Rally de Portugal começa amanhã com dia muito animado

Muito entretenimento a abrir o Vodafone Rally de Portugal, num dia bem preenchido para quem estiver no Algarve. Não querendo limitar o dia de abertura do Vodafone Rally de Portugal, no Estádio do Algarve, na quinta-feira 27 de Maio, à realização da prova de classificação que dá início à competição, os organizadores prepararam um vasto programa de animação, que culminará com a actuação dos melhores pilotos do Mundo no arranque de um fim-de-semana que promete muita acção. Os principais pilotos tomarão parte numa sessão de autógrafos, que se estende das 14.00 às 15.00, no Rally Village, localizado no Parque de Assistência, situado no Estádio Algarve. Será a oportunidade para os amantes dos ralis estarem junto dos pilotos, algumas horas antes do início da prova. As portas do Estádio abrem às 17.00 para os espectadores que não terão muito tempo para ocuparem os seus lugares, já que a acção começa logo a seguir. A 1.ª Prova de Classificação do Rallye de Portugal Revival, que vai permitir ver em acção carros clássicos como os Ford Escort e o Lancia Stratos, começa às 17h40 e deverá durar, aproximadamente, uma hora. A seguir terá lugar uma demonstração de Freestyle efectuada pelos campeões nacionais de motociclismo, Humberto Ribeiro e Ricardo Domingos, também conhecido como “Arrepiado”. Quanto os motores da motos se calarem, às 19.00, o asfalto será ocupado pelos pilotos do WRC que, transportados em clássicos descapotáveis, darão a volta ao traçado o mais devagar que alguma vez terão andado numa prova de classificação em Portugal. Depois do Hino Nacional, tocado pelas 19h23 por uma banda algarvia, será altura de arrancar a edição de 2010 do Vodafone Rally de Portugal, com o primeiro par de equipas a largar às 19.29h. A prova será feita por ordem inversa, o que permitirá que o par final, Sebastien Loeb x Mikko Hirvonen, arranque às 21.53, para fechar a transmissão directa que o Canal 2 da RTP vai efectuar entre as 21h00 e as 22h00. Quando a prova de classificação de abertura terminar, os carro entrarão em parque fechado, onde permanecerão durante a noite, para na manhã do dia seguinte ter lugar o primeiro dos três dias de verdadeira competição, com a primeira equipa a largar do Estádio Algarve, às 08,25 de sexta-feira para cumprir seis provas de classificação, desenhadas a noroeste de Faro, que totalizam 128,58 km.


Programa de Quinta-feira, 27 de Maio

14h00/15h00 - Sessão de autógrafos no Rally Village
17h00 - Abertura das portas ao público
17h40 - 1.ª Prova de Classificação do Rallye de Portugal Revival
18h45 - Demonstração de Freestyle por pilotos de motos
19h00 - Volta de apresentação dos pilotos do WRC
19h23 - Hino Nacional
19h25 - SSS1 Vodafone Rally de Portugal
21h00 - Começo da transmissão em directo no Canal 2 da RTP
21h53 - Última mão da SSS1
22h00 - Final da transmissão directa da RTP


Pilotos antevêem o rali

Com os reconhecimentos terminados, os pilotos, que este ano alinham no Vodafone Rally de Portugal, prevêem uma prova difícil, uma vez que o piso se apresenta escorregadio, com a terra que se encontra nas estradas a poder condicionar os resultados, uma vez que quem passa mais tarde já encontra a estrada mais limpa. Por abrir a estrada, na sexta-feira, o hexa-campeão do mundo e comandante do “Mundial”, Sébastien Loeb, piloto da Citroen Total World Rally Team, reconhece que isso pode ser uma desvantagem na fase inicial da prova: “Penso que a posição de partida será de certeza importante, mas é difícil determinar até que ponto essa importância vai. Sou o primeiro na estrada e por isso vamos ver como é que as coisas correm. Por vezes há tanta terra que a 'limpeza' não é muito grande e há terra por todo o lado”. Já Jari-Matti Latvala, piloto da Ford World Rally Team, que venceu na Nova Zelândia, a prova que antecedeu a jornada portuguesa, é mais prudente quando se refere à importância que a ordem de partida possa vir a ter este fim-de-semana: “Penso que devemos ter alguns cuidados tácticos, em particular na sexta para estarmos em boa posição no sábado. Há muita terra na estrada nas especiais dos dois primeiros dias, mas menos nas de domingo. As classificativas do final do dia estão quase limpas, mas isso significa que há mais pedras à vista em alguns locais. Penso que vai ser duro para os carros”. Por seu lado Petter Solberg quer regressar aos lugares do pódio, depois de o ter falhado na Nova Zelândia e considera: “Embora as especiais sejam muito semelhantes às do ano passado, acabam por parecer diferentes: o piso muda e algumas árvores foram cortadas, o que torna a estrada mais larga. Por isso, penso que pode ser mais difícil do que no ano passado. Há um pouco de tudo neste rali, já que as classificativas são duras, rápidas, mas muito sinuosas. Penso que a posição de partida terá certamente influência, mas não tanto como na Nova Zelândia. Penso que quem abrir a estrada não vai perder tanto tempo, pois têm menos terra que na Nova Zelândia mas, em compensação, são mais agressivas e com a mesma aderência. Penso, também, que as especiais de domingo têm um piso abrasivo que pode provocar furos. Mas quando estamos a lutar pelos primeiros lugares eles por vezes acontecem.” Ausentes do Rali da Nova Zelândia, que não estava no seu programa, Kimi Räikkönen e Kaj Lindström farão em Portugal o seu regresso ao C4 WRC. A aprendizagem da pilotagem de um WRC em terra prossegue para o antigo Campeão do Mundo de Fórmula 1. O jovem piloto com 30 anos irá descobrir uma nova prova, típica do Mundial, depois do México (abandono), Jordânia (8º) e Turquia (5º). "Esta pequena pausa fez-me muito bem" comentou Kimi. "Podemos analisar o nosso início de época e concentrarmo-nos em alguns detalhes como a forma de tomar notas e o ritmo a adoptar face aos melhores. Alguns quilómetros de testes permitiram que recuperasse as referências. Sei que ainda tenho muito para aprender pois esta disciplina é totalmente nova para mim, mas sinto que temos progredido regularmente." Em Portugal, na sua quinta prova do Mundial ao volante de um Citroën C4 WRC, Kimi Räikkönen não muda os seus objectivos. "Sempre disse que tenho de aprender. Devemos ter todas as cartas na mão antes de aumentar o ritmo e tentar ir buscar os mais rápidos. Por isso é necessário adquirir mais experiência e será esse o objectivo no Rali de Portugal."

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