IRC: Bruno Magalhães segue em oitavo na Argentina

Bruno Magalhães e Carlos Magalhães, da Equipa Peugeot Total, entraram a brilhar no Rally da Argentina, ao assumirem a vice-liderança da prova na super especial de ontem, mas a segunda etapa do rali ficou marcada pela alteração da posição de partida da equipa portuguesa (11º), após a decisão discricionária da organização da prova, em privilégio de pilotos argentinos. Numa etapa dominada pelo ritmo endiabrado de Juho Hanninen, os campeões nacionais terminaram no 8º posto e são os melhores estreantes. O início fulgurante de ontem por parte do 207 Super 2000 da Peugeot Sport Portugal, batido apenas por outro 207 S2000, o dos campeões em título no IRC (Kris Meeke e Paul Nagle), deu hoje lugar à indignação logo nos primeiros minutos da prova por a dupla portuguesa ficar impossibilitada de lutar novamente por um bom resultado. Apesar de ter o carro Nº 7, Bruno Magalhães saiu da 11ª posição e teve de enfrentar os 136,8 km de classificativas com o piso muito degradado pelas passagens dos 10 primeiros na estrada, sobretudo durante a manhã. A decisão da organização, que mereceu a apresentação de um protesto da Equipa portuguesa, foi justificada pelo “palmarés e experiência de carreira” do piloto nacional. Nos caminhos velozes do Valle Calamuchita, a Peugeot Total acabou a primeira etapa subindo à oitava posição à geral, com um tempo de 1h20m40,9s, e volta a cotar-se como a melhor estreante também neste rali extremamente difícil. A dupla portuguesa está a 3m45,9s do vencedor do dia (Juho Hanninen) e a 11,3s do sétimo lugar. Bruno Magalhães: “O facto a registar é que estamos a pagar caro uma decisão da organização que não se compreende, a de colocar pilotos argentinos antes de nós, a separar-nos das restantes equipas que estão a fazer o IRC. A posição de saída não foi, de todo, a melhor e durante toda a manhã deparámo-nos com muita lama, terra solta e areia nos troços… Foi muito difícil encontrar tracção e aderência para o nosso carro. Na secção da tarde, as condições foram idênticas para todos porque o piso ficou mais compactado, mas com muitas fendas. Aí tornámos as suspensões mais macias, tivemos um ritmo rápido e certo e aproveitámos para rectificar algumas notas. Apesar de tudo, foi um dia positivo porque somos estreantes e conseguimos estar nos pontos num rali extraordinariamente difícil e com uma grande armada de pilotos muito experientes na prova. Além disso, foi um dia importante porque também tirámos algumas ilações para o futuro e isso faz parte da nossa aprendizagem.”  


À frente do rali, o finlandês Juho Hanninen (Skoda Fabia S2000) esteve endiabrado e liderou a prova desde a primeira classificativa do dia, tendo terminado a 2ª etapa com uma vantagem de 32,2s sobre o inglês Guy Wilks (Skoda Fabia S2000). Porém durante grande parte do dia, Hanninen teve a perseguição muito directa de dois pilotos, Wilks e o irlandês Kris Meeke (Peugeot Reino Unido) actualmente no terceiro lugar, a 51s do primeiro, depois de ter tido problemas nas duas últimas especiais da manhã, com água no motor da sua máquina. Com Hanninen a vencer seis provas especiais de classificação, Wilks a levar a melhor numa e com um Meeke sempre entre os melhores cronos, os pilotos do pódio deixaram já um hiato para o 4º posto, ocupado pelo checo Jan Kopecký (Skoda Fabia S2000), que está a 1m26,2s do líder.


Classificação da 1ª Etapa

Juho Hänninen/ Mikko Markkula – Skoda Fabia S2000 1h16m55,0s
Guy Wilks/Philip Pugh – Skoda Fabia S2000 +32,2s
Kris Meeke/Paul Nagle – Peugeot 207 S2000 +51,0s
Jan Kopecký/Petr Starý – Skoda Fabia S2000 +1m26,2s
Federico Villagra/Jorge Pérez Companc – Ford Fiesta S2000 +2m57,7s
Gabriel Esteban Pozzo/Daniel Luis Stillo – Subaru Impreza STI +3m11,1s
Nicolás Madero/Guillermo Piazzano – Mitsubishi Lancer Evo X +3m34,6s
Bruno Magalhães/Carlos Magalhães – Peugeot 207 S2000 +3m45,9s
Claudio Menzi/Diego Cagnotti – Subaru Impreza STI + 3m56,8s
10º Diego Domínguez/Edgardo Galindo – Mitsubishi Lancer Evo X +4m03,4s

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