A primeira etapa do RVM 2010 ficará, certamente, na história de mais uma bela edição devido às desistências de alguns dos principais candidatos à vitória, enquanto outros menos conhecedores do trajecto aguentaram a dureza das estradas madeirenses e até terminaram em lugares de destaque. Bruno Magalhães e Luca Rossetti foram traídos por despistes das suas viaturas, enquanto outros apostaram no andamento mais cauteloso e acabaram por ser premiados. Kris Meeke (Peugeot 207 S2000) e Freddy Loix (Skoda Fabia S2000) começaram a prova apostando na regularidade e retiraram os frutos disso no final do dia. Loix lidera à vontade e sem qualquer tipo de pressão, enquanto Meeke é segundo sem ser muito rápido nas estradas madeirenses. No entanto, tem o Skoda de Kopecky “à roda” e apenas a um segundo. No quarto lugar, aparece Juha Hänninen, claramente o mais lento dos Skodas oficiais. Já está a mais de trinta segundos do líder da prova. Nos portugueses, os madeirenses têm dado cartas… Miguel Nunes (Peugeot 207 S2000) continua a ser o melhor piloto nacional em prova e quinto da geral, enquanto Vítor Sá é o segundo dos portugueses, a mais de vinte segundos. Rui Pinto é agora o terceiro piloto nacional e terceiro entre os madeirenses, sendo ainda o melhor nos convencionais carros de produção. O dia fica marcado pelas desistências de Bruno Magalhães (despiste), Bernardo Sousa (incêndio) e Miguel Campos (avaria mecânica), bem como pela anulação das duas últimas provas especiais de classificação (Cidade de Santana e Referta). A primeira por despiste de Luca Rossetti (Fiat Punto S2000) em Santana e a segunda por idêntica situação com José Serrado, mas desta feita na Referta.
Bruno Magalhães regressa em San Remo
A dupla Bruno Magalhães e Carlos Magalhães abandonou prematuramente o Rali Vinho Madeira e marcou desta forma as primeiras horas da segunda ronda portuguesa do Intercontinental Rally Challenge, quando era apontada como a principal candidata à vitória. Primeiro foi um furo na primeira classificativa do dia – Campo Golfe I -onde eram os mais rápidos no troço. Bruno Magalhães perdeu aí 2m21,4 segundos para o vencedor da especial, Freddy Loix. Apesar do enorme atraso, o piloto da Peugeot Portugal quis ter uma palavra a dizer e abordou os 21,77 km da classificativa seguinte – Terreiros I – com um excelente andamento. Novamente, quando liderava o troço, a sua máquina ficou sem travões e não conseguiu evitar a saída de estrada que ditou o abandono da equipa. Bruno Magalhães: “Este rali não correu nada bem. Com o furo na primeira especial do dia perdemos muito tempo e à entrada para a segunda especial mentalizámo-nos de que íamos começar um rali novo. O troço estava a correr-nos de feição e vínhamos a ganhar muito tempo a toda a gente, mas a dois quilómetros do fim ficámos sem travões num gancho com travagem a fundo. Ainda recorremos ao travão de mão, mas não havia como evitar a saída.” Com este abandono prematuro da prova, Bruno Magalhães e Carlos Magalhães voltarão a correr no IRC, no rali de San Remo, de 23 a 25 de Setembro. Com a eventualidade de um bom resultado na Madeira, a Peugeot Sport Portugal tinha praticamente garantida a presença na importante prova italiana. Esta manhã, Pablo Puey, Administrador da Peugeot Portugal, voltou a reafirmar a vontade de que a equipa portuguesa possa correr na próxima ronda do IRC. Bruno Magalhães voltará assim ao rali onde, em 2007, fez a sua primeira prova internacional.
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