Armindo Araújo e Miguel Ramalho conquistaram em França a terceira vitória do ano no PWRC e ficaram a um pequeno passo de conseguirem revalidar o título de Campeões do Mundo de Ralis Produção. Com o pleno alcançado nas duas provas em pisos de asfalto (Alemanha e França), a dupla portuguesa cumpriu a inteiramente os objectivos traçados e partem para o ultimo rali da temporada (Rali de Gales GB) com uma vantagem de 18 pontos sobre Patrik Flodin, o único piloto com hipóteses matemáticas de lutar pelo ceptro. Na Alsácia, num rali muito difícil, Armindo Araújo evidenciou uma vez mais todas as suas credenciais e liderou da primeira à última etapa, deixando toda a concorrência a uma margem muito significativa. Um resultado que o piloto de Santo Tirso afirma ser fruto “do excelente trabalho realizado pela equipa antes das duas provas em asfalto. Chegamos à Alemanha e França muito competitivos e provamos isso mesmo com as vitórias que alcançamos. O Mitsubishi Lancer Evo X esteve ao mais alto nível e foi um óptimo aliado”, começou por dizer o Campeão do Mundo. Apesar de ter ultrapassado sem grandes adversidades quase todas as especiais do Rali de França, o piloto tirsense acabou por sofrer um enorme susto na derradeira classificativa, quando ficou sem travões logo na primeira curva. “Arrancamos no último troço e quando toquei no pedal percebi que tínhamos ficado sem o sistema de travagem. A especial era pequena e conseguimos chegar até à assistência apesar das dificuldades. É nestas situações que percebemos que a sorte ajuda sempre um pouco. Desta vez fomos felizes”, sublinhou o actual líder do PWRC. A conquista do bi-campeonato está agora pendente de um sexto lugar na derradeira prova, uma situação que não sendo de todo uma enorme exigência não permite baixar os braços. “É verdade que a nossa vantagem é excelente mas falta ainda uma prova. Como ficou visível aqui, é sempre preciso esperar pelo último metro para confirmarmos os resultados. Estamos muito motivados e confiantes mas vamos trabalhar e preparar o rali com a máxima preocupação. Obviamente que o nosso pensamento estará exclusivamente centrado na conquista do titulo”, concluiu o piloto.
Sétimo lugar de Bernardo Sousa sabe a pouco
Bernardo Sousa e Nuno Rodrigues da Silva alcançaram mais seis pontos fruto da sétima posição conquistada no dia de hoje. No quadro de honra do pilotos do S-WRC, Bernardo soma 32 pontos em seis provas disputadas na classe S2000. Ainda assim, um balanço que não satisfaz de todo o actual líder do Campeonato de Portugal de Ralis, muito menos a sétima posição em terras gaulesas. "O sétimo lugar não é bom. Sabe a pouco, tanto mais quando nestes dois últimos dias do rali, realizamos tempos muito positivos, muito acima deste lugar que obtivemos na classe, mas os ralis são mesmo assim... com algumas contingências... É obvio que não fosse o toque na sexta-feira e certamente estaríamos aqui a ter outro discurso. Seja como for, na minha opinião, este lugar não corresponde ao valor na nossa equipa. De qualquer das formas, nem tudo foi mau. Deu para conhecer muito mais o comportamento do carro neste tipo de piso, o que poderá ser muito importante para o futuro" começou por comentar a sua participação no final da nona prova pontuável para o WRC. Hoje, a última etapa reservava apenas quatro especiais, duas das quais muito curtas com quatro quilómetros que não deu margem suficiente para galgar terreno. "Já sabíamos disso. Optamos para fazer mais algumas experiências no ajustamento do carro e rodar o máximo possível", confidenciou Bernardo Sousa.

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