Testes de Moto2 e 125cc terminam no Estoril. MotoGP desloca-se a Sepang

O terceiro e último dia do Teste de Estoril pode não ter oferecido condições climatéricas muito melhores, mas a acção em pista foi bem mais significativa, com o pelotão presente de Moto2 a tirar o máximo partido da ausência de chuva na pista lusa. No final da sessão de trabalho foram 22 os pilotos da categoria intermédia a assinar tempos. Entre os que conseguiram rodar estiveram Claudio Corti (Italtrans Racing), Simone Corsi (Ioda Racing Project) e Thomas Lüthi (Interwetten Paddock Moto2 Racing), com o trio a assinar um tempo de 1m42,4s, a melhor marca do terceiro dia. Alex de Angelis (JiR Moto2), Jules Cluzel (Forward Racing), Michele Pirro (Gresini Racing) e Mike di Meglio (Tech 3 Racing) foram os outros pilotos a rodar abaixo do segundo 43. Pol Espargaró (HP Tuenti Speed Up), Kenan Sofuoglu (Technomag CIP), Scott Redding (Marc VDS Racing), Marc Márquez (Team Catalunya Caixa Repsol) – que celebrou o 18º aniversário no circuito – Mika Kallio (Marc VDS Racing) e Bradley Smith (Tech 3 Racing) estiveram entre os que também conseguiram registar tempos no último dia. Contudo, o facto do vento não ter dado tréguas e da pista ter demorado a secar fizeram com que não fossem muitos os progressos conseguidos em relação ao trabalho previsto e que não foi completado. Um dos pilotos que optou por não correr riscos foi Andrea Iannone; o italiano não rodou e guardou-se para o último Teste Oficial em Jerez, encontro que tem lugar de 4 a 6 de Março e onde as equipas de Moto2 vão receber os motores oficiais.

Miguel Oliveira regista o melhor tempo entre as 125cc
Nas 125cc foram 25 os pilotos que registaram tempos, com o melhor a ficar a cargo do piloto da casa. Miguel Oliveira, o primeiro português no Campeonato do Mundo, rodou em 1m48,9s. O jovem da Andalucia Cajasol assinou o melhor tempo do teste e viu Simone Grotzkyj (Worldwide Race), Sandro Cortese (Racing Team Germany), Alberto Moncayo (Andalucia Cajasol) e Jonas Folger (Red Bull Ajo Motorsport) ficarem atrás de si. A categoria de 125cc também vai estar presente no Teste de Jerez do próximo mês, o último encontro antes do início da época no Qatar, a 20 de Março.



Segundo capítulo da pré-época de MotoGP desenrola-se em Sepang

Pouco menos de três semanas após o anterior encontro no Circuito Internacional de Sepang, a classe de MotoGP regressa ao palco da penúltima ronda do Campeonato do Mundo de 2011 com os 17 pilotos do pelotão da categoria rainha a prontos para darem continuidade aos preparativos para a época. O Teste inicia-se na terça-feira e os que vão estar presentes vão ter a oportunidade de voltarem a enfrentar as condições quentes e húmidas características do circuito, apenas um dos muitos desafios com que o Campeão do Mundo Jorge Lorenzo vai ter de se debater, bem como todos os seus rivais. Serão muitos os pontos de interesse neste encontro que marca o meio dos Testes de pré-época, e um deles é resultado da surpresa a que se assistiu no primeiro encontro de trabalho; seguramente longe do que todos pensavam Marco Simoncelli chega a este Teste como o homem a bater. O italiano, que inicia a segunda época na categoria rainha em 2011, esteve a excelente nível ao assinar o melhor tempo do ensaio do início do mês em Sepang (2m00,757s), liderando um grupo de Hondas (a sua San Carlo Honda Gresini RC212V foi uma das cinco entre as sete primeiras da tabela de tempos) e a ficar a 0,239s do recorde do circuito estabelecido por Valentino Rossi em 2009. A consolidar a boa forma inicial da RC212V estive a dupla da Repsol Honda Dani Pedrosa e Casey Stoner, com o primeiro a afastar as dúvidas quando à recuperação da operação à clavícula de que foi alvo no final de 2010, enquanto a adaptação de Stoner à Honda continuou forte. A dupla vai, é claro, dar tudo para melhorar uma vez mais na Malásia, enquanto o companheiro de equipa Andrea Dovizoso e o companheiros de equipa de Simoncelli, Hiroshi Aoyama, também terão idêntica meta. Lorenzo, que ficou a 0,088s de Simoncelli, vai tentar isolar-se dos rivais enquanto trabalha ao máximo para colocar a sua M1 ao melhor nível, um trabalho de desenvolvimento para o qual vai também contar com a ajudar do companheiro de equipa da Yamaha Factory Racing, Ben Spies. Ambos vão estar presentes na apresentação oficial das cores de 2011 da equipa na segunda-feira. Sepang “Dois” será também um momento crucial para Rossi, que vai poder efectuar uma segunda análise ao estado da recuperação do seu ombro, bem como dos seus progressos com a Desmosedici GP11. O piloto da Ducati Team ficou fora dos dez primeiros no início do mês, a pouco mais de um segundo do melhor tempo, mas não houve sinais de pânico por parte do italiano, que mantém a sua adaptação à moto com o objectivo de estar o melhor preparado possível para o arranque da temporada. O companheiro de equipa de Rossi, Nicky Hayden foi o melhor representante da Ducati há pouco mais de duas semanas, e o a determinação do americano vai certamente levá-lo a dar mais um passo em frente com a GP11. Héctor Faubel, da Mapfre Aspar, a dupla da Pramac Loris Capirossi e Randy de Puniet e o estreante Karel Abraham (Cardion AB Motoracing) têm também a esperança de tirar bom partido dos três dias de trabalho com as suas Ducatis. Álvaro Bautista vai levar a cabo a sua tarefa de desenvolvimento da GSV-R da Rizla Suzuki, e o estreante Cal Crutchlow e o seu companheiro de equipa na Monster Yamaha Tech 3, Colin Edwards, vão retomar no ponto em que pararam. O Campeão do Mundo de Moto2 Toni Elías também estará desejoso por retomar o ritmo com a LCR Honda.

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