200 Anos de Marca Peugeot

A Peugeot está a celebrar este ano o invulgar marco de 200 anos de história. A aventura industrial da marca francesa começou em 1810 e desde então a Peugeot colocou o seu nome e posteriormente o seu emblema – o Leão – em serras, ferramentas, crinolinas, moinhos de café, bicicletas, motociclos, scooters e automóveis. A cada um destes universos, a Peugeot transmitiu modernidade e inovação sem pôr em causa o rigor industrial original, nascido do trabalho do aço. A inspiração conduziu a Peugeot a inventar o Coupé Cabriolet, a produzir o 403, a primeira berlina de grande série equipada com motor diesel, a lançar o 205, verdadeiro ícone graças às suas múltiplas declinações e à sua epopeia desportiva marcada por muitas vitórias, a apresentar como novidade mundial o filtro de partículas no 607, a impor uma motorização HDi FAP nas 24 Horas de Le Mans, a prova de resistência mais exigente do mundo, ou a fazer nascer o BB1, veículo urbano no cruzamento dos universos automóvel e duas rodas. Em 1810, a transformação do moinho de cereais de Sous-Cratet numa fundição de aço levou a Peugeot à era industrial, concretizando a visão de Jean-Pierre e Jean-Frédéric Peugeot. O automóvel e as duas rodas ainda estavam longe... Enquanto a produção se diversificava com moinhos de café, serras de fita, armações de espartilho, máquinas de costura…, o crescimento da actividade implicou o desenvolvimento de novas capacidades de fabricação. Audincourt, Valentigney, Beaulieu, Pont-de-Roide e, mais tarde, Sochaux testemunham o progresso da Peugeot no berço da Marca em Franche-Comté. A visão, tal como a capacidade permanente de adaptação às mudanças e aos desafios, conduziram a Peugeot a negociar com sucesso as mudanças de ciclo da bicicleta e da moto (1886), e posteriormente a do automóvel (1891), determinante e que transformou o mundo. Na viragem do século, a Peugeot é responsável por 50 % da produção francesa e os modelos exportam-se a partir de Franche-Comté para a Europa mas também para a América Latina. Apesar de histórica, a internacionalização da Peugeot conheceria uma aceleração no final dos anos 90 sob o impulso do 206, modelo cujas vendas anuais ascenderam, durante vários anos consecutivos, a mais de 800.000 unidades. Com efeito, o substituto do 205 comprovou ser um produto de conquista perfeitamente adaptado às realidades dos mercados automóvel. Presente actualmente em mais de 160 países, a Peugeot vence o desafio da globalização e prossegue o seu desenvolvimento na China, na Rússia e na América Latina com produtos específicos, como é o caso do 408 ou do pick-up Hoggar.


Em 200 anos, a Peugeot desenvolveu uma visão singular de longo prazo que lhe permitiu antecipar os movimentos de fundo, ser actual mas também atravessar períodos de instabilidade. Do primeiro quadriciclo a gasolina, equipado com um motor Daimler e com o nome de código Type 2, às mais recentes realizações, a Peugeot apoia a sua força nas raízes do Este da França e na visão de empreendedores. Prosseguindo sem descanso o seu desenvolvimento técnico, humano e industrial, a Peugeot passou de uma produção anual de algumas unidades a uma produção diária média actual de vários milhares de unidades das suas 18 famílias de veículos de passageiros e de comerciais.

Quando a Peugeot se encontrava ainda no início do seu desenvolvimento, a Marca adoptou em 1858 o leão como emblema universal dos seus produtos. O leão foi registado no Conservatório Imperial das Artes e Ofícios no dia 20 de Novembro. A escolha do leão para o logo resulta de uma analogia com as serras da Peugeot para ilustrar:

A resistência dos dentes; a suavidade da lâmina; a rapidez do corte.

