Bruno Magalhães de volta ao Rali Monte Carlo

Um ano depois, a equipa Peugeot Sport Portugal está de volta ao Rali de Monte Carlo, para a edição que assinala o centenário da mítica prova que arrancou em 1911 e passou a definir, desde então, a história dos ralis. A edição de 2011 deste desafio épico tem um total de 1.341,75 km, dos quais 337,06 km são percorridos em 13 provas de classificação, e estará na estrada a partir de quarta-feira (dia 19) de manhã até à madrugada de sábado (dia 22). Será a segunda vez que Bruno Magalhães vai representar as cores nacionais neste rali, sendo agora acompanhado por Paulo Grave, que está de regresso à competição, após três anos de ausência. O co-piloto substitui Carlos Magalhães no banco do lado direito do 207 Super 2000 da Peugeot Sport Portugal. O Rali de Monte Carlo assinala o começo da quinta época do IRC (Intercontinental Rally Challenge), onde, no ano passado, Bruno Magalhães terminou em quinto lugar, após ter realizado 9 das 12 provas. Para a equipa portuguesa trata-se do primeiro desafio do ano, onde Bruno Magalhães e Paulo Grave terão pela frente mais de 30 máquinas da mesma categoria (Super 2000), o que deixa antever uma luta muito cerrada para melhorar o sétimo lugar alcançado no “Monte Carlo” de 2010. Para o piloto da Peugeot Sport Portugal “é uma grande satisfação poder voltar a participar no Rali de Monte Carlo, e no ano em que a prova assinala o centenário da sua primeira edição, com uma lista de inscritos de tão vasta qualidade que, atrevo-me a dizer, é a melhor lista de sempre. Por outro lado, esta é uma prova “ingrata”, na qual o resultado final pode depender, em muito, da escolha acertada dos pneus. Numa região onde as condições atmosféricas estão em permanente mudança torna-se difícil saber qual é a melhor opção de pneus para realizar cada classificativa”. O objectivo de Bruno Magalhães “é mostrar que evoluí e que estou a andar mais depressa, muito embora saiba que esta prova é muito traiçoeira, onde tanto se pode sair da estrada na primeira como na última curva. Mas recuso-me a fazer qualquer projecção em termos de resultados porque a lista de inscritos não tem comparação possível com a do ano passado, quando fui sétimo à geral”. Quanto à troca de ocupante do banco do lado direito do seu Peugeot 207, com Paulo Grave a regressar à competição, “é uma situação que não me preocupa, apesar do tempo de paragem do Paulo, pois sempre funcionámos muito bem e de todos os ralis que ele fez apenas cinco não foram comigo, pelo que estou tranquilo”.
Para o Director Desportivo da Peugeot Sport Portugal, Carlos Barros, “o objectivo é terminar nos pontos, que agora são atribuídos até ao décimo lugar, a exemplo do que se passa no “Mundial” e fazer melhor do que no ano passado, tanto mais que é a segunda vez que lá vamos. Sabemos que a concorrência é mais forte, que é uma prova com características muito especiais, face à instabilidade das condições atmosféricas, mas vamos confiantes.” Segundo Carlos Barros, “o 207 Super 2000 teve algumas evoluções, depois de em San Remo termos utilizado um motor mais evoluído, o Spec 3, mas vamos dispor, ainda, de uma caixa optimizada, de travões mais eficazes e mais leves e de amortecedores desenvolvidos, especificamente, para Monte Carlo.” E para se ter uma ideia das dificuldades que a dupla portuguesa da Peugeot vai enfrentar, basta lembrar alguns dos inscritos: Juho Hanninen, que defende o título, Jan Kopecky, Freddy Loix, o piloto com mais vitórias em provas do IRC, Nicolas Vouilloz e Andreas Mikkelsen alinharão em Skoda Fabia. Petter Solberg, Bryan Bouffier, François Delecour, Stéphane Sarrazin, Guy Wilks, Toni Gardemeister, Giandomenico Basso e Thierry Neuville estarão na ‘armada’ Peugeot 207. Henning Solberg estará ao volante do Ford Fiesta e Per Gunnar Andersson e Chris Atkinson, em Proton Satria Neo. Como se constata a concorrência é de luxo, pelo que um lugar no “top ten” será um bom resultado, já que o piloto da Peugeot Sport Portugal é dos que tem menor experiência nos pisos gelados e cobertos de neve que caracterizam a prova monegasca. Recorde-se que esta é a quarta vez que a Peugeot Portugal leva um piloto português ao Rali de Monte Carlo. A primeira aconteceu em 1998, quando Adruzilo Lopes/Luís Lisboa (306 Maxi) acabaram em 12º, a segunda em 2004, quando Miguel Campos/Nuno Rodrigues da Silva (Peugeot 206 WRC), abandonaram, e a terceira no ano passado, quando Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Peugeot 207 S2000) terminaram em sétimo, naquele que é o melhor resultado de uma dupla portuguesa na época moderna da prova.

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