A Red Bull continua a ser a única equipa a conseguir 'pole position's' este ano. Depois de Vettel no Bahrein e Austrália, agora foi Mark Webber a garantir o melhor tempo na qualificação para o Grande Prémio da Malásia, durante uma sessão marcada pela chuva e pelos erros dos Ferrari e McLaren, eliminados logo na primeira fase. A chuva começou a cair pouco antes do início da sessão, deixando a pista molhada em alguns sítios, húmida noutros e seca noutros, o que prometia dificultar a vida aos pilotos na tarefa de escolha de pneus e de discernir o momento certo para realizar uma volta lançada. Os erros dos favoritos tiveram um efeito imediato, que foi permitir a dois carros das novas equipas (o Lotus de Kovalainen e o Virgin de Timo Glock) chegarem pela primeira vez à Q2. Embora lucrando com as condições difíceis da pista, não deixa de ser um bom resultado, em especial para a Lotus que, frente ao seu público, conseguiu que um dos seus carros chegasse ao meio da tabela. Face a isto, o caminho ficou 'livre' para Mark Webber conquistar a pole para a corrida com uma volta em 1.49,327s, batendo todos os seus adversários por mais de um segundo, mantendo assim o pleno de 'poles' para a equipa de Milton Keynes em 2010. "Foi uma qualificação muito traiçoeira e difícil para toda a gente. A minha volta na Q2 não foi muito boa e sabia que tinha de continuar a atacar porque as condições da pista podiam mudar muito rapidamente, com muitos pontos complicados ao longo da pista. Foi muito desafiante e ver alguns pilotos de fora logo na primeira fase é surpreendente, mas é uma questão de sensibilidade e de acertar na altura certa. A 'pole' é responsabilidade do meu engenheiro que decidiu montar os pneus intermédios. Existiam muitos sítios traiçoeiros, como na curva 2, onde havia muito 'aquaplaning', mas consegui manter-me no asfalto e fiz o meu trabalho", afirmou satisfeito o australiano.
Esta foi a terceira “pole” da Red Bull em outras tantas corridas nesta temporada, mas esta foi a primeira do australiano. Nico Rosberg, em Mercedes, também esteve em bom plano ao obter a segunda marca, enquanto Sebastian Vettel, que tem sido o homem mais rápido da Fórmula 1 nesta época, ficou com o terceiro posto. Ainda assim, é a primeira vez de Rosberg na linha da frente e o jovem piloto não escondeu a sua satisfação. "Foi uma qualificação muito difícil, com muitos altos e baixos. No final, a Q3 foi a minha melhor prestação, fiquei muito satisfeito, fiz um bom tempo logo na primeira volta, depois no seguindo, os pneus começaram a degradar-se e não pude melhorar. Mas fiquei um pouco preocupado porque vi o Mark com pneus intermédios e eu estava com pneus para chuva forte e achava que eram os pneus certos, mas pensei em mudar, mas acabei por manter-me em pista com os pneus para chuva forte e acho que fiz o acertado. Estar na linha da frente é fantástico", afirmou o alemão. Vettel admite que nem tudo correu bem mas não tem dúvidas que na corrida “tudo é possível”. Assim, o “top-ten” ficou preenchido com Sutil, da Force India (quarto); Hulkenberg, da Williams (quinto); Kubica, da Renault (sexto); Barrichello, da Williams (sétimo); Schumacher, da Mercedes (oitavo); Kobayashi, da Sauber (nono) e Liuzzi, da Toro Rosso (décimo). Jenson Button abandonou as boxes um pouco mais cedo, mas também ele realizou um pião, o que o impediu de ir além do décimo sétimo tempo, ainda assim melhor que o décimo nono, vigésimo e vigésimo primeiro lugares de Hamilton, Alonso e Massa, respectivamente e que não passaram, sequer, da primeira fase da qualificação. O espanhol confessou que: “pensávamos que não choveria mais e a pista secaria para os últimos minutos da qualificação. Mas isso não aconteceu e não conseguimos melhorar o tempo.”
A corrida de amanhã promete ser disputada debaixo de chuva, pelo que, a julgar pelo que se viu hoje, deverão acontecer ainda mais surpresas. A partida de quatro pilotos de topo do fim da grelha também deverá ajudar à animação.
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