O bicampeão do mundo ficou à frente no GP do Bahrein. Foi a melhor estreia possível para Alonso. O espanhol que se transferiu este ano para a Ferrari debutou em grande e arrecadou o primeiro troféu para a escuderia italiana, terminando na frente na primeira prova da temporada, com o triunfo no GP do Bahrein. Alonso foi o quarto estreante na equipa italiana a vencer logo à primeira tentativa. Seguiu as pisadas de Mario Andretti, Nigel Mansell e Kimi Räikkönen. Outros como Fangio, Prost ou Schumacher, por exemplo, não o conseguiram. No final, Fernando Alonso não escondeu a sua felicidade e dedicou a vitória à sua equipa. “É um dia muito especial para mim. Voltar ao lugar mais alto do pódio é sempre algo de especial. Não há melhor maneira de começar [a temporada]. Estou na melhor equipa do mundo. Trabalharam dia e noite para conseguirem por este carro a andar. Esta primeira vitória dedico-a a toda a gente em Itália e ao presidente Montezemolo. Esta primeira vitória deixa-nos muito optimistas”, disse o espanhol, que elogiou o carro. “Este triunfo deve-se ao fantástico carro que temos. Desde a saída que o carro se mostrou perfeito. Tivemos sorte de passar Vettel, mas o trabalho foi fantástico". O piloto espanhol superiorizou-se a Felipe Massa no arranque, seguindo Sebastien Vettel, que liderou até à trigésima quarta volta. Foi então que o alemão da Red Bull teve problemas de motor, perdendo três posições até ao final da corrida. O alemão da Red Bull parecia estar em condições de conquistar a vitória na corrida de hoje, apesar da aproximação dos pilotos da Ferrari. No entanto, a quinze voltas do final o motor Renault do seu monolugar começou a falhar, devido à quebra de um colector de escapes, o que obrigou a reduzir substancialmente o seu andamento. "Tudo correu bem este fim-de-semana com a excepção da falha nos escapes do RB6. Desde sábado de manhã, em todas as condições de pista fomos os mais rápidos, e penso termos feito um bom controlo da corrida, tínhamos uma boa estratégia, sabia que tinha pneus em condições, mas a 20 voltas do fim senti uma perda de potência no motor. Não sabia o que era, mas acho que algo quebrou. Felizmente ainda salvámos o quarto posto, mas estou convencido que teria ganho.", referiu Vettel.
Sebastien Vettel conseguiu ainda defender-se de Nico Rosberg, concluindo a prova no quarto posto. Felipe Massa também teve algumas contrariedades para ultrapassar, dado que, quando se estava a aproximar de Alonso e de Vettel, o seu motor começou a sobreaquecer, obrigando-o a reduzir o andamento. Contudo, tinha uma vantagem confortável para Lewis Hamilton, concluindo a corrida no segundo lugar sem qualquer problema. Lewis Hamilton encerrou o pódio, sendo o último piloto a aproveitar os problemas do homem que mais tempo liderou a corrida, Sébastian Vettel. O piloto inglês, Campeão do Mundo, em 2008 referiu: "Foi uma boa corrida mas podia ter sido ainda melhor! Infelizmente o Rosberg passou-me na curva quarto, e apesar de eu ser mais rápido que ele, não era fácil passá-lo. Se tenho permanecido à sua frente, acredito que podia conseguia ir atrás dos Ferrari e do Vettel, e aí não se sabe o que podia acontecer. Foi um bom resultado, mais do que esperávamos mas temos de continuar a trabalhar para nos mantermos fortes."
Nico Rosberg, no primeiro dos Mercedes andou sempre em 5º e conseguiu terminar à frente do “chefe de fila” Michael Schumacher. Este revelou-se um pouco “enferrujado”, como disse, e não foi além do sexto lugar, quando tinha partido do sétimo posto. Quanto ao campeão do Mundo em titulo, Jenson Button, o seu McLaren não se revelou muito competitivo e o britânico teve de se quedar pelo oitavo posto. Nos últimos dois lugares que dão pontos este ano, até ao 10 º lugar, ficaram então Vitantonio Liuzzi, no Force Índia e Rubes Barrichello, no Willliams. De entre as novas equipas, a vitória vai por inteiro para a Lótus, ao conseguir que os seus dois carros terminassem a corrida, coisa que nem a Virgin, nem a Hispânia Racing Team conseguiram. No caso da HRT, Karun Chandhok não durou mais do que três voltas, encostando à 'box' depois de um toque onde danificou a dianteira do seu monolugar, enquanto Bruno Senna durou 20 voltas. O piloto brasileiro era 19º na altura, bem longe do ritmo dos seus adversários, e mesmo assim o fumo que saiu da traseira do monolugar não deixou dúvidas a ninguém que tudo ficaria por ali. Na Virgin, Lucas di Grassi ficou de foram à terceira volta, provavelmente devido aos mesmo problemas hidráulicos que surgiram diversas vezes durante os testes, o mesmo sucedendo a Timo Glock, na volta 18, parando nas boxes.
Numa corrida sem reabastecimento e com temperaturas elevadas devido à proximidade com o deserto, Alonso averbou os 25 pontos do vencedor, com o novo sistema de pontuação que recompensa os dez primeiros classificados. Daqui a 2 semanas, em Melbourne, a Fórmula 1 está de volta no Circuito citadino de Albert Park para o GP da Austrália.
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