Maserati mantém liderança apesar do resultado modesto em Nurburgring

A Vitaphone Racing não foi feliz na visita ao circuito da sua Alemanha. Desde os treinos livres de sexta-feira que ficou patente a pouca competitividade dos Maserati MC12 que nunca conseguiram encontrar os acertos mais eficazes para anular a diferença para a concorrência no circuito de Nurburgring. O traçado do circuito Alemão privilegia a melhor relação peso/potencia dos adversários dos Maserati, que aqui se apresentavam acima dos 1250 kg, enquanto a concorrência rondava os 1150kg. Nos treinos de qualificação para a primeira corrida do fim-de-semana o Maserati de Ramos/Bernoldi ficou classificado em 18º e a dupla decidiu arriscar com especificação de chuva para a corrida. Na partida Bernoldi conseguiu evitar a confusão e choque em cadeia da curva 1, subindo 9 posições antes de entregar o carro a Miguel Ramos. Sensivelmente a meio da corrida e logo após a entrada do piloto Português, a chuva aparece e Ramos é obrigado a entrar para mudar os slicks para pneus de chuva, reentrando em prova ainda a tempo de ganhar mais dois lugares e assim terminar no 7º posto. O Maserati Nº1 pilotado por Bartels e Bertolini com a chegada da chuva decidiu arriscar mantendo-se em pista com slicks na esperança que a chuva fosse passageira e o piso secasse rapidamente, mas tal não aconteceu, tendo-se atrasado desde a liderança até ao 9º lugar nessa Qualifying Race. Na Championship Race desta tarde, Ramos parte com o acerto de chuva no Maserati, pois com a incerteza do tempo em Nurburgring, era uma hipótese a considerar para tentar levar de vencida a enorme diferença de competitividade para os carros que estavam no topo da grelha de partida, “decidimos arriscar e partir com afinações de chuva, pois pensamos que na altura da corrida poderia chover e queríamos com esse acerto poder tirar alguma vantagem em relação aos carros da frente que de outro modo seriam inalcançáveis. Este circuito favorece muito a potência e o pouco peso, por isso o nosso Maserati não era competitivo face aos Aston, Lambo, Corvette e Ford”, comentou Miguel Ramos. Entretanto e como a chuva não apareceu, Ramos defendeu-se como pôde no meio do pelotão, caindo para 11º antes de entregar o carro a Bernoldi, que também teve um turno de condução muito desgastante sem conseguir subir na classificação, até que já nos últimos minutos da corrida levou três toques na mesma volta dum Ford GT, últimos dos quais lhe provocou um pião e perda do lugar. “Foi muito frustante esta corrida na Alemanha. A diferença de potência entre o nosso “velhinho” Maserati e os nossos adversários é abismal e isso ficou bem patente neste circuito. O nosso Maserati, para além de estar no final de carreira, ainda foi este ano castrado com as limitações que sabemos a nível de restritores, peso e apêndices aerodinâmicos. Isto foi por demais evidente ao vermos como a concorrência passava por nós em recta e ainda com o piso seco. Nestas condições o que conta é a potência, o peso e aerodinâmica, ficando bem evidente a enorme diferença que tentamos anular em cada corrida. Ficamos todos tristes, pois é daquelas situações em que nos sentimos impotentes e sem poder responder, ainda por cima desta feita a jogar em casa da equipa, local onde gostaríamos de poder ter contribuído para um melhor resultado”. Ficamos agora a três semanas da prova do Algarve, no circuito de Portimão, onde Miguel Ramos contará com o apoio do público Português, para conseguir a primeira vitoria deste ano. Contudo para o piloto “a diferença de peso e potência é tão grande, que não acredito muito no factor casa, mas como de costume a Vitaphone das fraquezas faz forças, e pelo nosso lado, tanto eu como o Enrique gostaríamos muito de sair vitoriosos de Portimão”.

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