Filipe Campos conquista o "tetra" no CPTT e Holowczyc vence em Portalegre

Kryzstof Holowczyc, na Taça FIA de Bajas, e Filipe Campos, no Campeonato Nacional, acabam por ser os pilotos com maiores motivos para festejar no final da 24ª edição da Baja BP Ultimate Portalegre 500, corrida sob difíceis condições atmosféricas, com a chuva a tornar a tarefa dos concorrentes ainda mais dura. O polaco juntou ainda a vitória na prova, garantindo o seu primeiro sucesso em Portugal. Holowczyc partiu com oito pontos de desvantagem sobre o russo Boris Gadasin e praticamente só a vitória lhe interessava. E as coisas nem pareciam correr de feição para o piloto da Nissan Navara, pois Miguel Barbosa, que alinhava precisamente com o mesmo objectivo, começou por dominar o prólogo e depois impor-se no primeiro sector selectivo do segundo dia de prova, ampliando a sua vantagem na frente da classificação. No entanto, a mecânica do Mitsubishi não colaborou e Miguel Barbosa acabou por partir a correia do alternador, ficando sem carga de bateria e sendo obrigado a desistir. Com Filipe Campos atrasado no SS2 com um furo e imprimindo um andamento mais tranquilo a partir do momento em que Barbosa parou, Holowczyc acabou por ascender ao primeiro lugar e, com a desistência de Gadasin - problemas de pressão de combustível - acabou por conquistar um merecido sucesso que lhe garantiu a conquista da Taça FIA de Bajas. “Foi incrível esta tarde", começou por afirmar Holowczyc. "Nunca tinha visto tanta água na vida. Parece que entrámos numa poça de água no início da especial e saímos no fim. Era muito fácil cometer um erro. Era um sector para quem tem sensibilidade, uma vez que não era fácil perceber onde era o limite. A organização foi perfeita, tenho feito muitas corridas e nunca vi um road-book tão perfeito, só não conseguem controlar o tempo. Estou muito contente com esta vitória." Quanto a Filipe Campos, confirmou em pleno o favoritismo que lhe era atribuído à partida da prova e, com o segundo lugar final, revalidou justamente o título nacional que ostentava: “Esta tarde foi muito difícil. Entrava água por todo o lado e o pára-brisas deixou de funcionar e por isso o Jaime (Batista) tinha que ir sempre a carregar no botão. Foi muito complicado, mas cumprimos o objectivo que tínhamos que era revalidar o título e por isso estamos muito satisfeitos. Sabíamos que este percurso da tarde faz menos lama, mas que acumula muita água, mas nunca tinha visto nada assim”. Excelente a actuação do espanhol Joan Roca Vila, que levou a sua Mitsubishi ao último lugar do pódio, enquanto o já campeão da categoria T2, Ricardo Porém, confirmou o título com mais uma vitória no agrupamento, depois de Nuno Matos ter liderado durante bastante tempo, mas acabando por ser eliminado numa tentativa de ultrapassagem a Pedro Grancha, que seguia com problemas, com os dois carros a tocarem-se e a ponteira de direcção do Isuzu de Matos a ceder. Em termos de evento nacional, a competição funcionou um pouco por eliminação, apenas com a excepção do líder, Paulo Ferreira, que dominou a competição na sua globalidade, conseguindo um merecido sucesso à frente de Tiago Avelar e Joaquim Calado. Com este resultado, Ferreira terminou o campeonato de T8 na segunda posição.


Classificação da Baja 500 Portalegre:

1º Krysztof Holowczyc/Jean-Marc Fortin (Nissan), 5h41,08m
Filipe Campos/Jaime Baptista (BMW), a 7m33s
3º Joan Roca Vila/Josep Ferrer (Mitsubishi), a 18m24s
4º José Alvo/Rui Gomes (Mazda), a 30m20s
5º Ricardo Porém/Manuel Porém (Nissan), 37m19s


Campeonato de Portugal de TT Absoluto:

Filipe Campos, 45 pontos
2º José Dinis Lucas, 37
3º Ricardo Porém, 33
4º Bernardo Moniz da Maia, 31

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