A partir de então, o emblema da marca conheceria diferentes representações, até à versão em duas matérias de 2010, colocada pela primeira vez no RCZ. A inspiração que anima a Marca conduziu a Peugeot a inovar em matéria de conceitos e de tecnologias. Reconhecemos esta cultura de inovação permanente na capacidade da Peugeot em conjugar os conceitos, misturar as tecnologias e associar as ideias. Entre estas inovações, o coupé cabriolet ocupa um lugar muito importante. Esta inovação, surgida nos anos 30 no 401, propõe um astucioso sistema de tejadilho rígido escamoteável no compartimento de bagagens. Herdeiro do 401 Eclipse, o 206 CC viria a contribuir para a aceleração da difusão desta silhueta e para a liderança mundial da Peugeot neste tipo de viaturas, com 700.000 unidades vendidas. Em matéria de motorizações, a Peugeot teria um papel determinante no desenvolvimento do motor diesel, proposto pela primeira vez num modelo de grande série, o 403. Por outro lado, esta berlina foi o primeiro modelo da Marca a ultrapassar o milhão de unidades vendidas. A Peugeot estaria também na origem de duas importantes evoluções na área das motorizações diesel. Em 1975, o 604 foi a primeira viatura na Europa equipada com uma motorização turbo diesel. Em 1999, a Peugeot apresentou o 607 equipado com o filtro de partículas, o que constituiu uma novidade mundial. Esta inovação, que reduz as emissões de partículas até ao limite do mensurável, ilustra o avanço da Peugeot em matéria da redução de emissões. Mais de 2,3 milhões de veículos Peugeot estão equipados com um filtro de partículas. Em 2011, a Peugeot será precursora com o 3008 HYbrid4, um híbrido diesel eléctrico que marcará uma ruptura na redução das emissões de CO2 (- 35%). Benéfica no plano ambiental, esta solução proporcionará também um prazer de condução inédito com uma motricidade integral. Em 2012, será dado um passo suplementar com o 3008 HYbrid Plug-in recarregável com emissões reduzidas a 50 g de CO2/km (2,0 l / 100 km).

O comportamento dos veículos Peugeot é uma qualidade regularmente reconhecida às produções da Marca. A qualidade das ligações ao solo dos veículos Peugeot, inicialmente uma resposta ao perfil muito sinuoso das estradas do Franche Comté, resulta também da convicção de que o conforto, a segurança e o prazer de condução são consubstanciais ao automóvel. O 201 seria o primeiro automóvel equipado com rodas dianteiras independentes, um ganho de conforto para os passageiros. Desde então, esta preocupação viria animar em permanência os engenheiros da Peugeot, que colocaram o prazer de condução, sem sacrifício para o conforto, no coração da experiência automóvel ao volante de um Peugeot, marca de referência em matéria de ligações ao solo. Símbolo desta importante característica dos seus modelos, a Peugeot é actualmente a única marca que fabrica os amortecedores montados nos seus modelos. Esta experiência é fortalecida com o RCZ, que exprime os conhecimentos da Peugeot em termos de comportamento em estrada e eleva ao melhor nível as noções de precisão e de sensações de condução.


A designação com três algarismos, um verdadeiro marcador genético

Para responder a uma procura de automóveis mais importante e diversificada, a gama de veículos alargou-se e estruturou-se, em 1929, em torno de um inovador sistema de designação, ainda hoje utilizado. O 201, por ser o 201º projecto do gabinete de estudos, inaugurou este tipo de designação com três algarismos que identifica claramente um modelo:

- O primeiro algarismo indica a família do veículo, a sua posição na gama.

- O segundo algarismo – sistematicamente um 0 – é o elo que liga o algarismo de pertença a uma família ao da sua geração.

- O terceiro algarismo indica a geração do modelo.

Para responder à multiplicidade da oferta e às novas expectativas da clientela que opta por produtos específicos, a Peugeot enriqueceu o seu sistema de numeração. A designação passou a ter quatro algarismos (em 2004) no caso dos modelos em extensão da gama tradicional, surgindo também letras que designam silhuetas (2000) : CC para Coupé Cabriolet, SW para a silhueta família/lazer, Tepee para os veículos ludospace, ou ainda nos modelos emblemáticos, como é o caso do RCZ. No coração do savoir-faire da Peugeot, os 20x e 40x são as duas únicas gamas que desenvolveram a designação sem interrupções, totalizando mais de 26 milhões de unidades, ou seja, cerca de metade das vendas totais da Marca.

