O espanhol Fernando Alonso venceu hoje o Grande Prémio da Alemanha, 11.ª das 19 provas do Campeonato do Mundo de Fórmula 1, onde o brasileiro Felipe Massa foi segundo, dando à Ferrari a segunda “dobradinha” da época. A prova de hoje teve um início intenso para os três primeiros da grelha de partida, tendo Sebastien Vettel, o homem da 'pole', empurrado o espanhol contra os muros das boxes, na tentativa de manter a liderança após um mau arranque. A manobra do alemão foi infrutífera, tendo visto Alonso suplantá-lo e Felipe Massa passar, por fora, para o comando. A partir de então o duo de Maranello ficou no controlo das operações, sendo consistentemente mais rápido que o piloto da Red Bull, o único a conseguir aguentar o ritmo dos carros vermelhos. No entano, a prova alemã ficaria definitivamente marcada pelas supostas 'ordens' de equipa a Massa, para este deixasse ultrapassar o companheiro de equipa. A cerca de 20 voltas do fim, uma mensagem oriunda da box da Ferrari alertava Felipe Massa para o facto de estar a rodar mais lentamente que Alonso, o que poderá ter sido uma ordem encapuzada para o brasileiro deixar passar o espanhol, pois afinal é ele o mais bem colocado dentro da equipa para lutar pelo título, apesar do atraso. Rob Smedley, o engenheiro de pista de Massa, informou o brasileiro de que ”o Fernando está mais rápido que tu”, questionando o seu piloto se ”tinha entendido a mensagem". Depois de ouvirem o responsável pela equipa, Stefano Domenicali, o 'team manager' Massimo Rivola e os dois pilotos da Ferrari, os comissários concluíram que tinha existido uma violação dos regulamentos da competição, nomeadamente do artigo 39.1 do Código Desportivo, que proíbe as ordens da equipa para os pilotos, e do artigo 151c, que penaliza “qualquer conduta fraudulenta ou acto prejudicial para os interesses da competição”. A FIA decidiu entretanto impor uma multa de 100 mil dólares à Ferrari, que vai ter igualmente de responder perante num Conselho Mundial Extraordinário por violação do regulamento, sendo aí que irá apresentar a sua defesa. A Ferrari insiste que não deu qualquer ordem aos pilotos, considerando que estava apenas a fornecer informação actualizada a Felipe Massa. Na conferência de imprensa a seguir à corrida, de rosto fechado, o brasileiro limitou-se a dizer que trabalha “para a equipa”, que está “muito feliz com o desenvolvimento do carro” e que “merecia ganhar”, depois de ter efectuado “uma largada fantástica”. Fernando Alonso também não se adiantou sobre o assunto: “Somos pilotos profissionais, tentamos fazer o melhor como equipa e tentamos fazer melhor a cada dia.”
Os McLaren nunca tiveram andamento para chegar ao pódio, mas fizeram o suficiente para manter a liderança dos campeonatos, ainda com uma boa vantagem, acabando com Lewis Hamilton na quarta posição e Jenson Button no quinto lugar – os dois mantiveram os dois primeiros lugares no Mundial. Com problemas de consumo excessivo de óleo, Mark Webber (Red Bull-Renault) não conseguiu incomodar os pilotos da McLaren na segunda parte da corrida e terminou na sexta posição. O australiano ficou agora empatado com Vettel na tabela de pilotos. Robert Kubica (Renault) foi o sétimo, já com uma volta de atraso para o vencedor. Nico Rosberg aproveitou a paragem nas 'boxes' e voltou a ganhar o lugar a Michael Schumacher – os dois Mercedes terminaram em oitavo e nono. Vitaly Petrov (Renault) encerrou o grupo de pilotos que pontuou. O Mundial de Fórmula 1 prossegue já no próximo fim-de-semana (30 de Julho a 1 de Agosto), com o GP da Hungria, no circuito de Hungaroring.
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