O australiano Mark Webber (Red Bull-Renault) dominou por completo e venceu o Grande Prémio do Mónaco, sexta prova do Campeonato do Mundo de Fórmula 1, disputada este domingo no circuito de Monte Carlo, numa corrida marcada por quatro entradas do 'safety car' em pista. O piloto da Red Bull rendeu o compatriota Jack Brabham no lugar mais alto do pódio no Mónaco. O piloto australiano estava em boa posição para garantir o triunfo na prova monegasca, depois de ter garantido ontem a 'pole-position' e com um bom arranque assumiu o comando das operações assim que as luzes dos semáforos se apagaram e liderou a corrida do início ao fim e assinou a segunda vitória consecutiva esta temporada - e a quarta da carreira. "Foi incrível, este é seguramente o melhor dia da minha vida. Vencer aqui é verdadeiramente especial para todos os pilotos. É excelente juntar-me ao mesmo palmarés de Ayrton Senna e todos os outros que venceram aqui. Obter 50 pontos em duas corridas seguidas é incrível mas ainda há um longo caminho a percorrer, pois vêm aí pistas muito distintas entre si.", desabafou no final. A última vitória de um australiano no principado tinha acontecido em 1959. Com este resultado, Mark Webber ascende à liderança do campeonato, depois de obter a segunda vitória em oito dias. O seu companheiro de equipa, Sebastian Vettel, foi segundo classificado, tendo aproveitado da melhor forma o facto de ter surpreendido Robert Kubica (Renault), que terminou no terceiro posto, logo na partida da corrida. No entanto, o alemão nunca conseguiu acompanhar o ritmo do australiano, passando a corrida a olhar para espelhos, onde figurava o Renault do polaco. Porém, o piloto da Renault, apesar da pressão que colocou sobre o seu adversário, nunca conseguiu encontrar uma forma de passar o Red Bull, conquistando, ainda assim, o seu primeiro pódio da temporada. Felipe Massa e Lewis Hamilton tiveram igualmente provas sem sobressaltos e terminaram nas mesmas posições em que partiram, quarta e quinta, respectivamente. Fernando Alonso partiu das boxes, depois do seu acidente nos treinos livres, que o impediram de realizar a qualificação, e com a entrada do primeiro 'safety car' foi de imediato às boxes, trocar de pneus, colhendo os frutos dessa decisão, que lhe permitiu ascender dessa forma alguns lugares.
Tendo chegado com mérito à sexta posição, o piloto espanhol acabou porém por perder o lugar para Michael Schumacher, no momento em que o 'safety car' saiu pela última vez de pista. Uma classificação que duraria apenas um par de horas, já que os comissários da prova entenderam que o alemão ultrapassou Alonso, na última volta, numa altura em que o 'safety car' tinha acabado de sair da pista. "Toda a última volta a equipa me disse que estava proibido de ultrapassar, que o 'safety car' ia sair, mas simbolicamente, para que os vencedores não cruzassem a meta atrás dele. Quando vi o Michael a passar-me pensei melhor assim, mais uns pontos que vai perder...", referiu Alonso. A regra diz que: "Se a corrida chegar ao seu termo enquanto o 'safety car' estiver em pista este entrará no pitlane no derradeira volta e os carros deverão terminar a corrida sem ultrapassagens.", pelo que Schumacher foi penalizado. Sebastien Buemi ascendeu assim ao derradeiro lugar pontuável. Desta forma, o piloto da Mercedes, que já não corria em Monte-Carlo desde 2006, perdeu a sexta posição que alcançou na pista, sendo relegado para a 12ª posição, uma decisão que vai ser alvo de protesto por parte da marca alemã. "A Mercedes vai apelar da decisão. Este recursos erá defendido no Tribunal Internacional de Recurso" da FIA, indicou um dos porta-vozes da FIA.
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