime é a principal novidade de 2010. Será este circuito fechado de 3,38 km, em Pinhais, com capacidade para receber aproximadamente 15 mil espectadores, a inaugurar o rali, com o prólogo onde se definirá a ordem de partida. A mesma pista receberá a especial final da prova. Um dos “troços” mais tradicionais deste rali, a especial Dom Pedro, também teve alterações. Chama-se agora Barras e muda substancialmente o início da classificativa. Os habituais primeiros 10 km foram retirados e substituídos por 4 km de novo traçado. Para Carlos Barros, Director da Peugeot Sport, a equipa portuguesa encara com mais tranquilidade a sua participação no Rally de Curitiba do que aconteceu na prova anterior de Monte Carlo: “Esta é mais uma estreia para nós, pois nunca participámos neste Rali, mas estamos mais serenos porque é um rali em terra, piso a que os nossos pilotos estão mais acostumados. Em nada se compara o grau de dificuldade e risco deste rali com o que enfrentámos em Monte Carlo. Acreditamos por isso que seremos novamente capazes de conseguir um bom resultado e esperamos arrecadar o máximo de pontos possível para o nosso trajecto no IRC”.

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