Pedro Salvador vingou da melhor forma a desclassificação da corrida de ontem ao vencer com grande autoridade a segunda passagem dos concorrentes da Taça de Portugal de GT & Sport Protótipos pelo Circuito de Vila Real. O piloto do Juno SSE, obrigado a sair da última posição da grelha não se fez rogado e, no final da primeira volta, já liderava a corrida. A partir daqui Salvador tentou ganhar o maior tempo possível aos seus seguidores e quase conseguiu sair das boxes na liderança, após a paragem onde foi obrigado a cumprir o ‘handicap’ de 185 segundos. César Campaniço rendeu o seu colega de equipa, João Figueiredo, vencedores da corrida de ontem, na mesma altura da paragem do líder e conseguiu sair das boxes com o Audi R8-LMS novamente na frente da corrida. Durante a décima sétima volta Campaniço ainda conseguiu segurar atrás de si o piloto do Juno SSE mas, na volta seguinte, Salvador passou novamente para o comando, posição que não mais largou até final. Campaniço e Figueiredo ficaram com o segundo posto e garantiram a vitória entre os concorrentes dos carros GT. Manuel Caetano (Caterham Super Light R) foi o terceiro classificado da geral, beneficiou das desistências, por problemas mecânicos, dos dois Porsche 911 GT2 de António Coimbra e António Nogueira, mas conseguiu bater em pista o Porsche 911 GT3 RS da dupla Miguel Ferreira/Diogo Ferrão. Visivelmente satisfeito estava na subida ao pódio Pedro Salvador: “Foi uma corrida mais difícil que a de ontem pois hoje o Audi R8 revelou-se mais rápido e rodou mais perto de mim. Foi complicado ultrapassa-lo depois da saída das boxes mas tive de encontrar forma de o fazer. Depois, e apesar de ter começado a sentir problemas com a segunda velocidade do Juno SSE, consegui encontrar uma margem que me permitiu chegar ao final como vencedor”, referiu o piloto de Chaves. João Figueiredo, que durante o seu turno de corrida, não teve uma tarefa fácil, saiu de Vila Real com a noção do dever cumprido: “Tive de aguentar a pressão do António Coimbra e nunca consegui uma margem muito grande mas entreguei o carro ao César na segunda posição e não sabia dos problemas que tinham afectado os Porsche”, disse no final o piloto de Coimbra. Campaniço que ainda tentou lutar pela vitória estava conformado com o segundo lugar final: “A diferença de andamento de ontem para hoje foi notória e isso deveu-se à maior aderência do nosso carro na pista que apresentava mais borracha. A partir do momento que vi que não valia a pena arriscar e comprometer a nossa vitória entre os GT, preferi segurar a segunda posição da geral e assegurar a segunda vitória na Taça de Portugal GT, que era o nosso principal objectivo”. Em evidência esteve, em Vila Real, Manuel Caetano que conseguiu colocar o seu Caterham na terceira posição final: “Não estava à espera deste resultado mas mantive um bom ritmo, o carro esteve sempre muito bem e na parte final dei tudo para segurar atrás de mim o Porsche. Consegui e estou muito satisfeito com este resultado”, afirmou o piloto que venceu entre os concorrentes da categoria S. GT Light.
PTCC: Só deu Monroy em Vila Real
José Monroy voltou a dominar a segunda corrida do TPCC/PTCC (Taça de Portugal Circuitos) e sem grandes surpresas voltou a vencer em Vila Real. O piloto do Mitsubishi Lancer Evo IX largou da quarta posição da grelha mas, logo no arranque, conseguiu de ‘assentada’ passar os três adversários que largaram na sua frente. Durante um grande número de voltas, ao traçado vila-realense, Monroy aguentou bem a pressão exercida por Fábio Mota (Seat Leon Supercopa) que, sem ter perdido de vista a hipótese de tentar chegar à vitória, acabou por não ter soluções para o conseguir. Nuno Batista não acompanhou, desta vez, o ritmo imposto pelos dois primeiros e terminou no derradeiro lugar do pódio. Duas corridas, duas vitórias é o balanço final da passagem de José Monroy na 43ª edição do Circuito de Vila Real. O piloto de Cascais somou a pontuação máxima para a Taça de Portugal de Circuitos, abrindo caminho para uma eventual vitória final. Monroy mostrava-se satisfeito com a sua prestação na segunda corrida apesar de ter sentido mais dificuldades que na primeira passagem pela pista realizada da parte da manhã. “O carro esteve sempre muito bom mas nesta segunda corrida perdia mais tempo nas zonas rápidas para o Seat Leon. O calor e a degradação dos pneus ajudaram a que isso acontecesse mas acabei por conseguir controlar bem a prova sem ter de entrar em excessos. A pista é muito exigente mas espectacular”, afirmou o líder do Campeonato de Portugal de Circuitos e agora também líder da Taça. Fábio Mota conseguiu na segunda corrida alcançar um interessante segundo lugar. O piloto do Seat Leon Supercopa rodou durante nove voltas com um ritmo idêntico ao vencedor mas a partir daqui, e com os pneus algo desgastados, optou por não deitar tudo a perder. “Perdi algum terreno na primeira volta mas depois consegui recuperar e andar perto do José Monroy. Dei o máximo mas quando vi que era praticamente impossível chegar à vitória optei por gerir o andamento até porque os pneus da frente já não estavam nas melhores condições”, disse depois da subida ao pódio o jovem piloto de V. N. Gaia. Numa corrida onde à partida previa não conseguir ser tão rápido como de manhã, Nuno Batista, acabou por ser o terceiro classificado: “Sabia de antemão que não teria pneus para impor o ritmo ideal e ainda por cima falhei o arranque. A partir daí só me preocupei em gerir o andamento e terminar pois o pódio estava praticamente garantido”, disse no final o piloto do Seat Leon Supercopa.
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