A história da Peugeot encontra-se intimamente ligada à competição automóvel. De facto, desde que há corridas de automóveis que há veículos Peugeot que nelas participam. Veículos da Marca foram precursores na participação em provas de regularidade, ralis ou rampas, tais como a corrida Paris – Bordéus – Paris, a primeira corrida da história, realizada em 1895 e que foi ganha por um Peugeot. Passada a época do pioneirismo, chegou a era das primeiras viaturas desenvolvidas para a competição. Durante a década de 1910, os primeiros êxitos da Peugeot fora de França foram retumbantes. Desde logo em Brooklands, em 1913, com o L76, prelúdio das campanhas vitoriosas dos Peugeot “Grand Prix” que se impuseram por três vezes nas 500 milhas de Indianápolis (1913,1916, 1919). O L76 introduziu uma inovação que viria a fazer história, já que era animado pelo primeiro motor com duas árvores de cames à cabeça e 4 válvulas por cilindro. Na década de 1920, os sucessos na Targa Coppa Florio ou nas 24 Horas de Spa completaram o palmarés da Marca. O envolvimento de um concessionário da Marca, Darl’mat, conduziu à definição de uma variante desportiva do 302, o 302 Special Sport, que viria a obter grande sucesso nas 24 Horas de Le Mans, quando 3 exemplares conseguiram terminar a edição de 1937, impondo-se no ano seguinte na categoria 2 litros. Mais recentemente, as campanhas africanas coroadas de êxito dos 404 e 504 forjariam a reputação de fiabilidade dos modelos da Marca, estabelecendo uma ligação directa entre as viaturas de série e os seus derivados de competição. Entre todos os automóveis Peugeot, foi o 205 que simbolizou mais fortemente este espírito de competição que anima a Marca, competição no terreno comercial e competição nos circuitos e pistas do mundo inteiro. Esta apetência para a competição levou a Peugeot a organizar um departamento de competição de onde sairiam as máquinas destinadas a participar nas mais exigentes disciplinas desportivas – ralis, rali-raids, Fórmula 1, Resistência... – participações frequentemente coroadas com vitórias e títulos. De regresso a Le Mans, a Peugeot conseguiu uma dobradinha em 2009 com o 908 HDi FAP. Esta escolha tecnológica associa performance, resistência e respeito pelo ambiente. A Peugeot projectase no futuro exercendo uma vigilância activa sobre um protótipo híbrido de resistência, o 908 HY.

A capacidade da Peugeot em propor uma oferta integral de mobilidade, com automóveis, scooters e bicicletas, é única em todo o mundo. Um trunfo que permite que a Peugeot tenha uma distância de avanço. A Peugeot diversifica a sua resposta aos desafios ambientais. Para além da melhoria contínua do rendimento das motorizações térmicas, contribuindo para a liderança da Marca no campo dos veículos com reduzidas emissões (50 % das viaturas comercializadas na Europa apresentam emissões inferiores a 130 g de CO2/km), a Peugeot explora novas vias para o futuro. O grupo PSA Peugeot Citroën representa um volume de negócios de 48,4 mil milhões de euros, 3.188.000 veículos vendidos em mais de 160 países, 186.000 colaboradores em todo o mundo, 2º construtor europeu com uma quota de mercado de 13,7 % e tem uma liderança ambiental - único construtor europeu que vendeu em 2009 cerca de 1 milhão de veículos com emissões inferiores a 130 g de CO2/km mais uma liderança no mercado dos veículos comerciais ligeiros com uma quota de mercado de 22,2%. Possui ainda actividades complementares ao automóvel como sendo o financiamento, transporte e logística, equipamento automóvel.

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